31 de março de 2013

Exposição de Artesanato em Vila Viçosa


Rock em Odemira

A edição de 2013 do “Abril Mira Fest - Música & Arte ” está agendada para os dias 5 e 6 abril, no Espaço Jovem, junto ao Mercado Municipal, em Odemira, e tem como cabeças de cartaz os icónicos punks nacionais Mata Ratos. Um total de 14 bandas em palco, DJ’s, exposições, campeonato de skate e outros desportos radicais compõem o programa.

No dia 5 de abril, sexta-feira, a partir das 15h, com entradas livres, junto ao Skate Park, para ver a atuação das bandas locais Rock Never Ends e Step To Infinity. A partir das 21.30 horas, no palco principal, atuam Brute Force, Crossed Fire, Shadowsphere, Simbiose e Switchtense, com Twisted Sisters Dj’s Set no final da noite.

No dia 6, sábado, a partir das 15h, junto ao Skate Park, com entradas livres, actuam as bandas Re-Censurados e Contra Mão. Para as 21.30 horas haverá concertos com, Kon, Since Today, Grankapo, Gazua e Mata Ratos, seguidos do F&C DJ Set.

Em paralelo decorrerão diversas atividades ligadas aos desportos radicais, demonstração de skate por Nuno Relógio e André Verde (no dia 5), o 2º Campeonato Regional de Skate (dia 6), demonstração de Slackline, Rock Market, Games Zone e mostra de fotografias.
A organização do evento pertence ao grupo “Abril Mira Fest” e ao Município de Odemira, com o apoio da Junta de Freguesia de Santa Maria e de várias empresas locais.

As entradas terão o valor de 8€ (1 dia) e de 12€ (passe 2 dias).
Mais informações em www.facebook.com/abrilmirafest2013 ou http://abrilmirafest.wordpress.com

30 de março de 2013

O Sul onde eu vivo...



Concurso

No próximo mês, vou participar num debate no Parlamento Europeu com escritores da Grécia, Espanha e Itália.
Vamos falar sobre a situação no sul da Europa. Nesse âmbito, há um concurso de escrita.
Espero que possam participar. 
Mais informações sobre o concurso aqui.
(José Luis Peixoto)

Let’s Amplify Your Voice

Click on the “Participate”menu, choose and complete one or all phrases.
The southintalk blogspot invites you to KEEP WRITING.

We “liked” what you write and, having announced the individuals YOU “LIKED” AND YOU NOMINATED to join us in Brussels, we want to ensure that no thought is lost and every voice is heard.
Watch the people you nominated through the live streaming on this blog on April 10th. And make sure you also leave us your mail, or visit this site so we can keep you posted on this and forthcoming events.
WE WILL PRODUCE AN E-BOOK WITH YOUR POSTS entitled precisely “The South I Live in.” And we will distribute this e-book to Members of the European Parliament and beyond!!!
SO KEEP POSTING until April 15th on the thesouthintalk.blogspot.gr.
During this period, EU citizens residing or originating from Italy, Spain, Portugal and Greece, but also Cyprus and Slovenia, can participate in this COMPILATION OF CITIZEN’S THOUGHTS by completing the following phrases:

I belong to a generation…
I cannot…
I am seeking…
I want…

Participants are invited to visit our blog and complete these phrases with a short submission, expressing their thoughts, through their Facebook account.
The objective now is that this “participatory narrative” that describes the transformation of the European South, as citizens experience it, is exploited to the full.
Make sure you join us live on the event that will take in Brussels in the premises of the European Parliament on April 10th 2013, with the participation of four emblematic writers of modern literature in the European South: José Luís Peixoto (Portugal) Mariolina Venezia (Italy), Alexis Stamatis (Greece), and Santiago Roncagliolo (Spain). Tweet or post your questions and thoughts!
Thank you for your participation. Be there through your delegates, be there LIVE, be in out e-book and keep the South In Talk.

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29 de março de 2013

Procissão dos chocalhos em Castelo de Vide


Boa Páscoa !

O Cante a Património Mundial


A candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade deu formalmente entrada, na quarta-feira, no comité internacional da UNESCO, revelou hoje à agência Lusa o responsável do processo, Paulo Lima.

"Depois de fazermos toda a instrução do processo em Portugal, de ter sido entregue no Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e de ter seguido para Paris, [a candidatura] entrou na secretaria da UNESCO e foi aceite", disse.

Segundo o responsável pela candidatura, que é igualmente diretor da Casa do Cante, em Serpa, trata-se de "um momento de grande alegria", com esta formalização a representar, "não a fase final, mas o passo zero" do processo. "Está formalizado o pedido português da potencial inscrição do cante alentejano na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade" pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), congratulou-se.

LUSA

27 de março de 2013

Paia do Cachaço


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26 de março de 2013

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24 de março de 2013

Sopa de poejos com queijo de cabra


Junto aos ribeiros e riachos que transbordam de águas invernosas e cantantes ou nas terras planas alagadas de chuva cresce agora em abundância o poejo (Mentha pulegium L.). Pleno de virtudes, há muito que, nestas paragens do sul, ele é usado na medicina popular, na culinária ou na destilaria, quer como condimento, quer como ingrediente principal. Fresco ou seco é de uma paixão que aqui falo e que, em mim, só tem rival no oloroso coentro: pelas plantas silvestres e pela planície que as gera espontaneamente.

Esta aventura começa geralmente pelo desafio de caminhar pelos campos à procura da própria planta - rasteira, espontânea, vivaz, de aparência discreta, mas com um aroma intenso e único que o olfacto detecta à distância - sem que à partida haja qualquer garantia de a encontrar, menos ainda de a poder colher na quantidade necessária para fazer dela a base de uma refeição. É que a natureza tem às vezes os seus caprichos (ou talvez a inépcia dos recolectores de ocasião, pouco familiarizados com os segredos da terra) aumente o grau de dificuldade da tarefa. Claro que, em caso de dúvida, ou sobretudo de preguiça matinal, uma ida ao mercado resolve este problema a contento de todas as partes…

Em favor dos mais inexperientes na matéria ressalve-se ainda que, com um ingrediente tão intensamente perfumado como este, a little goes a long way, sob pena de tornar a refeição intragável. Aliás, a sábia alquimia dos aromas é, justamente, o mais bem guardado segredo da cozinha alentejana, o qual, não sendo indecifrável - bem longe disso -, requer contudo uma adequada iniciação, feita por mãos experientes, seguida, claro está, de prática recorrente. Pode mesmo dizer-se, sem grande receio de errar, que o sabor e o saber andam por aqui longa e pacientemente misturados.

Vamos então à sopa, que o estômago já começa a dar sinal de fraqueza. Começamos por seccionar e lavar cuidadosamente os caules tenros, escolhendo apenas as folhas mais verdes e saturadas do óleo essencial que perfumará a sopa. Sobre um fundo de azeite, laminam-se grosseiramente dois ou três dentes de alho e uma cebola de bom tamanho. Leva-se a mistura ao lume para suar um pouco e adiciona-se uma folha de louro, pimenta preta a gosto e uma pitada de sal. Logo se juntam dois terços dos poejos previamente arranjados e lavados a esta mistura, deixando-se suar para libertar os intensos aromas que constituem a base da sopa. Quando a cebola se apresentar já amolecida e mais translúcida, acrescenta-se água a ferver e deixa-se cozer a mistura que depois se emulsiona cuidadosamente.

Começamos por seccionar e lavar cuidadosamente os caules tenros, escolhendo apenas as folhas mais verdes e embebidas do óleo essencial que perfumará a sopa. Sobre um fundo de azeite, laminam-se dois dentes de alho e corta-se em gomos uma cebola de bom tamanho. Leva-se a mistura ao lume para suar um pouco e adiciona-se uma folha de louro, pimenta preta a gosto e uma pitada de sal. Logo se juntam dois terços do total dos poejos arranjados e levados a esta mistura, deixando-se suar para libertar os intensos aromas que constituem a base da sopa. Quando a cebola se apresentar já amolecida e quase translúcida, acrescenta-se água a ferver e deixa-se cozer a mistura que depois se emulsiona cuidadosamente.

Acrescenta-se mais alguma água (apenas a necessária para cozinhar o resto dos ingredientes) e leva-se de novo ao lume para recomeçar a fervura. Acrescentam-se duas batatas médias cortadas em rodelas não muito grossas e os restantes poejos picados grosseiramente, prosseguindo a cozedura suavemente. Quase no fim da cozedura, retira-se a folha de louro, acrescenta-se um sopro de vinagre para aprofundar os sabores e escalfam-se tantos ovos quantos os comensais. Mesmo antes de desligar o fogão, verifica-se e acerta-se o tempero de sal e pimenta, juntando-se então um queijo de cabra (ou dois) curado e cortado em quartos.

Mesmo antes de desligar o fogão, verifica-se e acerta-se o tempero de sal e pimenta, juntando-se ainda um queijo de cabra curado e cortado em quartos*.

Serve-se bem quente sobre fatias muito finas de pão de trigo, ligeiramente tostadas no forno, acompanhada de umas boas azeitonas 'arretalhadas' para um sabor ainda mais genuíno. O sabor leve e frutado de um branco de ???? (hiperligação aqui) acompanham na perfeição esta sopa que, pelas suas qualidades sápidas e rusticidade integra sem esforço algum a categoria das “comidas para a alma”, a que alguns também chamam comfort food.

* Sei que a presença de queijo, tanto nesta sopa de poejos, como na de beldroegas, causa alguma estranheza, até a muitos alentejanos. Contudo, o queijo de cabra curado é aqui o ingrediente que confere a esta sopa a complexidade e a harmonia de sabores que a tornam única. Por isso, vale a pena ultrapassar o preconceito. Verá que não se arrepende.

Francisca de Matos

Botas em pele de ovelha


Botas de cano alto em pele natural de ovelha por apenas 78,00€ (IVA e transporte incluídos)

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23 de março de 2013

Lagartos de Castelo de Vide


Experimente esta receita alentejana na próxima Páscoa...

Ingredientes:
(Para a massa)
2,5 kg de farinha
100 de fermento de padeiro
2 colheres de sopa de fermento em pó
250 g de manteiga
250 g de banha
2 colheres de sopa de erva-doce
4 ovos
250 ml de leite
1 colher de sopa rasa de sal

(Para decorar)
Ovos cozidos com casca de cebola
Amêndoas de Páscoa
Feijão-frade
Fitas coloridas
Calda de açúcar

Confecção:

Deitam-se 500 g de farinha num alguidar, junta-se o sal, a erva-doce e o fermento diluído num pouco de água morna. Mistura-se e amassa-se durante uns minutos, juntando a água suficiente. Adicionam-se os ovos e o açúcar e continua a amassar-se. Quando os ingredientes estiverem totalmente incorporados, regam-se com a manteiga (ou margarina) e a banha previamente derretidas. Envolve-se bem e junta-se o leite. Mistura-se de novo e adiciona-se a farinha restante e o fermento em pó. Amassa-se durante mais algum tempo e podem começar a tender-se os lagartos.

Retira-se um bocado de massa e rola-se sobre uma bancada polvilhada com farinha, conferindo-lhe uma forma cónica. Dispõe-se num tabuleiro untado e espalma-se a parte mais larga, para formar a base da cabeça do lagarto. Coloca-se um ovo cozido por cima e cobre-se com uma rodela de massa, que forma a parte superior da cabeça. Ata-se uma fita na zona que corresponde ao pescoço, sem apertar demasiado.
Com uma tesoura, efectuam-se quatro cortes laterais no «tronco» do lagarto, para formar as patas. De seguida fazem-se pequenos golpes no dorso e na cauda, para imitar as escamas da pele. Enfeitam-se as «costas» com amêndoas de Páscoa e pincelam-se os lagartos com ovo batido. No lugar correspondente aos olhos colocam-se feijões-frades. 

Levam-se os lagartos a cozer em forno quente (200º C na resistência superior e um pouco menos na inferior) durante cerca de 20 minutos. Depois de cozidos, pincelam-se com uma calda de açúcar em ponto baixo. Para finalizar, ata-se uma nova fita em volta do pescoço – geralmente verde – e faz-se um laço.

Jarro decorado

Jarro decorado em barro vermelho da autoria de Mestre Mário Lagartinho por apenas 29,00€ (IVA e transporte incluídos)


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Congresso das Açordas em Portel

O pão, elemento base da açorda, prato típico da gastronomia alentejana, serve há sete anos de pretexto e inspiração para um fim-de-semana de festa em Portel. Uma iniciativa que homenageia uma produção da cozinha a Sul, historicamente arreigada à subsistência e necessidade. Depois de introduzido o pão, a confecção pode receber complementos tão diversos quanto o bacalhau, o tomate, o peixe do rio.

Qualquer uma destas variações sobre a açorda poderá ser saboreada no Congresso que lhe é dedicado e que, em 2013, decorre entre 22 (inauguração às 19h00) e 24 de Março. Além das tasquinhas, incumbidas de servir as iguarias de levar à mesa, o evento faz-se com mostra e venda de artesanato e de produtos regionais, como queijos, enchidos, mel, pão, doçaria.

Ao longo do fim-de-semana, dois chefes de cozinha, um português e um espanhol, vão confeccionar pratos da cozinha alentejana. O certame vai, ainda, fazer-se com animação musical, incluindo sessões de fado e cante alentejano, entre outros.

Entretanto, no Sábado, dia 23 (9h30), tem início o passeio «Na Rota das Açordas - Saberes e Sabores no Monte», que vai conduzir os interessados numa viagem pelo campo e pelos produtos que ali nascem, ingredientes muitas vezes aplicados na gastronomia tradicional alentejana.
O congresso vai contar, tal como é habitual, com um colóquio, este ano subordinado ao tema «Valorização económica e turística dos recursos locais: os cogumelos». O encontro decorre a 22 de Março (das 14h30 às 18h00), no Auditório Municipal de Portel, Alentejo.

«Vamos dar uma abordagem científica, abordar como aproveitar o cogumelo, uma perspectiva pedagógica e de regulamentação da apanha dos cogumelos. Teremos também o exemplo da Estremadura espanhola e da forma como tratam os cogumelos. Por fim, daremos um enquadramento da riqueza deste elemento gastronómico como produto turístico», adianta Norberto Patinho, presidente da Câmara Municipal de Portel, entidade que organiza o Congresso das Açordas.

Os participantes no Congresso das Açordas poderão também visitar uma exposição de fotografia intitulada «Açordas - Recriações». A exposição ficará patente até 31 de Março.

Lagoa de Santo André junta-se ao mar


A Agência Portuguesa do Ambiente informou que a abertura da Lagoa de Santo André ao mar vai ter lugar no dia 26 de março. Tendo em conta os horários a que ocorre a preia-mar e respetiva vazante, prevê-se que a ligação ao mar se estabeleça por volta das 16h30. UM ESPETÁCULO A NÃO PERDER!

22 de março de 2013

Pomarão e o peixinho do rio...

A aldeia ribeirinha do Pomarão recebe já este fim-de-semana, dias 23 e 24 de março, a 11ª edição do Festival do Peixe do Rio. Aos ricos sabores do Guadiana junta-se um programa de animação com vários espetáculos ao longo do dia. O fogo-de-artifício no sábado à noite é outra das atrações deste certame.

No sábado, logo pela manhã terá lugar o X passeio TT “Trilhos do Minério”, o XI Troféu Festival do Peixe do Rio” e o II Passeio pelo Caminho Natural do Guadiana. A abertura das tasquinhas será pelas 11h00 e ao longo do dia a música está a cargo dos “Artesãos da Música”, do Grupo Folclórico e Etnográfico “Amigos de Montenegro – Faro”, “Terra Bela”, Quina Barreiros e do Duo Inovação.

O segundo dia de Festival começa com mais uma atividade dedicada ao rio Guadiana, uma descida/passeio de canoa e kayak, da responsabilidade do Clube Náutico de Mértola. À hora de almoço a música regressa à tenda com Fernando Amores, seguindo-se o grupo “Terra” e o grupo espanhol “Orquestra Qdance”.
O Bar Azul, a funcionar no Centro de Interpretação do Pomarão irá abrir as portas ao público sábado à noite, sendo este mais um espaço de diversão do Festival

21 de março de 2013

Recado


Recado


ouve-me
que o dia te seja limpo e
a cada esquina de luz possas recolher
alimento suficiente para a tua morte

vai até onde ninguém te possa falar
ou reconhecer -- vai por esse campo
de crateras extintas -- vai por essa porta
de água tão vasta quanto a noite

deixa a árvore das cassiopeias cobrir-te
e as loucas aveias que o ácido enferrujou
erguerem-se na vertigem do voo -- deixo
que o outono traga os pássaros e as abelhas
para pernoitarem na doçura
do teu breve coração -- ouve-me

que o dia te seja limpo
e para lá da pele constrói o arco de sal
a morada eterna -- o mar por onde fugirá
o etéreo visitante desta noite

não esqueças o navio carregado de lumes
de desejos em poeira -- não esqueças o ouro
o marfim -- os sessenta comprimidos letais
ao pequeno-almoço

Al Berto - Sines





"Deambular” de Annemie Bogaerts em Evoramonte

No próximo dia 23 de março, pelas 17h00, na Torre do castelo de Evoramonte, irá decorrer a inauguração da exposição “Deambular”, de Annemie Bogaerts.

Esta exposição é o resultado das residências artísticas de Annemie Bogaerts, em 2011 e 2012, no centro da Fundação OBRAS em Evoramonte. A exposição é coproduzida pela Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCALEN) e Fundação OBRAS, que recebe artistas regularmente para residências.
Para a Torre do Castelo de Evoramonte, Annemie Bogaerts fez um mosaico de chão geométrico com pó de mármore de Estremoz. Decidiu fazer um labirinto para ser percorrido. Este labirinto não pretende ser um enigma a ser resolvido pelo visitante.
Na inauguração, Luís Pucarinho vai cantar algumas das suas canções que escolheu e que se adequam ao tema da exposição.

A exposição estará patente ao público de 23 de março a 22 de abril de 2013, de 4.ª a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00, encerrando no segundo fim-de-semana de cada mês. A exposição é realizada com o apoio logístico da Câmara Municipal de Estremoz.

19 de março de 2013

“A Noite” de José Saramago pelos Plebeus Avintenses

No sábado 23 de Março, pelas 21h30m, na SOIR Joaquim António D’Aguiar, “Os Plebeus Avintenses”, vão representar, com encenação de Eduardo Freitas: “A Noite” - a primeira obra dramática de José Saramago.

“A noite, de que se fala nesta peça, ficou para a história: de 24 para 25 de Abril.
A ação passa-se na redação de um jornal em Lisboa, na noite de 24 para 25 de Abril de 1974.
Embora não sendo uma comédia, personagens caricatas, provocam algumas situações engraçadas”.

Este espetáculo que foi representado pela primeira vez em Maio de 1979, pelo Grupo de Teatro de Campolide, com encenação de Joaquim Benite e direção musical de Carlos Paredes, está integrado na programação do Março Mês do Teatro, que a SOIR está a promover, até ao dia 27 de Março – Dia Mundial do Teatro.

Venha ao Teatro!

Serão de Poesia Popular em Arraiolos


Dia do pai em alentejano por Florbela Espanca

Ter um Pai! É ter na vida
Uma luz por entre escolhos ;
É ter dois olhos no mundo
Que vêem pelos nossos olhos!

Ter um Pai! Um coração
Que apenas amor encerra,
É ver Deus, no mundo vil,
É ter os céus cá na terra!

Ter um Pai! Nunca se perde
Aquela santa afeição,
Sempre a mesma, quer o filho
Seja um santo ou um ladrão ;

Talvez maior, sendo infame
O filho que é desprezado
Pelo mundo ; pois um Pai
Perdoa ao mais desgraçado!

Ter um Pai! Um santo orgulho
Pró coração que lhe quer
Um orgulho que não cabe
Num coração de mulher!

Embora ele seja imenso
Vogando pelo ideal,
O coração que me deste
Ó Pai bondoso é leal!

Ter um Pai ! Doce poema
Dum sonho bendito e santo
Nestas letras pequeninas,
Astros dum céu todo encanto!

Ter um Pai! Os órfãozinhos
Não conhecem este amor!
Por mo fazer conhecer,
Bendito seja o Senhor!

Florbela Espanca

Escrava em Prata


Escrava em prata com 31,6 gr por apenas 100,00 € (IVA e transporte incluído).
Esta peça é manufacturada artesanalmente, por isso é única, por joalheiros de Ponte de Sor...

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18 de março de 2013

Exposição de Cerâmica - Aljustrel


Isabel Sousa Carvalho “reencontra-se” com a vila que a viu crescer
As Oficinas de Formação e Animação Cultural inauguraram a exposição de cerâmica “Reencontro” de Isabel Sousa Carvalho.

Nascida em Faro a 9 de Abril de 1966, Isabel Sousa Carvalho regressa “à sua memória de menina”, para se reencontrar com ela própria e com a vila que a viu crescer (Aljustrel), numa exposição que marca também uma “exploração de projetos antigos com ideias mais recentes, resultando no uso de novos materiais aliados à cerâmica, como tecido, papel e redes metálicas”.

Isabel Sousa Carvalho iniciou o seu percurso como ceramista com “Aulas de Iniciação à Azulejaria e Cerâmica” na Casa Barracha e “Técnicas de Manufactura do Azulejo” no Museu dos Azulejos, em Lisboa, tendo ainda efetuado o 1.º ano do Curso Noturno de Iniciação à Cerâmica no AR. CO, e estudado técnicas de construção em cerâmica e materiais, olaria, técnicas de pintura e decoração cerâmica, técnicas de pintura em azulejo, escultura de grande formato, moldes em gesso e raku em vários cursos e workshops tanto em Portugal como no estrangeiro, nomeadamente em Itália. 


Este é o primeiro ano em que Isabel Sousa Carvalho se dedica por inteiro à cerâmica como forma de expressão do que lhe vai na alma. Nesta exposição que apresenta em Aljustrel, e conforme se pode ler na brochura de apresentação, “sente-se como que uma necessidade imperativa que lhe molda a vontade e se transpõe para os trabalhos com que nos presenteia em sucessivas exposições. Há uma força criativa que ganha voz e não se contém, pelo contrário, ganha forma e sai-lhe espontaneamente da palma das mãos, numa viagem que trás memórias connosco, relembramos pessoas, lugares, momentos que pensávamos esquecidos, mas que se redescobrem em emoções, em palavras, em cores, em formas, em texturas”.

Ao longo da exposição, que vai estar patente ao público até ao dia 30 de março, serão, como habitualmente e mediante marcação prévia, organizadas visitas guiadas às obras da artista, todas as quartas-feiras, das 9h30 às 12h30, para o público escolar e das 14h30 às 16h30 para o público em geral.

Ai a cachola...


Gasómetro mineiro


Em Aljustrel continuam a fazer-se gasómetros como aqueles que os mineiros das pirites alentejanas usavam na sua labuta diária.
Gasómetro com 18 cm de altura por apenas 90,00€.

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17 de março de 2013

Semana do Açafrão: O amarelo do arroz...


Ensopado de Borrego com Arroz Amarelo

Ingredientes:
1Kg de carne de Borrego, Sal q.b., ½ dl de Azeite, 1 Cebola, 3 Dentes de alho, 1 Folha de louro, 2 Cravinhos, Colorau e Noz-moscada q.b.
Para o arroz: 1 Chávena de arroz, 1 Chávena de água quente, 1 Chávena de caldo do ensopado, 1 Colher (café) de açafrão.

Confecção:
Corte a carne em pedaços, tempere-os com os alhos e sal e deixe assim uma horas. Num tacho, leve ao lume o azeite e a cebola picada e, quando alourar, junte a carne, o louro, o colorau, a noz-moscada e os cravinhos e deixe refogar um pouco; junte então a água necessária para cozer a carne e para ficar com caldo para o arroz; deixe apurar, sem cozer demasiado e sirva depois com o arroz.

O arroz:
Seque o açafrão em forno pouco quente (já apagado), depois pise-o, dissolva-o na água quente e passe depois por um passador. Num tacho, leve ao lume o arroz com o caldo do ensopado e a água do açafrão e deixe cozer.

15 de março de 2013

Os Fidalgos alentejanos


Sem corantes nem conservantes...
O doce de ovos, também conhecido como ovos-moles, é a matriz da doçaria conventual. É por ele que quase tudo começa: papos de anjo, celestes, pescoços e gargantas de freira, castanhas doces ou os ovos-moles de Aveiro, nas suas réplicas marinhas.
Aqui em versão alentejana.

14 de março de 2013

Licores caseiros alentejanos


Outrora segredo bem guardado de frades e ordens religiosas, os licores derivados de plantas e frutos são hoje cada vez mais procurados pela sua qualidade e autenticidade.
A Serra d’Ossa situada entre Estremoz e Redondo oferece mais de 40 espécies de ervas a partir das quais se fazem alguns delicados licores caseiros. A apanha manual das ervas aromáticas e o processo de infusão “por longo” em aguardente velha, garante os sabores tradicionais.
A paciência é a garantia de um processo correto de maturação, sem pressas, como só a Dona Josefa sabe fazer…


Sabores disponíveis em garrafas de 1/2 litro: Poejo, Rosas, Mirtilo, Morango, Café, Amora, Jeripago (folha de pessegueiro), Canela, Medronho, Menta...

Por apenas 22,00 € (IVA e transporte incluído)
Descontos para quantidades.

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13 de março de 2013

Semana do Borrego


Esta Páscoa descubra os sabores tradicionais do Alentejo.
SEMANA do BORREGO nos restaurantes do Alentejo. Decorre de 25 de Março a 1 de Abril 2013.

Victor Hunter Reynolds


Homenagem singela a um Homem Bom.
Este banco de jardim está no cemitério dos ingleses em Elvas.
Em breve Imenso Sul publicará todas as imagens deste cemitério bonito e peculiar.
Se souber ler em inglês veja aqui:
http://www.conscript-heroes.com/Art30-VictorReynolds.html
(não consegui encontrar o artigo original em português)

Jaime da Manta Branca


Consta que estas décimas terão sido feitas de improviso pelo poeta Jaime da Manta Branca (1894-1955, Benavila - Sousel), em casa de um patrão que o convidou para animar a festa oferecida a amigos de Lisboa, entre eles estaria um ministro da época.
Segundo a ficção de José Movilha (Escrito na Cal) Jaime apresentou-se perante os agrários em fausto e abastado almoço sem boné na cabeça e mão no bolso onde já tinha aberto a navalha...

Não vejo senão canalha
De banquete para banquete,
Quem produz e quem trabalha
Come açordas sem "azête"

Ainda o que mais me admira
E penso vezes a miúdo:
Dizem que o sol nasce para tudo
Mas eu digo que é mentira.
Se o pobrezinho conspira
O burguês com ele ralha,
Até diz que o põe à calha
Nem à porta o pode ver.
A não trabalhar e só comer
Não vejo senão canalha!

Quem passa a vida arrastado
Por se ver alegre um dia
Logo diz a burguesia
Que é muito mal governado,
Que é um grande relaxado,
Que anda só no bote e "dête".
Antes que o pobrezinho "respête"
Tratam-no sempre ao desdém
E vê-se andar, quem muito tem,
De banquete para banquete.

É um viver tão diferente
Só o rico tem valor.
E o pobre trabalhador
Vai morrendo lentamente.
A fraqueza o põe doente
E a miséria o atrapalha;
Leva no peito a medalha
Que ganhou à chuva e ao vento
E morre à falta de alimento
Quem produz e quem trabalha

Feliz de quem é patrão
E pobre de quem é criado
Que até dão por mal empregado
O poucochinho que lhe dão.
Quem semeia e colhe o pão
Não tem aonde se "dête",
Só tem quem o "assujête"
Para que toda a vida chore,
E em paga do seu suor
Come açordas sem "azête"

(Jaime da Manta Branca)

Rugs from Arraiolos



ln the 17th century Lisbon, laying and setting rug in S. Roque was a task for the slaves that the men of the Discoveries forced to disembark in the Capital of the Empire. It was also a privilege enjoyed by the wealthy men that gathered around the Temple of the Company of Jesus to listen to the sermons of Father António Vieira.
The rug, as an elaborate cultural expression, a reflex of power and abundance becomes, in the different cultures that it represents, an important element of the social, political and religious life.

There is a vast number of documents (texts and paintings) that refer to the function and the role played by the rug, at different social and economical contexts, throughout the ages.
One can find early references to the Arraiolos Rug - embroidered with wool (oblique or Slavonic interwoven cross-stitch) worked on canvas [linen, oakum, jute or hemp) in counted threads - in the end of the 16 century, which testify its making in this village of Alentejo.

In 1598, in the inventory of the personal assets, ordered by the Judge of the Orphans on the death of the respective proprietors, the first reference is made to o rug made in this village:

"hum tapete da teRa novo avaliado em dous mill Reis"
("a new canvas rug from village appraised at two thousand Reis")

Several documents in the same inventory, between 1598 and 1700, mention the existence of embroiders, the making of the rug, as well as the presence of craftsmen – carders, fullers, dyers and weavers - that dedicated themselves to the treating of the wool and the making of the canvas.

The Arraiolos Rug had in its initial stage - last decade of the 16th century / first decade of the 17th century - a Moorish origin. It contains a pre-decorative setting – border, field and center (whenever it has the central ornament) divided in four parts (quarters) - dominated by the some rules principles that define the Persian rug.

With the expelling of Jews and Moors from Spain by the Catholic kings and the beginning of the exodus, along with the temporary settlement of these peoples in Portugal, until 1511 - when King Manuel I forced them to resume their journey to the North of Africa - various were those who decided to settle down in Arraiolos, due to the warm welcome, the abundance of herds of excellent wool and the diversity of plants, indispensable to the dying and making of canvas, together with the sensitivity and work capacity of the villagers.

With the presence of Jews and Moors, already New Christians, the Arraiolos Rug gains a new expression, a greater vitality.
The examples executed in this period, during most of the 17th century, reveal a strong Oriental influence - with a profusion of motifs from Persia, Iraq and India, associated to a rich chromatics and geometric drawings, delicately elaborated. In some of these examples, the major part of the motifs was delineated in "pé-de-flor" stitch. In others, one can find the influence of the motifs taken from the Spanish rugs from Alcaraz and Cuenca.

Little by little, the presence of Oriental motifs diminishes and they start to be replaced by anthropomorphic motifs (end of the 17th century / beginning of the 18th century). The colors become less rich and the decorative elements are more scattered.
Without the presence of the oriental motif, the examples of the end of the 18th century / beginning of the 19th century reveal a strong presence of vegetal elements with poor colors.

On the one hand, there are many families in the village that, throughout three centuries, have found in the making of Arraiolos Rugs a new way of expression, a source of work and a means of earning money. On the other hand, in the convents around Alentejo, nuns in the reclusion of their cloisters, have found ways of expressing their inner faith, creating some of the best examples.
In the end of the 19th century, the making of Arraiolos Rugs did not practically exist, being reduced to the presence of embroiders that executed rugs by order, as well as those that were ma de by the women of the village for their own households, during the long winter nights.

During this period, the shortage of means resulted in the making of rugs in natural colors such as whites, browns and coarse woolen cloths.
With the beginning of the 20th century, the "rebirth" of the Arraiolos Rugs occurs - a group of women from village recreated models, based on those, which, in different eras and times, have been unsurpassed references of the Arraiolos Rugs, giving way to a new era.

(in Município de Arraiolos)

12 de março de 2013

Conferência Internacional de Turismo



O contributo do Turismo para o desenvolvimento económico e social no Mundo é cada vez mais relevante, obrigando-nos a meditar no número de mil milhões de turistas previstos para 2013, podendo este número chegar mesmo a 1,6 mil milhões em 2020, o que implica uma taxa de crescimento anual superior a 4%.

Obviamente que a atual crise económica e de desemprego exigem um turismo mais flexível, o que obriga a um maior dinamismo e adaptabilidade das politicas de promoção.

Temos que considerar a mudança muito rápida do perfil do visitante, com um aumento impressionante dos turistas jovens com idades inferiores a 18 anos e idosos a nível mundial.
O turista de hoje tem cada vez maior nível cultural e é, consequentemente, mais exigente, querendo participar no pacote - itinerário e muitas vezes é ele próprio que organiza o seu plano de viagens online.

Face a esta realidade surgem com pertinência várias questões:
Que promoção turística efetuar?
Que modelos?
Que participação do setor público e privado?
Que papel dos governos centrais?
Como se promovem os destinos regionais?

A este propósito recordo aqui as palavras recentes de Taleb Rifai, Secretário-Geral da OMT:
“Para se manter competitiva neste mercado global, a Europa terá de reforçar a sua imagem como destino turístico caraterizado pela elevada qualidade e sustentabilidade. Os destinos europeus devem desenvolver fortes parcerias de trabalho entre o setor público e privado. A Europa pode também beneficiar dos esforços de promoção conjunta para reforçar a sua imagem e atração de turistas de outros continentes.”

As questões da promoção em cooperação são hoje decisivas tendo em consideração que a grande maioria das viagens em turismo em todo o mundo têm lugar dentro do mesmo continente, o que releva a importância da cooperação entre destinos com a implementação de programas de intercâmbio para agentes e profissionais de turismo.

Ao nível da inovação a aposta deve ser realizada em novos conceitos, produtos, tecnologias e mesmo políticas, que garantam sustentabilidade num mundo em constante mudança.
Promoção dirigida?
Promoção integrada?
Destinos nacionais?
Destinos regionais
Que conceitos?
Que políticas?

Respostas – inúmeras, Reflexões - necessárias – Importante e Decisivo – Debatê-las.
É por isso que a 15 de março, em Évora, organizamos em conjunto com a Ambitur, Publituris e Turisver a Conferência Internacional de Turismo subordinada à temática Promoção - Novas Tendências, Novos Conceitos, Novos Desafios.

Debater e refletir sobre os melhores conceitos para a promoção do destino Portugal e dos destinos regionais, é o nosso propósito, sendo que para o efeito convidámos representações de países com modelos de promoção de referência para a OMT.

Até 15 de março, no Alentejo.

Cá o espero.

António Ceia da Silva
Presidente da Turismo do Alentejo, ERT

Exposição de artesanato em Estremoz



No próximo dia 9 de março, pelas 15h00, no Salão da Junta de Freguesia de Santa Maria, irá decorrer a inauguração de uma exposição de artesanato de Manuel Joaquim Serrano.
A mostra expõe “Miniaturas do Alentejo” e outros trabalhos feitos pelos utentes do Recolhimento Nossa Senhora dos Mártires.
A exposição pode ser visitada durante todo o mês de março, de 2ª a 6ª feira das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

Esta iniciativa é uma organização da Junta de Freguesia de Santa Maria com a colaboração do Recolhimento Nossa Senhora dos Mártires.

11 de março de 2013

Como temperar e pisar a azeitona

AZEITONAS MARTELADAS (BRITADAS):

Esta é uma técnica rápida que permite começar a consumir a azeitona em 5-7 dias e para a qual se empregam variedades de frutos grandes, colhidos verdes.

Após a colheita, as azeitonas são esmagadas uma a uma com o auxílio de uma pedra ou outro utensílio pesado, com um golpe seco.
São então postas num balde e cobertas de água, que se muda pelo menos duas vezes por dia. Em alternativa, dispondo de água corrente, ponha-as numa saca de rede dentro da corrente. Quando perdem o ácido (mas não o sabor!), temperam-se na última água com sal grosso, louro, limão e orégãos. Devem consumir-se até ao Natal.

AZEITONAS RETALHADAS:

Esta técnica aplica-se a todas as variedades, desde a grande Mançanilha até à pequena e deliciosa Galega, bem como a todos os pontos de maturação.
Dão-se 3 ou 4 golpes até ao caroço com uma faca muito afiada, para não esmagar a polpa. Cobrem-se então com água que se muda diariamente até perderem a acidez, o que demora de 15 a 30 dias, conforme o tamanho, o número de golpes e o grau de maturação.
Temperam-se então com sal, orégãos e louro e começam a consumir-se, tendo o cuidado de nunca tocar na água com os dedos.
Podem guardar-se por muito tempo, sem amolecerem, fechadas em garrafões de água usados, numa solução de sal que encha o garrafão por completo, evitando todo o contacto com ar.

AZEITONAS DE CONSERVA

Para conservar a azeitona, enchem-se garrafões usados, de água, até 4/5 do seu volume com azeitonas inteiras ou retalhadas, juntam-se três colheres de sopa bem cheias de sal marinho e completa-se até ao bordo com água (se só dispõe de água tratada, use mineral). Deixe ao abrigo da luz directa, pelo menos 6 meses.
Durante este tempo, desenvolve-se uma fermentação interna nos frutos com abundante produção de CO2 que se acumula no interior do garrafão.

Semanalmente, alivie a tampa de modo a fazer sair a pressão acumulada.
Após 6-8 meses, abra, lave em águas limpas por 2-3 dias e tempere como habitualmente, (sal, orégãos, etc.).

Nunca se esqueça: As azeitonas são incompatíveis com água tratada!

(in Coop Caminhos do Futuro - Montemor O Novo)

O Património Industrial: dos objetos ao território


Colóquio O Património Industrial: dos objetos ao território
Universidade de Évora; Palácio do Vimioso, Sala 205
21 – 23 de Março de 2013

As alterações económicas que resultam do progresso científico e tecnológico, verificadas sobretudo a partir do final século XX, determinaram a alteração qualitativa das atividades profissionais ligadas ao sector da indústria e uma reorganização da produção industrial em termos internacionais que, em vários países, como Portugal, levou a um processo de decadência da industrialização de algumas das regiões industriais.

A estas alterações estão associadas a extinção de unidades de produção, a desactivação de edifícios, a obsolescência de equipamentos, novos modos de organização do território e do quotidiano das comunidades envolventes.
Uma pequena parte dos vestígios industriais está protegida em Museus, Bibliotecas, Arquivos, Monumentos e Sítios. Uma parte significativa está ainda por conhecer, estudar e valorizar.
Os testemunhos materiais da evolução industrial são actualmente alvo de prospecção, inventário, estudo e valorização e representam uma fonte de investigação interdisciplinar fundamental nas ciências sociais e humanas, em particular na História e nos Estudos de Património.
Neste colóquio pretende-se reflectir sobre a importância do Património Industrial numa visão holística, organizada em 4 núcleos temáticos:

1 – Objectos, colecções e museus industriais
2 – Território: marcas, equipamentos técnico-industriais e paisagens
3 – Rotas, percursos e itinerários do património industrial
4 – Sociedade Industrial: protagonistas e mudança

As línguas utilizadas no colóquio são o Português, o Castelhano, o Inglês e o Francês

Loiça de S. Pedro do Corval - Reguengos de Monsaraz


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8 de março de 2013

O nosso "Cante"...

Candidatura do Cante Alentejano quase pronta 



"Prevemos que o trabalho fique concluído ainda durante este mês", avançou à agência Lusa Tomé Pires, presidente do Município de Serpa, uma das entidades promotoras da candidatura.
Segundo o autarca, a candidatura será então "entregue de imediato" à comissão nacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
"Estão reunidas as condições para, até final de janeiro, fazermos chegar a candidatura à comissão nacional", que a vai entregar depois à comissão internacional da UNESCO.

A candidatura do Cante Alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade esteve para ser entregue à UNESCO em março do ano passado. Mas o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) decidiu, na altura, adiar a sua apresentação para este ano, por considerar que o processo não reunia condições para ser aceite.
No final de novembro, o presidente da comissão nacional da UNESCO, António de Almeida Ribeiro, indicou o início deste ano para a entrega do processo à comissão internacional daquele organismo.
Uma garantia que o presidente da comissão executiva da candidatura, Carlos Medeiros, saudou à Lusa, na altura, adiantando então que a revisão do "dossier" estava em curso e deveria estar pronta no final de 2012, o que apenas deverá acontecer este mês.

O autarca de Serpa manifestou-se hoje confiante de que a candidatura do Cante Alentejano venha a ser aprovada pela UNESCO, até porque se trata de um património "que não é muito visível" em termos internacionais.
"E o principal objetivo da UNESCO não é propriamente dar mais visibilidade a algo já visível. A preocupação é sim valorizar o que tem importância, mas é ainda desconhecido, e ajudar a que os patrimónios se mantenham", argumentou.
Independentemente das expectativas positivas, Tomé Pires realçou que, com este processo de candidatura à UNESCO, o Cante Alentejano já beneficiou.
"A aprovação da candidatura faz todo o sentido, mas todo o trabalho que está a ser feito, de recolha, de contactos com os grupos e elaboração de planos de salvaguarda, já é muito positivo. Estamos a contribuir para a salvaguarda deste património", enfatizou.

(embora esta notícia do CM seja de Janeiro, sabe-se que será, de facto, entregue em Março)

Quadras Populares

Ó meu amor quem me dera
Trazer-te no coração,
Aonde o sol te não dera
Nem d’inverno nem de v’rão.

Eu toda esta noite andei
Procurando a madrugada,
Só em teu peito é que achei,
Sol nascido, e manhã clara.

Quadra Popular - Autor desconhecido/a

6 de março de 2013

Alentejo

Folheia-se o caderno e eis o sul
E o sul é a palavra. E a palavra
Desdobra-se
No espaço com suas letras de
Solstício e de solfejo
Além de ti
Além do Tejo.

Verás o rio e talvez o azul
Não o de Mallarmé : soma de branco e de vazio
Mas aquela grande linha onde o abstracto
Começa lentamente a ser o
Sul.

Outro é o tempo
Outra a medida.

Tão grande a página
Tão curta a escrita

Entre o achigã e a perdiz
Entre o chaparro e o choupo

Tanto país
E tão pouco

Solidão é companheira
E de senhor são seus modos
Rei do céu de todos
E de chão nenhum

À sombra de uma azinheira
Há sempre sombra para mais um

Na brancura da cal o traço azul
Alentejo é a última utopia

Todas as aves partem para o sul
Todas as aves : como a poesia.

(in Alentejo e ninguém - Manuel Alegre)

Para as entradas...



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(paio aproximadamente 400gr e queijo 500gr)
Veja como comprar no separador ENCOMENDAS...

5 de março de 2013

4 de março de 2013

Ameixas d' Elvas



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A geologia na rota do vinho


Encontram-se abertas as inscrições para o seminário "A Geologia na Rota da Vinha e do Vinho no Alto Alentejo, Estremoz", que decorrerá de 22 a 24 de março de 2013, no Convento das Maltezas (instalações do Centro Ciência Viva de Estremoz).
A realização deste seminário resulta de uma colaboração da Associação Portuguesa de Geólogos (APG) com o Centro Ciência Viva de Estremoz (CCVEstremoz), a Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora e a Câmara Municipal de Estremoz.
Com estes seminários pretende-se mostrar os vinhos a um público geral, mas de uma perspetiva ampla pois, para além dos aspetos ligados à cultura dos vinhos e às suas potencialidades em termos de enoturismo, pretende-se igualmente mostrar uma série de aspetos científicos variados (que vão desde a Geologia, Geomorfologia, Ciências Sociais, Genética...).
Para mais informações contacte: www.apgeologos.pt e www.estremoz.cienciaviva.pt.

Mestre Mário Lagartinho



A arte de trabalhar o barro vermelho...
Mestre Lagartinho vive e trabalha em Estremoz e produz bilhas e outras peças em barro.

Utopia


UTOPIA

Na brancura da cal o traço azul
Alentejo é a última utopia
Todas as aves partem para o Sul
Todas as aves: como a poesia
                                               (Manuel Alegre)


IMENSO SUL é mais do que uma empresa on-line de comercialização de produtos tradicionais alentejanos.
Pretende contribuir para a divulgação da cultura e alma alentejanas.
Em breve aqui vão desfilar os vinhos e enchidos, os barros e as mantas, os bonecos de Estremoz e a viola campaniça de Castro Verde.
Haverá música dos Adiafa mas também a Sinfonia Alentejana de Freitas Branco, ouviremos as “saias” e o “cante”, Vitorino e Rio Grande.
Por aqui passarão também Manuel da Fonseca, Pedro Nunes, Salgueiro Maia, Hernâni Cidade, Eunice Muñoz, Garcia de Orta, Vasco da Gama, Florbela Espanca, José Carlos Malato e Cristóvão Colombo.
Poderá ainda adquirir on-line, pantufas e tapetes de Arraiolos, mobílias e artesanato, vinho e azeite, brinquedos e bilhas, jóias e mantas de Reguengos…
Tudo produzido entre o Tejo e a Serra Algarvia. Entre Sines e Olivença.
Fiquem atent@s: o Alentejo vai passar por aqui…