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18 de fevereiro de 2021

Destroços de possível navio holandês do século XVII encontrados na lagoa de Melides

 

Destroços de uma embarcação, possivelmente um navio holandês do século XVII, foram encontrados na sexta-feira na lagoa de Melides, em Grândola, e recolhidos para análise e identificação, revelou a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

De acordo com a DGPC, as fortes chuvadas ocorridas no início deste mês de fevereiro deixaram expostos, “durante um breve período”, os destroços de uma embarcação que se suspeita ser o Schoonhoven, um navio holandês que, “segundo registos históricos, naufragou ao largo de Melides a 23 de janeiro de 1626”. No local, foi feito um registo tridimensional do destroço e colhida “uma amostra duma tábua de forro exterior da embarcação”, que será estudada para validar a hipótese.

A investigação incluirá uma análise aos anéis de crescimento da madeira (dendrocronologia) dos destroços encontrados, o que permitirá saber “a data de abate da árvore que deu origem à tábua, a sua espécie, ou ainda o tipo de clima onde cresceu”.

O achado arqueológico, “só visível durante a maré-baixa”, “foi reenterrado pelas dinâmicas do estuário prestes também a desaparecer quando a Lagoa fechar de novo”, refere a DGPC em comunicado. Segundo a DGPC, outros destroços, possivelmente do mesmo navio, já tinham sido antes identificados por mergulhadores na lagoa de Melides, mas “o fenómeno natural motivado pelas fortes chuvadas durante a primeira metade de fevereiro expôs durante um breve período de tempo o destroço ora identificado”.

Segundo a DGPC, os trabalhos no local foram feitos “de emergência” pela equipa do projeto “Um Mergulho na História”, especializado em “deteção, escavação e divulgação de naufrágios históricos”. “A monitorização e avaliação” foram asseguradas por uma equipa do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS), em conjunto com a Direção Regional de Cultura do Alentejo e a Câmara Municipal de Grândola.

Na operação estiveram ainda envolvidas a Administração da Região Hidrográfica do Alentejo, a Guarda Nacional Republicana (GNR), a Capitania do Porto de Sines e a Autoridade Marítima Nacional.

(Direção-Geral do Património Cultural (DGPC))


Navio da Companhia Holandesa das Índias Orientais naufragou em Portugal durante a terceira viagem à Ásia

A investigação história realizada no âmbito do “Um Mergulho na História” permitiu identificar documentação no Arquivo Histórico Ultramarino e nos Arquivos Holandeses que regista a partida do Schoonhoven, o seu naufrágio em Melides e as “diligências desenvolvidas por instituições locais no sentido de arrecadar os salvados arrojados à costa”.

Segundo estes documentos, o navio partiu da ilha de Texel, nos Países Baixos, a 20 de dezembro de 1625. O navio, um jacht de 400 toneladas construído em 1619 pertencia à Verenigde Oost-Indische Compagnie (Companhia Holandesa das Índias Orientais), realizava a terceira viagem em direção à Ásia. O percurso foi interrompido no início de 1626 “pelo seu naufrágio na costa de Portugal”. Segundo a DGPC, “o navio terá sido arrojado contra a costa, ou tentado abrigar-se em Melides numa última manobra desesperada”.

O naufrágio, provocado pelo mau tempo, foi descrito por Agostinho Dias, “que assistia em Melides à fábrica das madeiras de pinho para as naus da Índia”, em carta ao Vedor da Fazenda. O homem deu conta na mesma missiva da morte da maior parte da tripulação que levava e notou ainda que na nau se “levavam onze âncoras e que eram muito boas para naus suas que lá estavam e para tiros e dezasseis peças [de artilharia], duas de corso e as mais de defesa”.

A mesma informação é atestada num outro documento, uma carta de 27 de janeiro de 1626 do Juiz de Fora de Setúbal. “Na costa de Melides, [na altura do] termo de Santiago de Cacém, deu à costa uma nau que dizem ser da Holanda e segundo parece pelo que tem saído em terra devia ir carregada de mantimentos por se achar muita carne na costa desta vila e na de Tróia e Melides; me dizem haver saído pipas de vinho e outras coisas de que não tenho bastante notícia por ser o tempo ser muito tempestuoso”, escreveu o responsável na missiva enviada para Lisboa.

“Estes dados serão fundamentais para afirmar com maior certeza se este destroço pertencia ao malogrado Schoonhoven que terá tentado provavelmente abrigar-se em Melides numa última manobra desesperada. De facto, informação histórica disponível, incluindo estampas publicadas em obras desta época, mostram que existia um estuário onde hoje se localiza a Lagoa, sendo pois possível a navios de porte considerável fundearem junto à Vila de Melides”, referiu a DGPC, lembrando que “de tal dá conta a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, como cantada por Fausto Bordalo Dias”. Diz a passagem:

“Sonhei muitos, muitos anos por esta hora chegada
De Lisboa para a Índia vou agora de abalada
Mas em frente de Sesimbra, logo um corsário francês
Nos atirou para Melides com o barco feito em três
E por Deus e por el rei, que grande volta que eu dei”.

(Observador)

26 de agosto de 2019

IHC Summer School: Museus, Colecções e Património

O tema da edição 2019 da IHC Summer School está relacionado com o local da sua realização – a cidade de Évora, Património Mundial, espaço de trânsitos quotidianos e local de materialidades históricas. Pretende-se que esta edição da IHC Summer School inaugure uma fase de descentralização a partir das sinergias criadas com o Pólo da Universidade de Évora.

Dados os novos desafios e debates sobre temas que obrigam a pensar a História Contemporânea através de várias janelas interdisciplinares, este curso, organizado pelo Instituto de História Contemporânea, permitirá a abertura de diálogos, onde se irão debater o colonial e o pós-colonial, na vertente das colecções, museus e património.
Com este curso pretende-se que, de uma forma dinâmica, os alunos participem em workshops, assistam a sessões de especialistas e, no fim do dia, tenham a possibilidade de participar em visitas orientadas.

Visa-se criar um universo de participantes diversificados que possam interagir com as várias propostas de sessões temáticas da IHC Summer School.

Mais informações AQUI

30 de junho de 2019

Encontro [Portugal entre Patrimónios], Colaboração e Governação Integrada


É já no dia 2 de Julho às 14 horas o quarto de 7encontros, 7 temas, 7 datas e 7 locais do CICLO CO-LABORAR – think tanks, networking – 2018-2020 [PORTUGAL ENTRE PATRIMÓNIOS]. Vamos reunir em sessão aberta ao público na Fundação Eugénio de Almeida em Évora.

Estaremos com Hélder Guerreiro, especialista em Economia Regional e Desenvolvimento Local. Conheceremos também 4 casos apresentados por parceiros [Portugal entre Patrimónios]: Mesa da Ajudada – residência artística; Lab Cívico da Universidade de Aveiro – Construir Comunidades; Praça das Redes; Perspetivas Holacráticas.

No primeiro encontro em Lisboa, José Manuel dos Santos da Fundação EDP falou sobre A ATENÇÃO; o segundo encontro GEOGRAFIA e UTOPIA, foi na Reitoria da Universidade do Porto e ouvimos Álvaro Domingues e Fátima Vieira. Em Loulé conversámos com o artista visual Xana sobre ARTE E CRIAÇÃO.

Contamos com a vossa presença.

Para mais informações: http://www.portugalentrepatrimonios.gov.pt/

9 de abril de 2019

Global Digital Heritage promovem campanha no Alentejo

Até ao próximo dia 24 de abril, o Alentejo Central e o Baixo Alentejo serão palco, pela primeira vez em Portugal, de uma campanha da Global Digital Heritage, uma ONG americana sem fins lucrativos que se dedica ao levantamento digital 3D de património cultural numa perspetiva de salvaguarda digital, de potenciação das comunidades e de divulgação multimédia dos monumentos e sítios arqueológicos e patrimoniais.

A Global Digital Heritage trará consigo tecnologia de ponta ao nível da digitalização e registo de património como laser scans, drones e câmaras 360º, sendo que a campanha no Alentejo Central irá acontecer com levantamentos 3D em 13 locais onde se incluem: a Anta Grande da Comenda da Igreja (Montemor-o-Novo); o Castelo de Montemor-o-Novo; o Cromeleque dos Almendres (Évora); o Cromeleque de Vale Maria do Meio e o Cromeleque de Portela de Mogos (Évora); a Gruta do Escoural (Montemor-o-Novo); o Templo Romano de Évora; a Anta Grande do Zambujeiro (Évora); a Villa romana de São Cucufate (Vidigueira); o Castelo de Évoramonte (Estremoz); o Castelo de Arraiolos; o Museu de Évora; e o Museu do Grupo dos Amigos de Montemor-o-Novo.

Todos os dados obtidos durante a recolha da campanha da Global Digital Heritage serão públicos e os resultados preliminares serão apresentados ainda durante o mês de abril em conferência a anunciar em Évora. A equipa da Global Digital Heritage é liderada por Herbert Maschner, antigo diretor do Centro para a Virtualização e Tecnologias Espaciais Aplicadas da Universidade da Flórida do Sul, e conta ainda, entre outros, com Victor Bendicho Menchero, vice-presidente da Sociedade Espanhola de Arqueologia Virtual (SEAV), e Miguel Ángel Hervás, membro da Sociedade Espanhola de Arqueologia Medieval.

A campanha da Global Digital Heritage em Portugal é fruto de uma parceria com a Direção Regional de Cultura do Alentejo, a Universidade de Évora, e os Municípios de Évora, Montemor-o-Novo, Vidigueira, Arraiolos e Estremoz.

(DRCAlentejo)

26 de novembro de 2018

International Congress on Cultural Mapping: Linking Heritage (Tangible and Intangible) and Creative Tourism

O “International Congress on Cultural Mapping: Linking Heritage (Tangible and Intangible) and Creative Tourism” irá realizar-se de 29 a 30 de novembro de 2018, em Évora. 

Estruturado em dois dias, o congresso visa fornecer uma melhor compreensão de como o mapeamento cultural pode contribuir para melhorar a consciência de identidades culturais; debater as suas implicações para o desenvolvimento local, o envolvimento comunitário e a formulação de políticas, incluindo práticas sustentáveis e criativas de turismo; e fomentar o debate sobre os seus resultados a longo prazo.

O evento está a ser organizado pela equipa CREATOUR da região do Alentejo (CIDEHUS, Universidade de Évora) e pela Cátedra UNESCO em “Património Imaterial e Saber-Fazer Tradicional” da Universidade de Évora, em colaboração com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

25 de julho de 2018

Município de Elvas recupera património da cidade

O Município de Elvas está a recuperar o património da cidade. A intervenção no Baluarte do Príncipe, Baluarte de São Vicente, Pontes das Portas de São Vicente e ainda o concurso de reabilitação da Parada do Castelo conta já um valor de 700 mil euros.

De acordo com o município, o investimento no Baluarte do Príncipe conta com 100 mil euros e vai possibilitar, após o término das obras e alargamento da Faceira da Cisterna, o acesso e paragem de autocarros turísticos.

No Baluarte de São Vicente as obras de recuperação do troço da muralha seiscentista estão avaliadas em 230 mil euros.

Mais abaixo, as obras nas duas pontes das Portas de São Vicente, na ligação entre a zona baixa do centro histórico e o Bairro da Boa-Fé, decorrem a bom ritmo numa intervenção de 100 mil euros.

A finalizar está o lançamento do concurso para a reabilitação da Parada do Castelo, para concretizar uma vertente mais turística desta zona da cidade património Mundial, dando prioridade a circuitos pedonais e encontrando áreas alternativas para o estacionamento de veículos. Este concurso está lançado por 270 mil euros.

(Linhas de Elvas / Porto dos Museus)

8 de junho de 2018

Património de Odemira inspira concurso de fotografia

O património cultural do concelho de Odemira vai inspirar mais uma edição do Concurso de Fotografia da Câmara odemirense e da Sopa dos Artistas – Associação Local de Artistas Plásticos. As fotografias, que têm de ser tiradas no concelho de Odemira, podem ser entregues até 31 de Agosto.

Este concurso, cujo tema em 2018 é “Ano Europeu do Património Cultural”, visa, segundo a Câmara, «a promoção e divulgação do concelho, bem como o estímulo e desenvolvimento deste género de arte».

Para participar, os concorrentes deverão fazer o download da ficha de inscrição e declaração de cedência de direitos no site do Município de Odemira. As fotografias e respetiva documentação deverão ser enviadas para o email concurso.fotografia@cm-odemira.pt.

O vencedor do concurso receberá um prémio no valor de 500 euros, o segundo classificado receberá 250 euros e o terceiro 125 euros. Os melhores trabalhos serão reunidos em exposição, que irá estar patente na Biblioteca Municipal José Saramago, em Odemira, entre os dias 14 de Novembro e 7 de Dezembro.

Para esclarecimentos ou quaisquer dúvidas adicionais, deverá ser contactada a Divisão de Desenvolvimento Sociocultural do Município de Odemira, através do telefone 283 320 900 ou pelo email concurso.fotografia@cm-odemira.pt.

28 de março de 2018

Inauguração do Centro de recursos de formação nas Artes e Ofícios do Património em Elvas

É hoje inaugurado o Centro de recursos de formação nas Artes e Ofícios do Património – CAOP. Projecto da Associação InCIDADES, desenvolvido em cooperação com a Câmara Municipal de Elvas, foi integrado na Euro cidade Elvas/Campo Maior/Badajoz.

InCIDADES é uma Associação sem fins lucrativos, que tem por missão a salvaguarda da identidade das cidades e regiões, através da conservação e valorização do Património, enquanto factor de desenvolvimento sustentável.
Nesta data será assinado um protocolo com a Comissão Nacional da UNESCO, para constituição, no CAOP, de um Clube UNESCO para as Artes e Ofícios do Património.

Considerando que a atractividade dos territórios se constrói a partir da sua identidade – o património material e imaterial – importa capacitar as pessoas que neles habitam a potenciar a matriz cultural que os diferencia, e promover o desenvolvimento social e económico através da preservação dos saberes e saberes-fazer locais.

O projecto é desenvolvido com recurso a uma equipa multidisciplinar com vasta experiência nas áreas da conservação, salvaguarda e valorização do património construído, em parceria e colaboração com Instituições do sector: o Centro de Formação Profissional do Artesanato – CEARTE; a Direcção Regional de Cultura do Alentejo – DRCA; o Grémio do Património – GECoRPA; o Instituto Politécnico de Portalegre -IPP; o Laboratório Hércules da Universidade de Évora.

(Porto dos Museus)

12 de dezembro de 2017

Universidade de Évora desenvolve ‘kit’ que deteta microrganismos no património

Investigadores da Universidade de Évora criaram uma ferramenta inovadora capaz de detetar, “de forma rápida, simples e económica”, os microrganismos existentes no património cultural, que deterioram superfícies edificadas e obras de arte, segundo a academia.

O ‘kit’ foi criado pelo Laboratório HERCULES, um dos centros de investigação da academia alentejana, no âmbito do projeto MICROTECH-ART, que visa o “desenvolvimento de uma ferramenta analítica rápida para deteção de microrganismos que proliferam no património cultural”.

Segundo a Universidade de Évora (UÉ), a ferramenta, considerada “inovadora”, está a ser desenvolvida por uma equipa de investigação liderada pela espanhola Marina González, investigadora de pós-doutoramento no HERCULES e bolseira da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

(Porto dos Museus / Diário de Notícias)

11 de junho de 2016

Centro da UNESCO em Beja

A Câmara de Beja assinou hoje com vários parceiros um protocolo de cooperação para criar na cidade o Centro UNESCO para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, como música tradicional, cante alentejano, literatura e história popular.

O protocolo foi celebrado entre o município, a Comissão Nacional da UNESCO, a Direção Regional de Cultura do Alentejo, o Centro Nacional de Cultura, a Fundação AgaKhan, o Sindicato dos Músicos e Profissionais do Espetáculo e do Audiovisual, a MODA – Associação do Cante Alentejano e a Confraria Gastronómica do Alentejo.

Os parceiros propõem-se criar e dinamizar em Beja um Centro UNESCO especializado na área do património cultural imaterial e que ficará situado no emblemático edifício do Clube Bejense, antigo espaço de convívio e cultura da cidade, que o município está a reabilitar, num investimento de 374 mil euros e também para acolher uma «casa criativa».

(Diário Digital / Lusa)

25 de fevereiro de 2016

A "Alentejana" celebra Património Imaterial

Foi apresentada em Évora, a 34ª Volta ao Alentejo em Bicicleta, prova que vai estar na estrada entre 16 e 20 de março, com início em Portalegre e final em Évora, na Praça do Giraldo.

A corrida tem cinco etapas em linha, num total de 907,8 quilómetros, vai percorrer 35 dos 47 concelhos do Alentejo (Alto, Baixo e Litoral) e será disputada por 22 equipas, 12 portuguesas – do escalão elite e sub 23 – e 10 estrangeiras.

A organização, a Podium Events, a mesma da Volta a Portugal, pretende homenagear o Património Imaterial e Edificado do Alentejo. Haverá chegadas nos centros históricos de Évora, Beja, Castelo de Vide e Montemor-o-Novo, respetivamente, na Praça do Giraldo, Museu Rainha D.Leonor, Castelo e Igreja.

Além disso a organização vai atribuir aos vencedores das etapas e da Volta, chapéus típicos do Alentejo, Chocalhos e ramos de flores de papel feitos pelas mulheres de Campo Maior, para assim celebrar os reconhecimentos da Unesco ao Cante Alentejano e Arte Chocalheiras e das Flores das Festa do Povo, esta última em fase de candidatura.

Na edição de 2016 da “Alentejana” celebram-se também os 20 anos da presença e da vitória do mítico ciclista espanhol, Miguel Indurain, também vencedor de cinco edições do Tour de França, entre 1991 e 1995, Giro de Itália em 1992 e 1993, Campeão do Mundo de Contrarrelógio (CRI) em 1995 e medalha de ouro na prova de CRI, nos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996.

(JN)