20 de janeiro de 2014

Em breve em livro: Do Japão para o Alentejo - A Embaixada Japonesa Tenshö em Vila Viçosa no ano de 1584

Esta obra aborda a temática relacionada com a Embaixada Japonesa que, em 1582, partiu de Nagasáqui em direção a Roma. No decurso dessa viagem o Paço dos Duques de Bragança em Vila Viçosa foi um dos lugares visitados pelos quatro jovens vindos do Japão. Se só por si esta noticia teria tido impacto pelo momento em que ocorreu e por constituir um encontro multicultural no contexto nacional, assume uma outra dimensão, tendo em conta as motivações que estiveram na origem deste facto. Convertidos ao Cristianismo, os Nobres Japoneses faziam parte de uma delegação que se dirigia a Roma, e que visitou os mais importantes centros de decisão na Europa neste período, entre os anos de 1582 e 1586.

O grande mentor desta iniciativa foi o Visitador Jesuíta das Índias Orientais, Padre Alessandro Valignano (1539-1606) que organizou a visita a Roma para os príncipes cristãos japoneses convertidos com um duplo objetivo: esclarecer o Papa com os feitos das Missões na Ásia e impressionar os nobres japoneses com o poder e o estatuto de Roma e dos grandes Senhores europeus.

Os nomes dos príncipes eram Ito Sukemasu (Dom Mancio, 12 anos de idade), Chijia Naokazu (D. Miguel, 14 anos de idade) , Hara Nakatsukasa (D. Martinho, 13 anos de idade) e Nakaura Jingoro (D. Julião, 12 anos de idade). Estavam acompanhados pelos Jesuíta português, Diogo de Mesquita (1553-1614), tutor e intérprete e os servos, com os nomes de Agostinho e Constantino. Este périplo pela Europa, África, Índia, Macau e Japão durou 8,5 anos.

Quando chegaram a Vila Viçosa, os embaixadores japoneses tinham a aproximadamente a mesma idade que D. Teodósio II (entre os doze e os catorze anos) e os destinos do Ducado de Bragança eram dirigidos por D. Catarina, viúva do 6º Duque D. João I e neta do Rei D. Manuel I (filha do Infante D. Duarte e de D. Isabel de Bragança). O que se pretende demonstrar com esta pesquisa prende-se com o facto de Vila Viçosa ter sido mais do que uma escala conveniente. De facto, em termos de percurso no caminho para Madrid, de Évora, onde a comitiva japonesa foi recebido pelo Arcebispo D. Teotónio de Bragança, teria sido possível para o grupo chegar a Elvas num dia.

Contudo, o facto da delegação ter visitado Vila Viçosa durante quatro dias no caminho para Roma e mais quatro dias no regresso dá-nos a indicação da importância da Casa de Bragança aos olhos da Igreja e do próprio contexto político nacional desse período. A delegação japonesa visitou Vila Viçosa duas vezes, permanecendo aqui por quatro dias em cada ocasião, o que nos demonstra bem a importância do Ducado.
Durante o ducado de D. Teodósio II, e desde os seus antecessores, D. Teodósio I e D. João I Vila Viçosa tornara-se a manifestação ou personificação clara da “Corte na Aldeia”, com o centro nevrálgico instituído na expressão arquitetónica monumental do Paço Ducal, sinal de grandeza e pretexto sempre renovado de concorrência e ultrapassagem à invasora corte castelhana.

A Casa de Bragança possuía uma autonomia de governação e lógica própria, que se materializava pelo controlo e expansão de recursos tipicamente senhoriais. Dai que ao longo do período filipino, os Bragança mantivessem uma estabilidade política invejável, já que não dependia do arbítrio régio, a que se acrescia a fidelidade das casas senhoriais e dos nobres que a rodeavam ou de grupos de familiares de exclusiva implantação regional e local.

Nesse sentido, a visita a Vila Viçosa assumiu contornos bastante importantes, na medida em que, tal como pretendemos esclarecer, não se tratou somente de uma visita de cortesia. Como a investigação veio a demonstrar, tornaram-se mais claros os objetivos decorrentes da visita à Corte de D. Teodósio II, quer por parte dos Embaixadores Japoneses, quer em relação aos interesses políticos do Ducado de Bragança.
Parece pois provável, que, aliada a uma natural curiosidade despertada pela presença da comitiva japonesa em solo português, estivessem subjacentes alguns objetivos políticos, também tendo em conta a situação vivida durante este período em Portugal, com o reinado de Filipe II de Espanha.

O relato da passagem por Vila Viçosa e a descrição de alguns episódios que tiveram lugar entre o Paço e a Tapada mereceram uma atenção especial, assim como a análise dos fatores que parecem ter estado na origem desta deslocação à Corte dos Duques de Bragança.

(Tiago Salgueiro)

17 de janeiro de 2014

S. Domingos e as suas minas em livro


Sábado a ler no Cercal...



Mais de 180 jogadores disputam torneio de ténis de mesa em Vendas Novas

O pavilhão gimnodesportivo municipal de Vendas Novas recebe este sábado, 18 de janeiro, a partir das 10h00, o I Torneio Masters Ranking List de Ténis de Mesa, integrado no Masters Ranking List da Federação Portuguesa de Ténis de Mesa – Lazer e Desporto para Todos, numa organização do Clube Ferroviário de Vendas Novas.

Ao todo serão 186 jogadores a disputar os lugares cimeiros deste torneio, cujas classificações contam para o ranking individual de atletas seniores masculinos (1.º, 2.º e 3.º escalão) e seniores femininos.
As provas têm início às 10h00 com os seniores masculinos do 3º escalão, seguindo-se às 12h00 o 2º escalão, às 14h00 os jogos do 1º escalão e terminando às 15h00 com os seniores femininos.

Para além de vários patrocínios locais, a realização desta prova conta com o apoio da Câmara Municipal e Junta de Freguesia de Vendas Novas e reforça uma vez mais a disponibilidade do Município, em conjunto com o associativismo local, de receber eventos que dinamizam o concelho e as suas infraestruturas desportivas.
(Município de Vendas Novas)

Melhor destino turístico 2014...


16 de janeiro de 2014

Ensemble de Montemor solidário com Bombeiros


Walk in Alentejo


WALK IN ALENTEJO - Rota Vicentina I
18 e 19 Janeiro 2013
(Apenas 25,00Euros por dois dias de passeios)
A partir do Castelo e da Igreja Matriz de Santiago do Cacém inicia-se esta jornada ao longo do sudoeste de Portugal. Este é um percurso histórico, por onde passaram legiões romanas, guerreiros lusitanos e peregrinos nas suas jornadas de fé. A completar a primeira jornada da Rota Vicentina teremos a calma natural da Lagoa de Santo André, santuário de vida selvagem e de variados eco-sistemas naturais.

14 de janeiro de 2014

13 de janeiro de 2014

Mértola revela segundo batistério paleocristão

O puzzle do que se supõe ter sido um “complexo religioso”, no local que identificamos hoje como a alcáçova do castelo de Mértola, revelou recentemente uma nova peça, totalmente inesperada. Quando a equipa do Campo Arqueológico de Mértola (CAM), uma vez musealizado um primeiro espaço dedicado ao rito de iniciação cristão, pensava ter a sua conta de batistérios, eis que surge um segundo, a menos de 50 metros.
E, tudo indica, coexistente no tempo, ou seja, algures entre os finais do século V e meados do século VI. 
O “período paleocristão por excelência”, situa Cláudio Torres, diretor do centro de investigação, lembrando a vasta coleção de lápides epigrafadas, hoje visitáveis nas ruínas de uma basílica funerária deste período e que é um dos núcleos do chamado Museu de Mértola.
(Diário do Alentejo)

11 de janeiro de 2014

Al Berto faria hoje anos...


Al Berto não nasceu no Alentejo, mas escolheu-o (Sines) para viver e como modo de vida. No aniversário do seu nascimento aqui fica este recado...
(nascido a 1948-01-11, falecido a 1997-06-13)

Recado 

ouve-me 
que o dia te seja limpo e 
a cada esquina de luz possas recolher 
alimento suficiente para a tua morte 
vai até onde ninguém te possa falar 
ou reconhecer - vai por esse campo 
de crateras extintas - vai por essa porta 
de água tão vasta quanto a noite 
deixa a árvore das cassiopeias cobrir-te 
e as loucas aveias que o ácido enferrujou 
erguerem-se na vertigem do voo - deixa 
que o outono traga os pássaros e as abelhas 
para pernoitarem na doçura 
do teu breve coração - ouve-me

Amanhã não esqueça...


9 de janeiro de 2014

Até Amanhã Camaradas em Estremoz

Dia 10 no Teatro Bernardim Ribeiro em Estremoz, pelas 21:30 h

Adaptado da obra homónima de Manuel Tiago (pseu­dónimo de Álvaro Cunhal), “Até Amanhã, Camara­das” mostra que mesmo num país oprimido por uma ditadura feroz e retrógrada, servida por uma polícia política implacável (a PVDE), há quem resista e se organize para mobilizar o povo para a luta pelo pão e pela liberdade mesmo que isso lhe possa custar a prisão, torturas, ou até a vida.

São pessoas como Vaz, Ramos, António e Paulo, mili­tantes e funcionários do Partido Comunista, que desen­volvem a sua ação na clandestinidade, reorganizando o partido nas zonas dos arredores de Lisboa e do Ri­batejo, ao mesmo tempo que preparam uma grande jornada de luta, com greves e marchas contra a fome.

De: Joaquim Leitão
Com: Gonçalo Waddington, Cândido Ferreira,
Leonor Seixas, Paulo Pires, Nuno Nunes, Marco d’Almeida, Adriano Luz, Ivo Ferreira
Género: Política, Drama
Classificação: M/12

6 de janeiro de 2014