30 de novembro de 2013
28 de novembro de 2013
27 de novembro de 2013
26 de novembro de 2013
25 de novembro de 2013
27 anos de Património Mundial
A cidade de Évora comemora no próximo dia 25 de novembro, segunda-feira, o 27º aniversário sobre a inscrição do seu centro histórico na lista das cidades classificadas como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 1986.
Para assinalar a efeméride a Câmara Municipal de Évora preparou um programa de atividades, que vão ter lugar entre os dias 23 e 25 de novembro.
(Porto dos Museus)
24 de novembro de 2013
23 de novembro de 2013
22 de novembro de 2013
20 de novembro de 2013
18 de novembro de 2013
17 de novembro de 2013
15 de novembro de 2013
14 de novembro de 2013
13 de novembro de 2013
Um precipício no mar
Irá realizar-se no próximo dia 16 de novembro, pelas 21h30, no Teatro Bernardim Ribeiro, o teatro “Um Precipício no Mar”.
“Lá porque não sabemos, não quer dizer que não venhamos a saber. Nós só não sabemos por agora. Mas acho que um dia saberemos. Acho que sim.
As coisas correm bem a Alex. Ama a sua mulher, a sua filha, a sua cidade, o seu trabalho... Mas por vezes a força da vida pode bater contra nós. E tudo pode ser-nos tirado.
Alex nunca dá voz às palavras cruéis que pronunciou naquele dia. Mas podemos imaginá-las. Simon Stephens leva-nos subtilmente, em tom de confidência, ao ponto em que nos basta apenas preencher as palavras não ditas.
Monólogo perfeito de trinta minutos, parece a história trivial de um jovem amor, da paternidade e da família, mas com a ratoeira de uma tragédia sem sentido. Pode ser Deus responsável pela beleza da vida e também pela crueldade inexplicável?” (Jorge Silva Melo).
Esta iniciativa, com uma lotação máxima para 60 espetadores, é uma produção dos Artistas Unidos, com o apoio da Câmara Municipal de Estremoz, sendo o preço dos bilhetes de 5€.
“Lá porque não sabemos, não quer dizer que não venhamos a saber. Nós só não sabemos por agora. Mas acho que um dia saberemos. Acho que sim.
As coisas correm bem a Alex. Ama a sua mulher, a sua filha, a sua cidade, o seu trabalho... Mas por vezes a força da vida pode bater contra nós. E tudo pode ser-nos tirado.
Alex nunca dá voz às palavras cruéis que pronunciou naquele dia. Mas podemos imaginá-las. Simon Stephens leva-nos subtilmente, em tom de confidência, ao ponto em que nos basta apenas preencher as palavras não ditas.
Monólogo perfeito de trinta minutos, parece a história trivial de um jovem amor, da paternidade e da família, mas com a ratoeira de uma tragédia sem sentido. Pode ser Deus responsável pela beleza da vida e também pela crueldade inexplicável?” (Jorge Silva Melo).
Esta iniciativa, com uma lotação máxima para 60 espetadores, é uma produção dos Artistas Unidos, com o apoio da Câmara Municipal de Estremoz, sendo o preço dos bilhetes de 5€.
Exposição Coletiva “Ritmos da Paisagem” no Palácio de D. Manuel
Esta exposição coletiva (coordenada pela professora Leonor Serpa Branco) é o resultado de um trabalho desenvolvido num conjunto de experiências vivenciadas e partilhadas ao nível do desenho e da pintura. A paisagem é o tema dominante.
Diferentes olhares com cores quentes ou frias, que criam atmosferas de luz que habitam o espaço das telas.
O ritmo e a cadência da representação das folhas, dos troncos, das texturas, dos reflexos, dos brilhos, traduzem o movimento da impermanência da natureza sempre em mudança. As pinturas apresentadas também são o reflexo da aprendizagem do ato dinâmico que é ver, representar, agir e criar.
As obras que vão estar em exposição são da autoria de Alice Batista, António Frazão, Bela Coincas, Carlos Araújo Ferreira, Cristina Fialho, Cristina Oliva, Eduarda Rosalino, Elsa Gaspar, Germaine Portinard, Graça Firmo, Hermínia Pimentão, Isabel Cid, João Freire, José Tacão, Julieta Gancho, Lemos Djata, Madalena Mestre, Manuela Pina, Margarida Alegre, Margarida Lopes, Margarida Perdigão, Maria do Carmo Cruz, Maria Mourão, Óscar Fialho, Rosa Rodrigues e Teresa Santa Marta.
A entrada na exposição é livre, podendo ser visitada até ao dia 30 de Novembro (no Palácio de D. Manuel - Rés-do-chão) de segunda a sexta-feira, das 10:00 às 12:00 e das 13:00 às 17:00, encerrando aos domingos todo o dia e aos sábados apenas na parte da manhã.
(Município de Évora)
As obras que vão estar em exposição são da autoria de Alice Batista, António Frazão, Bela Coincas, Carlos Araújo Ferreira, Cristina Fialho, Cristina Oliva, Eduarda Rosalino, Elsa Gaspar, Germaine Portinard, Graça Firmo, Hermínia Pimentão, Isabel Cid, João Freire, José Tacão, Julieta Gancho, Lemos Djata, Madalena Mestre, Manuela Pina, Margarida Alegre, Margarida Lopes, Margarida Perdigão, Maria do Carmo Cruz, Maria Mourão, Óscar Fialho, Rosa Rodrigues e Teresa Santa Marta.
A entrada na exposição é livre, podendo ser visitada até ao dia 30 de Novembro (no Palácio de D. Manuel - Rés-do-chão) de segunda a sexta-feira, das 10:00 às 12:00 e das 13:00 às 17:00, encerrando aos domingos todo o dia e aos sábados apenas na parte da manhã.
(Município de Évora)
“Serena cumplicidade” de Maria da Glória em Monsaraz
“Serena cumplicidade” é o título da exposição que Maria da Glória vai apresentar entre os dias 16 de novembro e 12 de janeiro de 2014 na vila medieval de Monsaraz. Esta mostra vai integrar o ciclo de exposições Monsaraz Museu Aberto e poderá ser apreciada diariamente na Casa Monsaraz entre as 9h30 e as 13h e das 14h às 17h30.
Maria da Glória é uma artista plástica autodidata que se iniciou na pintura há mais de uma década como forma de exprimir sentimentos. O princípio da sua arte foi-se desenvolvendo pela pintura figurativa, evoluindo depois para a expressão surreal-abstrata.
A artista trabalha as suas telas a partir de um pensamento, de um poema, de uma frase de algum livro ou, simplesmente, do que sente ao observar o ser humano, o Homem na mágoa, no prazer, na crença. O conjunto da sua obra é intrigante, criativo e leve. É como se em cada nova tela quisesse provocar o olhar e o coração do espectador. Há sempre uma pergunta ou uma provocação no ar, acima de tudo, uma reflexão.
A artista plástica e crítica de arte brasileira Rose Marie Caetano considera que Maria da Glória “é uma artista intensa. Os seus trabalhos evidenciam uma busca constante. Apresenta sempre novas formas, novas pinceladas que transmitem, dos abstratos ao figurativo, uma força única. Nas suas telas as cores são significativas e puras. Nem as sombras ferem a pureza da cor, lembrando a técnica de El Greco no que se refere à integridade no uso de cores puras. Glória consegue obter luz e sombra empregando com maior ou menor intensidade os brancos. Isto ao observador deixa uma sensação de pureza e simplicidade”.
Durante a sua carreira artística, Maria da Glória expôs as suas obras em mais de uma centena de mostras individuais e coletivas em Portugal, Itália, Espanha, Brasil, Colômbia, Estados Unidos e França. A artista recebeu várias menções honrosas em exposições em Espanha, no Brasil, na Colômbia e em Portugal. Os seus trabalhos fazem parte de várias instituições e coleções particulares nacionais e estrangeiras, destacando-se a aquisição de uma obra pelo Núncio Apostólico do Vaticano.
Maria da Glória é uma artista plástica autodidata que se iniciou na pintura há mais de uma década como forma de exprimir sentimentos. O princípio da sua arte foi-se desenvolvendo pela pintura figurativa, evoluindo depois para a expressão surreal-abstrata.
A artista trabalha as suas telas a partir de um pensamento, de um poema, de uma frase de algum livro ou, simplesmente, do que sente ao observar o ser humano, o Homem na mágoa, no prazer, na crença. O conjunto da sua obra é intrigante, criativo e leve. É como se em cada nova tela quisesse provocar o olhar e o coração do espectador. Há sempre uma pergunta ou uma provocação no ar, acima de tudo, uma reflexão.
A artista plástica e crítica de arte brasileira Rose Marie Caetano considera que Maria da Glória “é uma artista intensa. Os seus trabalhos evidenciam uma busca constante. Apresenta sempre novas formas, novas pinceladas que transmitem, dos abstratos ao figurativo, uma força única. Nas suas telas as cores são significativas e puras. Nem as sombras ferem a pureza da cor, lembrando a técnica de El Greco no que se refere à integridade no uso de cores puras. Glória consegue obter luz e sombra empregando com maior ou menor intensidade os brancos. Isto ao observador deixa uma sensação de pureza e simplicidade”.
Durante a sua carreira artística, Maria da Glória expôs as suas obras em mais de uma centena de mostras individuais e coletivas em Portugal, Itália, Espanha, Brasil, Colômbia, Estados Unidos e França. A artista recebeu várias menções honrosas em exposições em Espanha, no Brasil, na Colômbia e em Portugal. Os seus trabalhos fazem parte de várias instituições e coleções particulares nacionais e estrangeiras, destacando-se a aquisição de uma obra pelo Núncio Apostólico do Vaticano.
(Município de Reguengos de Monsaraz)
Acerca dos cogumelos alentejanos...
Na sequência da Estratégia que temos vindo a desenvolver para o Desenvolvimento e Promoção da Fileira dos Recursos Micológicos no Baixo Alentejo, a ADPM irá promover durante este mês a visita de 27 apanhadores de cogumelos do concelho de Mértola ao Festival do Cogumelo em Alcaide, participando em passeios micológicos, palestras e workshops.
Uma oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o fascinante mundo dos cogumelos.
Uma oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o fascinante mundo dos cogumelos.
12 de novembro de 2013
11 de novembro de 2013
Bonecos do Mundo em Estremoz
Irá realizar-se no próximo dia 13 de novembro, na Biblioteca Municipal de Estremoz, com sessão dupla às 10h30 e às 14h30 horas, uma mostra de Marionetas intitulada “Bonecos do Mundo” do TRULÉ.
O espetáculo “Bonecos do Mundo” resulta do encontro de marionetas tradicionais de várias partes do Mundo com marionetas do TRULÉ, também elas viajadas pelo Mundo e, por isso, do Mundo.
“Bonecos do Mundo” é um espetáculo formativo e de informação do teatro de marionetas, que concilia a representação das várias técnicas de manipulação de marionetas com o percurso histórico desta forma teatral. Através do relato de pequenas histórias e de factos, dá-se informação da transformação e desenvolvimento das marionetas através dos tempos. Nele são manipuladas marionetas tradicionais do continente asiático, berço desta forma teatral.
Esta iniciativa, com entrada livre, pertence ao TEIAS – REDE CULTURAL DO ALENTEJO, com organização do Município de Estremoz e cofinanciado pelo INALENTEJO/QREN/EU.
O espetáculo “Bonecos do Mundo” resulta do encontro de marionetas tradicionais de várias partes do Mundo com marionetas do TRULÉ, também elas viajadas pelo Mundo e, por isso, do Mundo.
“Bonecos do Mundo” é um espetáculo formativo e de informação do teatro de marionetas, que concilia a representação das várias técnicas de manipulação de marionetas com o percurso histórico desta forma teatral. Através do relato de pequenas histórias e de factos, dá-se informação da transformação e desenvolvimento das marionetas através dos tempos. Nele são manipuladas marionetas tradicionais do continente asiático, berço desta forma teatral.
Esta iniciativa, com entrada livre, pertence ao TEIAS – REDE CULTURAL DO ALENTEJO, com organização do Município de Estremoz e cofinanciado pelo INALENTEJO/QREN/EU.
10 de novembro de 2013
Loquitur Latine até fim de Novembro em Évora
A Câmara Municipal de Évora inaugura no próximo dia 9 de novembro, sábado, pelas 16 horas, no Palácio de D. Manuel (1º andar), uma exposição de pintura intitulada “Loquitur Latine”, composta por trabalhos realizados pelo artista plástico Pedro Calhau.
A exposição assenta num corpo de trabalho realizado pelo artista ao longo de cinco anos, reunido pela primeira vez nesta ocasião. “Loquitur Latine?” (Fala latim), título da exposição, foi uma forma encontrada de questionar qual é o valor e o fundamento da pintura no tempo em que vivemos: -De que trata, afinal?; -Teremos de ter um conhecimento apurado para a podermos ter na nossa vida?
Pedro Calhau nasceu em Évora em 1983, mas atualmente vive e trabalha em Lisboa. Em 2006 formou-se no curso de Artes Visuais da Universidade de Évora e no mesmo ano ingressou na Ar.Co-Centro de Arte e Comunicação para complementar os seus estudo na área das artes. As suas obras já integraram exposições realizadas um pouco por todo o país e especialmente em Évora, a sua terra natal.
Esta mostra estará patente até dia 30 de novembro, podendo ser visitada gratuitamente de segunda a sexta-feira, das 10:00 às 12:00 e das 13:00 às 18:00, encerrando aos domingos todo o dia e aos sábados apenas na parte da manhã.
A exposição assenta num corpo de trabalho realizado pelo artista ao longo de cinco anos, reunido pela primeira vez nesta ocasião. “Loquitur Latine?” (Fala latim), título da exposição, foi uma forma encontrada de questionar qual é o valor e o fundamento da pintura no tempo em que vivemos: -De que trata, afinal?; -Teremos de ter um conhecimento apurado para a podermos ter na nossa vida?
Pedro Calhau nasceu em Évora em 1983, mas atualmente vive e trabalha em Lisboa. Em 2006 formou-se no curso de Artes Visuais da Universidade de Évora e no mesmo ano ingressou na Ar.Co-Centro de Arte e Comunicação para complementar os seus estudo na área das artes. As suas obras já integraram exposições realizadas um pouco por todo o país e especialmente em Évora, a sua terra natal.
Esta mostra estará patente até dia 30 de novembro, podendo ser visitada gratuitamente de segunda a sexta-feira, das 10:00 às 12:00 e das 13:00 às 18:00, encerrando aos domingos todo o dia e aos sábados apenas na parte da manhã.
9 de novembro de 2013
Espaço Celeiros: mais atividades regulares
Além dos encontros de Cante Alentejano, das aulas de Flamenco, Sevilhanas e Danças do Mundo para Seniores, Crianças e Adultos, em Novembro iniciam mais aulas de dança no Espaço Celeiros:
Sessões de Dança Contemporânea
segundas-feiras, 19h30; quartas-feiras,19h00
Espaço Celeiros, Évora
Estas sessões, orientadas por Márcio Pereira, são indicadas a todos os que desejam estabelecer contacto com a dança contemporânea, teatro e performance, através da abordagem de técnicas como contacto-improvisação, improvisação, criação em tempo real, pilates, barra de chão, entre outras.
Sessões de Dança Contemporânea
segundas-feiras, 19h30; quartas-feiras,19h00
Espaço Celeiros, Évora
Estas sessões, orientadas por Márcio Pereira, são indicadas a todos os que desejam estabelecer contacto com a dança contemporânea, teatro e performance, através da abordagem de técnicas como contacto-improvisação, improvisação, criação em tempo real, pilates, barra de chão, entre outras.
Além de se explorarem técnicas de movimento contemporâneo enquanto ferramentas de trabalho, proporcionam-se momentos de partilha, entre o saber e o estar, numa iniciação ao universo da Dança Contemporânea.
Saiba mais AQUI.
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Visite Reguengos e traga uma garrafa...
O Município de Reguengos de Monsaraz vai comemorar o Dia Europeu do Enoturismo, no domingo, 10 de novembro, com a oferta de brindes nos postos de turismo do concelho. Desta forma pretende-se promover e divulgar a oferta vinícola e gastronómica, mas também as seis unidades de enoturismo do concelho.
Reguengos de Monsaraz junta-se a outras cidades portuguesas e rotas de vinhos que comemoram a quinta edição do Dia Europeu do Enoturismo. Um concelho que possui vinhos de elevada qualidade apreciados em todo o mundo.
A cultura da vinha é milenar em Reguengos de Monsaraz, embora a atividade vinícola não fosse fundamental para a economia da região até finais do século XIX. O que hoje é uma região vitivinícola consolidada teve origem numa intervenção planeada e efetuada por Manuel Papança (Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz entre 1851 e 1871), que deu origem ao plantio de cerca de um milhão de cepas e desenvolveu significativamente a produção vinícola em apenas cinco anos.
Reguengos de Monsaraz junta-se a outras cidades portuguesas e rotas de vinhos que comemoram a quinta edição do Dia Europeu do Enoturismo. Um concelho que possui vinhos de elevada qualidade apreciados em todo o mundo.
A cultura da vinha é milenar em Reguengos de Monsaraz, embora a atividade vinícola não fosse fundamental para a economia da região até finais do século XIX. O que hoje é uma região vitivinícola consolidada teve origem numa intervenção planeada e efetuada por Manuel Papança (Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz entre 1851 e 1871), que deu origem ao plantio de cerca de um milhão de cepas e desenvolveu significativamente a produção vinícola em apenas cinco anos.
8 de novembro de 2013
Todo o vinho já bebido...
Naquele tempo, nenhuma daquelas pessoas levantava o cálice de vinho de encontro à luz para lhe apreciar a cor. Não se conhecia sequer quem o fizesse, desconhecia-se por completo essa possibilidade.
Na verdade, nenhuma daquelas pessoas bebia vinho em cálices, mas sim em copos de vidro grosso que eram batidos no balcão de mármore ou na mesa de madeira assim que ficavam vazios. E ficavam vazios muitas vezes.
Naquele tempo, aquelas pessoas não bebericavam com a ponta dos lábios, enchiam a boca de vinho. Fresco, maduro, tinto, era bebido com uma sede própria, incomparável com a sede de água ou de qualquer outro líquido. Era uma sede como um incêndio, precisava de ser extinta. Se houvesse pouco tempo, um pequeno lanche, um encontro de amigos, uma tira de toucinho frito para dividir a meio da manhã, bebia-se uma garrafa de litro.
Naquele tempo, aquelas pessoas não bebericavam com a ponta dos lábios, enchiam a boca de vinho. Fresco, maduro, tinto, era bebido com uma sede própria, incomparável com a sede de água ou de qualquer outro líquido. Era uma sede como um incêndio, precisava de ser extinta. Se houvesse pouco tempo, um pequeno lanche, um encontro de amigos, uma tira de toucinho frito para dividir a meio da manhã, bebia-se uma garrafa de litro.
De vidro verde, com duas estrelinhas moldadas ao fundo do gargalo, tinha um depósito de dez escudos. Essa era a mesma garrafa que se beberia com facilidade, a escorregar ligeira, num almoço solitário à sombra, com marmita trazida de casa. Se houvesse mais companheiros nessa hora de almoço, gente a descansar as mãos e o corpo, trabalhadores de várias artes do campo, ou pedreiros e serventes, ou mecânicos e aprendizes, então seria necessário um garrafão.
Cinco litros bem medidos diretamente da pipa. O garrafão era revestido por um entrançado de vime, como se estivesse vestido por uma cesta. Tinha uma pega redonda a unir o gargalo e o corpo, que ajudava quem quisesse levantá-lo e beber logo do garrafão. E havia muita gente a aproveitar essa liberdade. Além disso, naquele tempo, nem sempre havia copos à mão.
Os garrafões viajavam bem. Nos alforges dos burros ou das motorizadas, seguiam sempre equilibrados, dois garrafões cheios na ida ou, no regresso, dois garrafões vazios. Naquele tempo, eram muitas as pessoas que não imaginavam uma viagem sem garrafão entre os bens mais necessários. Nas excursões de autocarro ou nas paragens em todas as estações e apeadeiros dos comboios inter-regionais, quando chegava a hora, havia sempre um guardanapo de pano que se desembrulhava, uma navalha que se abria e um garrafão. Naquele tempo, não havia copos de plástico. Havia copos de vidro que eram cheios até ficarem rasos, a uma gota de transbordar.
As paredes das tabernas cheiravam a vinho. Era como se aquele cheiro se tivesse entranhado na pedra. O taberneiro enchia o copo com uma precisão afinada pela repetição. O vinho formava uma superfície de brilho que se erguia ligeiramente acima do rebordo do copo. Muito sério, o freguês fixava esse trabalho e exigia que o copo ficasse bem cheio, até ao máximo. Era exatamente isso que acontecia. O taberneiro nunca entornava ao encher e o freguês nunca entornava ao levar o copo à boca, de mindinho espetado, de olhar pousado no equilíbrio.
Naquele tempo, o vinho era sinónimo de muitas coisas, nem todas certas. Durante o futuro inteiro, seremos sempre alguém que esteve naquele passado. Não podemos fingir que não vivemos. Ainda assim, por tudo aquilo que não era certo, que era tão triste, ainda bem que aquele tempo já passou.
José Luís Peixoto
Cinco litros bem medidos diretamente da pipa. O garrafão era revestido por um entrançado de vime, como se estivesse vestido por uma cesta. Tinha uma pega redonda a unir o gargalo e o corpo, que ajudava quem quisesse levantá-lo e beber logo do garrafão. E havia muita gente a aproveitar essa liberdade. Além disso, naquele tempo, nem sempre havia copos à mão.
Os garrafões viajavam bem. Nos alforges dos burros ou das motorizadas, seguiam sempre equilibrados, dois garrafões cheios na ida ou, no regresso, dois garrafões vazios. Naquele tempo, eram muitas as pessoas que não imaginavam uma viagem sem garrafão entre os bens mais necessários. Nas excursões de autocarro ou nas paragens em todas as estações e apeadeiros dos comboios inter-regionais, quando chegava a hora, havia sempre um guardanapo de pano que se desembrulhava, uma navalha que se abria e um garrafão. Naquele tempo, não havia copos de plástico. Havia copos de vidro que eram cheios até ficarem rasos, a uma gota de transbordar.
As paredes das tabernas cheiravam a vinho. Era como se aquele cheiro se tivesse entranhado na pedra. O taberneiro enchia o copo com uma precisão afinada pela repetição. O vinho formava uma superfície de brilho que se erguia ligeiramente acima do rebordo do copo. Muito sério, o freguês fixava esse trabalho e exigia que o copo ficasse bem cheio, até ao máximo. Era exatamente isso que acontecia. O taberneiro nunca entornava ao encher e o freguês nunca entornava ao levar o copo à boca, de mindinho espetado, de olhar pousado no equilíbrio.
Naquele tempo, o vinho era sinónimo de muitas coisas, nem todas certas. Durante o futuro inteiro, seremos sempre alguém que esteve naquele passado. Não podemos fingir que não vivemos. Ainda assim, por tudo aquilo que não era certo, que era tão triste, ainda bem que aquele tempo já passou.
José Luís Peixoto
7 de novembro de 2013
Venha provar as Sopas Km Zero
A "Sopa km0" é uma sopa produzida com alimentos locais, que não necessitam de ser transportados a longas distâncias, contribuindo para a economia local, para a preservação do ambiente e para uma alimentação mais saudável.
Venha conhecer a "Sopa Km0" - uma das novidades no Festival das Sopas de Montemor-o-Novo (8 a 10 de Novembro de 2013).
Como surge a "Sopa km 0"?
A "Sopa Km 0" é uma primeira abordagem local ao conceito "Km0". Este desafio foi laçando pelo Cidadão Rogério Godinho, da Rede de Cidadania de Montemor-o-Novo, com o objetivo de ajudar a divulgar e promover o consumo de alimentos produzidos localmente (Vetor II da Agenda 21 Local).
Rogério Godinho apresenta-nos este conceito:
"O conceito da denominação Km 0 ganhou força e notoriedade por meio do movimento Slow Food, que é considerado um movimento social, muito além do gastronómico. "Slow Food significa dar a justa importância ao prazer ligado ao alimento, aprendendo a desfrutar da diversidade das receitas e dos sabores, a reconhecer a variedade de locais de produção e dos seus artesões, a respeitar o ritmo das estações e do convívio." Foi através dele que regiões agrícolas italianas - e hoje de outras tantas nacionalidades- resgataram a dignidade do pequeno agricultor e valorizaram as práticas mais tradicionais passadas de geração a geração.
A expressão Km 0 foi emprestada do protocolo de Kyoto e procura mudar estilos de vida, privilegiando o Local ao Global, alertando, por exemplo, que numa refeição tão comum e portuguesa como o bitoque - em que a carne é importada da América do Sul, as batatas de França, a salada de Israel, o vinho da Austrália, a fruta de Espanha e o trigo para o pão da Rússia - em termos energéticos, há maior gasto de energia nos processos de transporte, armazenagem e embalagem do que o ganho energético dessa refeição.
Para além do consumo de petróleo envolvido, a pegada ecológica resultante das emissões de dióxido de carbono e ligada às produções em regime intensivo é brutal.
Encurtar a distância da produção ao consumo, diminui o consumo energético, ajuda o meio ambiente e promove as regiões agrícolas locais, salvaguardando as variedades e espécies típicas de cada região. É um mito que a pequena produção local tenha de ser obrigatoriamente mais cara. O preço final ao consumidor é, essencialmente, resultante dos interesses financeiros e dos desinteresses políticos e sociais. Nos mercados agrícolas locais, onde o produto típico é vendido sem intermediários, sem embalagens e sem custos de armazenagem existem todas as condições para os produtos agrícolas serem mais baratos e mais saudáveis."
A Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, de modo a estimular o consumo da SOPA e divulgar o nosso Património Gastronómico, unindo a tradição aos benefícios deste prato tão saudável, coloca pela 10.ª vez a SOPA no centro das atenções.
O X edição do Festival de Sopas realiza-se nos dias 8, 9 e 10 de Novembro, no Pavilhão de Exposições de Montemor-o-Novo. A entrada é livre e não faltará muita animação e claro boa gastronomia. Do Alimado de cação à Sopa de peixe, da Canja de galinha do campo ao Caldo Verde, da Sopa de feijão com couve à Sopa de Tomate, são inúmeras as sopas a apreciar, sendo a seleção a principal dificuldade.
Uma nota também para a realização da sessão “Dieta Mediterânica”, a cargo das nutricionistas Cecília Soares e Carla Godinho, que tem lugar no sábado, pelas 12h00.
No Festival das Sopas 2013, participam 10 restaurantes, mas também estarão presentes o Atlético Clube de Montemor, a Herdade da Amendoeira (Queijos de ovelha, licores, compotas, enchidos e mel), a Associação de Artesãos “A Ciranda” (artesanato), a Casa João Cidade (Produtos hortícolas, plantas aromáticas, frutos da época) e a Associação Patolas e Patinhas.
Fique a saber os restaurantes presentes e as sopas que irão apresentar:
Restaurante A Bancada
- Alimado de cação
- Feijão com abóbora
- Caldo Verde
Restaurante Quinta da Nora
- Sopa de peixe
- Bacalhau Alimado
- Mogango com feijão
- Canja de galinha do campo
Restaurante PIC-NIC
- Caldo Verde
- Sopa de Cação
- Sopa do Pastor
Snack-bar O Telheiro
- Canja de Pombo
- Sopa de peixe (Achigã)
- Sopa de feijão com couve
Regalenga Bar
- Sopa de Tomate
- Sopa de mogango com feijão
- Canja
Restaurante “A Pintada”
- Sopa de cação
- Sopa da pedra
- Caldo verde
Taskina – Tapas e Petiscos
- Creme de vegetais (sem batata)
- Creme de peixe
- Feijão de molhinho com ovos
Taskinha Low Cost
- Pézinhos de coentrada
- Sopa de mogango com feijão
-Tomatada com ovo
Café Restaurante A Ferrenha
- Tomatada em pingo de toucinho
- Sargalheta de batata com bacalhau
- Feijão frade de molhinho
Restaurante Manuel Azinheirinha
- Sopa de Cação
- Canjinha de Aves
- Sopa de feijão com espinafre
(Município de Montemor)
Venha conhecer a "Sopa Km0" - uma das novidades no Festival das Sopas de Montemor-o-Novo (8 a 10 de Novembro de 2013).
Como surge a "Sopa km 0"?
A "Sopa Km 0" é uma primeira abordagem local ao conceito "Km0". Este desafio foi laçando pelo Cidadão Rogério Godinho, da Rede de Cidadania de Montemor-o-Novo, com o objetivo de ajudar a divulgar e promover o consumo de alimentos produzidos localmente (Vetor II da Agenda 21 Local).
Rogério Godinho apresenta-nos este conceito:
"O conceito da denominação Km 0 ganhou força e notoriedade por meio do movimento Slow Food, que é considerado um movimento social, muito além do gastronómico. "Slow Food significa dar a justa importância ao prazer ligado ao alimento, aprendendo a desfrutar da diversidade das receitas e dos sabores, a reconhecer a variedade de locais de produção e dos seus artesões, a respeitar o ritmo das estações e do convívio." Foi através dele que regiões agrícolas italianas - e hoje de outras tantas nacionalidades- resgataram a dignidade do pequeno agricultor e valorizaram as práticas mais tradicionais passadas de geração a geração.
A expressão Km 0 foi emprestada do protocolo de Kyoto e procura mudar estilos de vida, privilegiando o Local ao Global, alertando, por exemplo, que numa refeição tão comum e portuguesa como o bitoque - em que a carne é importada da América do Sul, as batatas de França, a salada de Israel, o vinho da Austrália, a fruta de Espanha e o trigo para o pão da Rússia - em termos energéticos, há maior gasto de energia nos processos de transporte, armazenagem e embalagem do que o ganho energético dessa refeição.
Para além do consumo de petróleo envolvido, a pegada ecológica resultante das emissões de dióxido de carbono e ligada às produções em regime intensivo é brutal.
Encurtar a distância da produção ao consumo, diminui o consumo energético, ajuda o meio ambiente e promove as regiões agrícolas locais, salvaguardando as variedades e espécies típicas de cada região. É um mito que a pequena produção local tenha de ser obrigatoriamente mais cara. O preço final ao consumidor é, essencialmente, resultante dos interesses financeiros e dos desinteresses políticos e sociais. Nos mercados agrícolas locais, onde o produto típico é vendido sem intermediários, sem embalagens e sem custos de armazenagem existem todas as condições para os produtos agrícolas serem mais baratos e mais saudáveis."
A Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, de modo a estimular o consumo da SOPA e divulgar o nosso Património Gastronómico, unindo a tradição aos benefícios deste prato tão saudável, coloca pela 10.ª vez a SOPA no centro das atenções.
O X edição do Festival de Sopas realiza-se nos dias 8, 9 e 10 de Novembro, no Pavilhão de Exposições de Montemor-o-Novo. A entrada é livre e não faltará muita animação e claro boa gastronomia. Do Alimado de cação à Sopa de peixe, da Canja de galinha do campo ao Caldo Verde, da Sopa de feijão com couve à Sopa de Tomate, são inúmeras as sopas a apreciar, sendo a seleção a principal dificuldade.
Uma nota também para a realização da sessão “Dieta Mediterânica”, a cargo das nutricionistas Cecília Soares e Carla Godinho, que tem lugar no sábado, pelas 12h00.
No Festival das Sopas 2013, participam 10 restaurantes, mas também estarão presentes o Atlético Clube de Montemor, a Herdade da Amendoeira (Queijos de ovelha, licores, compotas, enchidos e mel), a Associação de Artesãos “A Ciranda” (artesanato), a Casa João Cidade (Produtos hortícolas, plantas aromáticas, frutos da época) e a Associação Patolas e Patinhas.
Fique a saber os restaurantes presentes e as sopas que irão apresentar:
Restaurante A Bancada
- Alimado de cação
- Feijão com abóbora
- Caldo Verde
Restaurante Quinta da Nora
- Sopa de peixe
- Bacalhau Alimado
- Mogango com feijão
- Canja de galinha do campo
Restaurante PIC-NIC
- Caldo Verde
- Sopa de Cação
- Sopa do Pastor
Snack-bar O Telheiro
- Canja de Pombo
- Sopa de peixe (Achigã)
- Sopa de feijão com couve
Regalenga Bar
- Sopa de Tomate
- Sopa de mogango com feijão
- Canja
Restaurante “A Pintada”
- Sopa de cação
- Sopa da pedra
- Caldo verde
Taskina – Tapas e Petiscos
- Creme de vegetais (sem batata)
- Creme de peixe
- Feijão de molhinho com ovos
Taskinha Low Cost
- Pézinhos de coentrada
- Sopa de mogango com feijão
-Tomatada com ovo
Café Restaurante A Ferrenha
- Tomatada em pingo de toucinho
- Sargalheta de batata com bacalhau
- Feijão frade de molhinho
Restaurante Manuel Azinheirinha
- Sopa de Cação
- Canjinha de Aves
- Sopa de feijão com espinafre
(Município de Montemor)
6 de novembro de 2013
Albert Camus em Évora
Albert Camus não é um estrangeiro na Fonte de Letras!
Dia 8 de Novembro, às 18h30, O Estrangeiro, de Luchino Visconti, com Marcello Mastroiani, Anna Karina e Bernard Blier, 1967.
Para marcar o centenário do seu nascimento e em paralelo com a Universidade de Évora que promove o Congresso Internacional: Centenaire Albert Camus - Lectures Interdisciplinaires (7 e 8 de Novembro), a Livraria Fonte de Letras apresenta o filme O Estrangeiro, de Luchino Visconti, com uma breve introdução por Joëlle Ghazarian, oradora no Congresso e co-organizadora deste evento.
Em homenagem a Camus será servida uma limonada.
Dia 8 de Novembro, às 18h30, O Estrangeiro, de Luchino Visconti, com Marcello Mastroiani, Anna Karina e Bernard Blier, 1967.
Para marcar o centenário do seu nascimento e em paralelo com a Universidade de Évora que promove o Congresso Internacional: Centenaire Albert Camus - Lectures Interdisciplinaires (7 e 8 de Novembro), a Livraria Fonte de Letras apresenta o filme O Estrangeiro, de Luchino Visconti, com uma breve introdução por Joëlle Ghazarian, oradora no Congresso e co-organizadora deste evento.
Em homenagem a Camus será servida uma limonada.
5 de novembro de 2013
S. Martinho no Fluviário de Mora: entrada gratuita
O Fluviário de Mora alia-se à celebração do S. Martinho com ofertas para o fim-de-semana que o antecede - 9 e 10 de Novembro – e para o dia de S. Martinho com a actividade Bolota, A Castanha do Alentejo.
Durante os dias 9 e 10 de Novembro, o Fluviário de Mora oferece entradas grátis a todas as crianças dos 3 aos 12 anos de idade. Uma oportunidade para dar a conhecer uma das maiores riquezas do país e que urge preservar – o montado de sobro e de azinho, e as tradições a ele associadas.
E por tradição, participe no S. Martinho de Pavia - concelho de Mora – durante o fim-de-semana e prepare-se para as famosas quadras escritas nas paredes da vila, sem falar das castanhas e água-pé. E pela manhã, visite os monumentos megalíticos de Pavia e a Casa Museu Manuel Ribeiro de Pavia.
Durante os dias 9 e 10 de Novembro, o Fluviário de Mora oferece entradas grátis a todas as crianças dos 3 aos 12 anos de idade. Uma oportunidade para dar a conhecer uma das maiores riquezas do país e que urge preservar – o montado de sobro e de azinho, e as tradições a ele associadas.
E por tradição, participe no S. Martinho de Pavia - concelho de Mora – durante o fim-de-semana e prepare-se para as famosas quadras escritas nas paredes da vila, sem falar das castanhas e água-pé. E pela manhã, visite os monumentos megalíticos de Pavia e a Casa Museu Manuel Ribeiro de Pavia.
(Porto dos Museus)
4 de novembro de 2013
Tratado de Alcáçovas
Em consequência das lutas peninsulares motivadas pela ocupação do trono de Castela, em 1479 verifica-se a realização, na localidade portuguesa de Alcáçovas, de um trato que estabeleceria a paz entre os dois reinos e as áreas de influência de cada um deles.
Desde cedo, a coroa portuguesa teve o cuidado de acautelar as pretensões sobre os seus territórios conquistados e a conquistar, tanto internamente, como externamente ao procurar junto da Santa Sé o monopólio internacional das navegações e comércio ao longo da costa ocidental africana.
Desde cedo, a coroa portuguesa teve o cuidado de acautelar as pretensões sobre os seus territórios conquistados e a conquistar, tanto internamente, como externamente ao procurar junto da Santa Sé o monopólio internacional das navegações e comércio ao longo da costa ocidental africana.
Como resultado desta política, a coroa portuguesa obtém do Vaticano uma série de bulas que lhe dão o exclusivo da navegação e comércio nas terras descobertas e a descobrir. Define-se assim, o mare clausurum que Castela dificilmente poderia aceitar, por também ela querer lançar-se na aventura marítima.
Ao mesmo tempo que inicia os seus descobrimentos a coroa castelhana tenta junto do papado limitar os privilégios conseguidos pelos monarcas portugueses. O período mais agudo destas rivalidades ocorre no reinado de D. Afonso V, quando D. Henrique tenta por todos os meios assenhorar-se de alguma das ilhas do arquipélago das Canárias, e D. Afonso V tenta ocupar o trono de Castela, entretanto deixado vago por D. Henrique V.
A guerra da sucessão estende-se à terra e ao mar, inclusivamente através de incursões castelhanas às áreas de domínio português. Se em terra a facção castelhana leva a melhor o mesmo não acontece em mar, facilmente a supremacia dos nautas portugueses se faz sentir, saindo vitoriosa.
Em 1474, D. Afonso V havia entregue a seu filho, D. João, os negócios relativos à expansão ultramarina e neste sentido, o príncipe vai ter uma importante acção nos acordos de paz.
Em 1479, em Alcáçovas, encontram-se os procuradores de ambos os monarcas e aí são estabelecidos dois tratados. O primeiro irá respeitar à sucessão dinástica, que não nos importa aqui referir, e que ficou conhecido como Tratado das Terçarias da Moura. O segundo, designado por Tratado de Alcáçovas, vai tratar da paz perpétua entre os dois reinos. É celebrado em Setembro de 1479, sendo ratificado pelos Reis Católicos em Março de 1480, na localidade de Toledo.
Deste tratado, salientam-se os aspectos que directamente dizem respeito às navegações: definição das fronteiras da expansão e a respectiva jurisdição. Os monarcas castelhanos reconhecem a Portugal a posse da Madeira e dos Açores, reconhecem que a Guiné, ilhas descobertas ou descobrir para além das Canárias são pertença portuguesa, para além de aceitar ao monarca português o direito de conquista no reino de Fez. Como contrapartida D. Afonso V e D. João renunciam a pretensão sobre as Canárias.
Este Tratado impõe-se em relação a todos os outros tratados por ser o primeiro na História em que se tentou dividir o mundo entre duas potências. Mas não podemos afirmar que com ele se estava já a antever o futuro Tratado de Tordesilhas, este ainda estava muito longe e longe estavam as políticas que deram asso à sua realização.
(in Wikipédia)
A guerra da sucessão estende-se à terra e ao mar, inclusivamente através de incursões castelhanas às áreas de domínio português. Se em terra a facção castelhana leva a melhor o mesmo não acontece em mar, facilmente a supremacia dos nautas portugueses se faz sentir, saindo vitoriosa.
Em 1474, D. Afonso V havia entregue a seu filho, D. João, os negócios relativos à expansão ultramarina e neste sentido, o príncipe vai ter uma importante acção nos acordos de paz.
Em 1479, em Alcáçovas, encontram-se os procuradores de ambos os monarcas e aí são estabelecidos dois tratados. O primeiro irá respeitar à sucessão dinástica, que não nos importa aqui referir, e que ficou conhecido como Tratado das Terçarias da Moura. O segundo, designado por Tratado de Alcáçovas, vai tratar da paz perpétua entre os dois reinos. É celebrado em Setembro de 1479, sendo ratificado pelos Reis Católicos em Março de 1480, na localidade de Toledo.
Deste tratado, salientam-se os aspectos que directamente dizem respeito às navegações: definição das fronteiras da expansão e a respectiva jurisdição. Os monarcas castelhanos reconhecem a Portugal a posse da Madeira e dos Açores, reconhecem que a Guiné, ilhas descobertas ou descobrir para além das Canárias são pertença portuguesa, para além de aceitar ao monarca português o direito de conquista no reino de Fez. Como contrapartida D. Afonso V e D. João renunciam a pretensão sobre as Canárias.
Este Tratado impõe-se em relação a todos os outros tratados por ser o primeiro na História em que se tentou dividir o mundo entre duas potências. Mas não podemos afirmar que com ele se estava já a antever o futuro Tratado de Tordesilhas, este ainda estava muito longe e longe estavam as políticas que deram asso à sua realização.
(in Wikipédia)
3 de novembro de 2013
2 de novembro de 2013
1 de novembro de 2013
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