14 de dezembro de 2017

Templo Romano de Évora surge de “boa saúde” depois de quatro meses de obras

Foto Rui Cunha
O Templo Romano de Évora, datado do século I depois de Cristo (d.C.), vai voltar a estar como nos postais turísticos e "melhor de saúde", após quatro meses de obras de conservação e restauro.

Os andaimes e o estaleiro começam a ser desmontados na quarta-feira e o monumento fica sem sinais das obras na próxima semana, revelou hoje Rafael Alfenim, arqueólogo da Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen).

O responsável, que falava à margem de uma visita de jornalistas ao monumento, indicou que as obras permitiram "resolver as situações mais críticas", nomeadamente o risco de queda de fragmentos de alguns capitéis.
"Esta intervenção foi para melhorar o seu estado de conservação e prolongar-lhe a vida. Ficou de melhor saúde do que estava anteriormente", resumiu Maria Fernandes, da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

Segundo os dois técnicos, além da conservação e restauro, foi feito também um mapeamento em desenho e fotografia do monumento, que vai permitir que, no futuro, seja "mais fácil atuar" quando existir alguma anomalia.
"A estrutura não é tão problemática e tem mais resistência sísmica do que era de esperar, mas os materiais [pétreos] só agora é que foram avaliados mais sistematicamente", indicou o arqueólogo Rafael Alfenim.

O técnico da DRCAlen contou que, durante os trabalhos, foi possível recolocar duas peças nos capitéis que estavam na reserva do Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo e que não se sabia a qual era a sua origem.
"Nunca se pode dizer que um monumento destes está conservado para sempre", disse, admitindo que "haverá sempre necessidade de fazer acompanhamento e intervenções que se manifestem necessários".

Os elementos em mármore que estavam em risco nos capitéis, precisou Maria Fernandes, da DGPC, foram estabilizados com recurso a "uma argamassa estudada com base em cal e inertes muito finos de pó de pedra".
O diretor do Laboratório HERCULES da Universidade de Évora, António Candeias, assinalou que "foi uma oportunidade para recolher materiais que vão dar informação" sobre as técnicas e tipos de materiais utilizados na construção do monumento.

Por outro lado, revelou que o Laboratório HERCULES criou um modelo a três dimensões dos capitéis e que, num deles, testou "um novo biocida que é não tóxico" e que gerou "resultados muito promissores".
Construído há dois mil anos, com mármores de Estremoz e Vila Viçosa e granitos da zona de Évora, o Templo Romano, único no país e um dos mais notáveis da Península Ibérica, é monumento nacional e está abrangido pela classificação do centro histórico da cidade como Património Mundial, pela Organização das Nações Unidas, para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

(DN)

12 de dezembro de 2017

Universidade de Évora desenvolve ‘kit’ que deteta microrganismos no património

Investigadores da Universidade de Évora criaram uma ferramenta inovadora capaz de detetar, “de forma rápida, simples e económica”, os microrganismos existentes no património cultural, que deterioram superfícies edificadas e obras de arte, segundo a academia.

O ‘kit’ foi criado pelo Laboratório HERCULES, um dos centros de investigação da academia alentejana, no âmbito do projeto MICROTECH-ART, que visa o “desenvolvimento de uma ferramenta analítica rápida para deteção de microrganismos que proliferam no património cultural”.

Segundo a Universidade de Évora (UÉ), a ferramenta, considerada “inovadora”, está a ser desenvolvida por uma equipa de investigação liderada pela espanhola Marina González, investigadora de pós-doutoramento no HERCULES e bolseira da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

(Porto dos Museus / Diário de Notícias)

3 de dezembro de 2017

Presépio em Reguengos

Uma marca já indissociável do Natal alentejano é o Presépio de rua, em Monsaraz.

Com dezenas de figuras em tamanho real, a 18ª edição deste presépio estará patente até dia 6 de janeiro de 2018

Este ano estarão expostas 46 figuras em tamanho real e que surge pela mão da escultora Teresa Martins, e são feitas em ferro e rede recobertas por panos impermeabilizados de cor crua, pintadas em tons pastel, rosa velho e lilases; as caras e as mãos são feitas em cerâmica.
De noite ou de dia, as figuras estão iluminadas e garantem uma visita agradável, pois ao presépio juntam-se também uma mostra de artesanato e de produtos regionais nos feriados e fins-de-semana até 17 de dezembro.

No dia 23, pelas 17h, haverá lugar para o tradicional Cante ao Menino, na Igreja de Nossa Senhora da Lagoa e no qual participarão o Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz, Orquestra da Sociedade Musical Santa Cecília, Manuel Sérgio e José Farinha. O Cante de Reis, no dia 5 de janeiro, a partir das 19h, com o Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz, vai também voltar a realizar-se.

Também em S. Pedro do Corval, estará patente um presépio de rua e uma Exposição de Presépios na Casa do Barro.
Mais presépios de rua com as figuras da Sagrada Família estarão também expostos em S. Marcos do Campo, Campinho e Cumeada, de 8 de dezembro e 6 de janeiro.

(Tribuna do Alentejo)

10 de novembro de 2017

Prémio Mais Património para Miróbriga

A cidade Romana de Miróbriga, em Santiago do Cacém, foi distinguida na categoria Mais Património, no âmbito dos Prémios Mais Alentejo 2017, promovidos pela revista Mais Alentejo e eleitos pelo voto do público.

A XVI Gala dos Óscares do Alentejo teve lugar no Casino do Estoril, na noite de 3 de novembro, e o prémio foi recebido pela Direção Regional de Cultura do Alentejo, entidade responsável pelo sítio arqueológico.

Embora seja ocupada desde o século V antes de Cristo até ao século VI da nossa Era, são as estruturas da cidade romana que se destacam em Miróbriga e que a tornam um dos sítios mais emblemáticos do Alentejo. 

As suas ruas pavimentadas para as quais se abrem as lojas que circundam o centro da cidade, o fórum com o templo central e a grande praça pública, a ponte, os monumentais balneários públicos e o que resta do hipódromo, um dos poucos que se conhecem em Portugal.

(DRCA)