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1 de janeiro de 2021

Câmara de Alvito restaura azulejos do século XVII da igreja matriz da vila

 

A Câmara de Alvito está a realizar uma obra de conservação e restauro dos azulejos do século XVII da Igreja Matriz da vila, classificada como monumento nacional, num investimento superior a 163 mil euros.

A intervenção, que vai “permitir valorizar a igreja, enquanto monumento de prestígio e importância para a comunidade”, integra-se na estratégia da autarquia de “valorização do património como fator de desenvolvimento económico, de afirmação da identidade cultural e de promoção do turismo e dos valores” do concelho, salientou o presidente da autarquia.

A obra, que envolve o município e a Paróquia de Alvito e as direções-gerais do Tesouro e Finanças e do Património Cultural, deverá ficar concluída em meados de 2021.

Orçada em 163 mil e 628 euros, a obra vai ser financiada em 80% (130.903 euros) por fundos comunitários, sendo os 20% da comparticipação nacional (32.725 euros) assegurados, em partes iguais, pela Câmara de Alvito e pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças.

(Rádio Pax)

14 de dezembro de 2017

Templo Romano de Évora surge de “boa saúde” depois de quatro meses de obras

Foto Rui Cunha
O Templo Romano de Évora, datado do século I depois de Cristo (d.C.), vai voltar a estar como nos postais turísticos e "melhor de saúde", após quatro meses de obras de conservação e restauro.

Os andaimes e o estaleiro começam a ser desmontados na quarta-feira e o monumento fica sem sinais das obras na próxima semana, revelou hoje Rafael Alfenim, arqueólogo da Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen).

O responsável, que falava à margem de uma visita de jornalistas ao monumento, indicou que as obras permitiram "resolver as situações mais críticas", nomeadamente o risco de queda de fragmentos de alguns capitéis.
"Esta intervenção foi para melhorar o seu estado de conservação e prolongar-lhe a vida. Ficou de melhor saúde do que estava anteriormente", resumiu Maria Fernandes, da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

Segundo os dois técnicos, além da conservação e restauro, foi feito também um mapeamento em desenho e fotografia do monumento, que vai permitir que, no futuro, seja "mais fácil atuar" quando existir alguma anomalia.
"A estrutura não é tão problemática e tem mais resistência sísmica do que era de esperar, mas os materiais [pétreos] só agora é que foram avaliados mais sistematicamente", indicou o arqueólogo Rafael Alfenim.

O técnico da DRCAlen contou que, durante os trabalhos, foi possível recolocar duas peças nos capitéis que estavam na reserva do Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo e que não se sabia a qual era a sua origem.
"Nunca se pode dizer que um monumento destes está conservado para sempre", disse, admitindo que "haverá sempre necessidade de fazer acompanhamento e intervenções que se manifestem necessários".

Os elementos em mármore que estavam em risco nos capitéis, precisou Maria Fernandes, da DGPC, foram estabilizados com recurso a "uma argamassa estudada com base em cal e inertes muito finos de pó de pedra".
O diretor do Laboratório HERCULES da Universidade de Évora, António Candeias, assinalou que "foi uma oportunidade para recolher materiais que vão dar informação" sobre as técnicas e tipos de materiais utilizados na construção do monumento.

Por outro lado, revelou que o Laboratório HERCULES criou um modelo a três dimensões dos capitéis e que, num deles, testou "um novo biocida que é não tóxico" e que gerou "resultados muito promissores".
Construído há dois mil anos, com mármores de Estremoz e Vila Viçosa e granitos da zona de Évora, o Templo Romano, único no país e um dos mais notáveis da Península Ibérica, é monumento nacional e está abrangido pela classificação do centro histórico da cidade como Património Mundial, pela Organização das Nações Unidas, para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

(DN)

1 de março de 2014

Igreja de Évora reparada após danos provocados por construção de hotel

A centenária e classificada Igreja das Mercês, situada em pleno centro histórico de Évora, vai entrar em obras de reparação, após ter sofrido danos na sua estrutura durante a construção de um novo hotel.

António Carlos Silva, da Direcção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen), adianta à Agência Lusa que a empresa proprietária do hotel e o empreiteiro decidiram avançar com a reparação da igreja e que “o projecto já está adjudicado a uma empresa especializada”.
O director de serviços de bens culturais da DRCAlentejano realçou que “o espólio do Museu de Évora que estava guardado na igreja já foi distribuído por outros espaços” e que, por sugestão da protecção civil municipal, foi criado um perímetro de segurança.

“Não há perigo de derrocada iminente. Longe disso, mas, por uma questão de precaução, foram feitos alguns trabalhos e foi criado um perímetro de segurança”, refere.
Durante a construção do hotel B&B Évora, entretanto já inaugurado, foram detectados danos, como “o surgimento de fissuras”, na Igreja das Mercês, construída em 1670 e classificada como Imóvel de Interesse Público.
Correio do Alentejo / Porto dos Museus