Maria da Glória é uma artista plástica autodidata que se iniciou na pintura há mais de uma década como forma de exprimir sentimentos. O princípio da sua arte foi-se desenvolvendo pela pintura figurativa, evoluindo depois para a expressão surreal-abstrata.
A artista trabalha as suas telas a partir de um pensamento, de um poema, de uma frase de algum livro ou, simplesmente, do que sente ao observar o ser humano, o Homem na mágoa, no prazer, na crença. O conjunto da sua obra é intrigante, criativo e leve. É como se em cada nova tela quisesse provocar o olhar e o coração do espectador. Há sempre uma pergunta ou uma provocação no ar, acima de tudo, uma reflexão.
A artista plástica e crítica de arte brasileira Rose Marie Caetano considera que Maria da Glória “é uma artista intensa. Os seus trabalhos evidenciam uma busca constante. Apresenta sempre novas formas, novas pinceladas que transmitem, dos abstratos ao figurativo, uma força única. Nas suas telas as cores são significativas e puras. Nem as sombras ferem a pureza da cor, lembrando a técnica de El Greco no que se refere à integridade no uso de cores puras. Glória consegue obter luz e sombra empregando com maior ou menor intensidade os brancos. Isto ao observador deixa uma sensação de pureza e simplicidade”.
Durante a sua carreira artística, Maria da Glória expôs as suas obras em mais de uma centena de mostras individuais e coletivas em Portugal, Itália, Espanha, Brasil, Colômbia, Estados Unidos e França. A artista recebeu várias menções honrosas em exposições em Espanha, no Brasil, na Colômbia e em Portugal. Os seus trabalhos fazem parte de várias instituições e coleções particulares nacionais e estrangeiras, destacando-se a aquisição de uma obra pelo Núncio Apostólico do Vaticano.
(Município de Reguengos de Monsaraz)