20 de junho de 2013

Santo António na tradição estremocense

SANTO ANTÓNIO NA TRADIÇÃO POPULAR ESTREMOCENSE

Este o tema da conferência a proferir por mim, no próximo sábado, dia 22 de Junho, pelas 17 horas, no Museu Municipal de Estremoz.
Abordarei tópicos como:

- Hagiografia;

- A incentivação do culto de Santo António pelos religiosos da Ordem de S. Francisco de Assis;

- Os arraiais de Santo António, os tronos e as marchas populares em Estremoz;

- Presença na barrística popular estremocense;

- A tradição oral.

Acompanharei a Conferência com projecções multimédia.
É bom ter amigos a ouvir o que temos para dizer.
Conto com a v/estimulante presença. Até sábado!
Hernâni Matos

"Iluminagens" na Universidade de Évora

"ILUMINAGENS"

Exercício final dos alunos da Licenciatura em Teatro da Universidade de Évora
21 e 22 de Junho | Colégio dos Leões - Sala Preta
Reservas: 969516806 ou 914914999

Viagem pelo mundo dos humanos na sua vulnerabilidade, grandeza, inquietações e na escolha de caminhos e identidades. Pessoas de raízes provenientes de Portugal e do Brasil dão voz, corpo e vida às mais diversas histórias, da infância até à última despedida. Textos poéticos e contos de autores de língua portuguesa unem-se num palco a poesias de corpos sem palavras.
A natureza humana e o inefável num espectáculo que vive da palavra. De silêncios. De olhares. De iluminações.

Coordenação Cénica: Natália Luíza Campos
Interpretação: Adilson Di Carvalho, Adriana Santos, Ana Tavares, Bárbara Conde, Carolina Curado, Eriam Schoenardie, Fábio Vaz, Filipa Marujo, filipa Tomé, Filipa Vieira, Júnior Foster, Gisela Gonzaga, Manoela Schmidt, Mônica Maria, Rui Louzeiro, Tomás Porto, Vanda Rodrigues.
Design Musical: Tiago Pedrosa.

Campanha verão jovem em Arraiolos

Inscrições até 25 de Junho !

Hortas comunitárias em Montemor

Como vamos saber se mudamos as coisas da melhor forma possível?
Provavelmente, nunca saberemos! Porém, podemos tentar de diversas maneiras. Uma maneira bem interessante e que surte grandes resultados, tanto ambientais como sociais, são as hortas comunitárias. Estas, assumem na grande maioria das vezes, um papel fundamental no que respeita ao aumento dos recursos familiares das famílias, numa lógica de complementaridade do rendimento familiar. Além disso, potenciam a criação de hábitos saudáveis, permitindo a valorização da componente ambiental e de ligação ao campo e ao mundo rural.

A troca de experiências, a aquisição de novos conhecimentos e a revitalização de algumas práticas e saberes julgados esquecidos assumem-se como mais-valias quando se abraça um projeto desta natureza.
Com base nestes pressupostos, a Câmara Municipal disponibilizou, nos Casais da ADUA, três blocos de 7.000m2 cada, para implementação de cerca de 135 hortas, com áreas entre os 100 e os 220m2. Geridas pela Liga dos Pequenos e Médios Agricultores, será disponibilizado aos novos hortelões, uma parcela de terreno a título gratuito e precário, um ponto de água coletivo destinado à rega das culturas, uma área de armazenamento para pequenas ferramentas e utensílios e ainda, apoio técnico/informativo/pedagógico sobre os modos de produção e práticas agrícolas e ambientalmente corretas.

As inscrições, encontram-se abertas, na sede da LPMA!
(Praça Cândido dos Reis, 25 Montemor ou tel 966 065 006 Engº Alexandre Prata)

O SAFIRA está de volta !


(Depois do Festival) A FESTA!
SAFIRA ’13 | 20 de JULHO
Safira - Montemor O Novo

E, quando tudo fazia prever o contrário… o SAFIRA renasce das cinzas e está de volta!

Não na versão “gorda” e plena de ilusão, como aconteceu em 2012, mas numa versão reduzida e descontraída, adaptada ao difícil momento que vivemos. Os artistas convidados são:

• VÍTOR RUA & AMÍLCAR VASQUES DIAS | “Sweet violence”

• TEATRO MERIDIONAL | “O Senhor Ibrahim e as flores do Corão”

• TÂNIA CARVALHO | “Madmud”

• FERNANDO NABAIS & STEPHAN JURGENS | “I-care-us”

Esperamos vê-los em Safira!

Há festa na Fonte dos Olhos...


17 de junho de 2013

Marchas populares e fava torrada em Sousel


Hoje a nossa homenagem vai para um professor: Hernâni Cidade

Professor, ensaísta, historiador, crítico literário, Hernâni António Cidade (1887-1975) era natural do Redondo, distrito de Évora. Seu pai, António Cidade, era carpinteiro de carros e foi ao som da “orquestra da serra e do malho” que Hernâni cidade disse ter aprendido a exactidão do trabalho, o valor do esforço, o sagrado cumprimento das tarefas. António Cidade, para além de artífice, cantava baladas e histórias, recitava versos de Augusto Gil, Guerra Junqueiro, António Nobre: à noite, ao serão, envolvia os filhos e os netos naquele universalismo alentejano, onde ressoava ainda a estepe, há pouco desaparecida.

Hernâni Cidade, sem jeito para as artes do ferro, franzino demais para as tarefas do campo, dado mais às letras e à Escola foi aceite no Seminário de Évora, onde se mostraria aluno brilhante, e onde sentiu, disse-mo várias vezes, a alegria enorme de uma grande fé.

Acabada no Seminário de Évora a primeira etapa da sua formação, foi escolhido para seguir estudos na Universidade Gregoriana de Roma; mas, abalado intelectualmente na sua fé pelas leituras mais recentes (o pequeno caixote de livros que trouxe do Seminário continha Bakunine, Marx, Engels, Pesttalozzi, Gorki), dividido entre um crescente agnosticismo intelectual, uma sensibilidade religiosa que o acompanhou até à morte e uma gratidão imensa ao Seminário que gratuitamente lhe dera a possibilidade de estudar, escolheu o caminho da lealdade, expondo ao arcebispo, D. José Eduardo Nunes, o seu desejo de frequentar a Universidade e seguir a vida laica. Também aí o Seminário o respeitou como Homem e generosamente lhe concedeu que ficasse os meses necessários para obter a equivalência ao ensino secundário oficial.

Foi como Prefeito do Colégio Calipolense e como explicador particular que fez o Curso Superior de Letras e obteve, com distinção, a habilitação para o Magistério Secundário.
Tomou posse como professor efectivo no liceu de Leiria a 9 de Novembro de 1914. Durante os anos que permaneceu neste liceu, foi professor de língua e de literatura portuguesas e os apontamentos minuciosos de então revelam tanto o aprofundamento meticuloso dum estudo sério, como o entusiasmo de servir os alunos e a comunidade, na convicção de que a “obra de arte é revelação individual e colectiva”. Foi coerentemente intensa a sua participação na vida da cidade e nos seus problemas, escrevendo mesmo uma peça de teatro, A Zara, representada a favor da reconstrução do Castelo de Leiria.

Feira de S. João em Colos