O Cromeleque dos Almendres, situado no concelho de Évora e um dos mais relevantes do megalitismo europeu, vai “ganhar” este mês um centro interpretativo, fruto de uma parceria do município com uma empresa especializada.
O projeto foi desenvolvido pela Ebora Megalithica, depois de ter sido escolhida através de um concurso público lançado pelo município.
“Lançámos o concurso para um projeto de um centro interpretativo e posto de turismo avançado para o megalitismo, uma empresa de Évora concorreu e ganhou, candidatou-se a fundos do Turismo de Portugal e implementou o seu projeto”, referiu Eduardo Luciano, Vereador do Pelouro da Cultura do Município. O vereador realçou que as visitas ao Cromeleque dos Almendres vão passar a ser “mais dirigidas e com as devidas e necessárias explicações sobre o monumento e a sua importância”, ao mesmo tempo que será divulgado “outro património megalítico do concelho”.
(…)
Situado junto à aldeia de Guadalupe e a poucos quilómetros do monumento, o Centro Interpretativo dos Almendres, já “em funcionamento experimental há algumas semanas”, vai ser inaugurado oficialmente no dia 15 deste mês. Segundo os promotores, o projeto contou com o apoio do Turismo de Portugal, através do programa “Valorizar”, e da câmara municipal, que cedeu o terreno para a construção do espaço, assim como da união de freguesias.
O centro integra duas áreas exteriores de acesso livre e permanente, incluindo um percurso com vários painéis explicativos sobre o património cultural e ambiental da região e um parque de merendas. Já o edifício, projetado pelo arquiteto João Modas, foi integralmente forrado a cortiça e possui instalações de apoio aos turistas e uma loja.
A cerimónia de inauguração do centro interpretativo inclui uma homenagem ao arqueólogo que descobriu o cromeleque, Henrique Leonor de Pina, que morreu há pouco mais de um ano, estando previsto o descerramento de uma placa evocativa.
Classificado como Monumento Nacional, o Cromeleque dos Almendres, está situado a cerca de 12 quilómetros de Évora, na Herdade dos Almendres, na União das Freguesias de Nossa Senhora da Tourega e Nossa Senhora de Guadalupe. A Direção-Geral do Património Cultural, na sua página na Internet, refere tratar-se de “um dos mais relevantes” monumentos do megalitismo europeu.
O sítio arqueológico é composto por diversas estruturas megalíticas, nomeadamente cromeleque, menir e pedras, tendo sido descoberto pelo investigador Henrique Leonor Pina, em 1964, aquando do levantamento da Carta Geológica de Portugal.
(Observador)