5 de agosto de 2013

Por um Parque de Campismo para a Mina de São Domingos

À Câmara Municipal de Mértola,

A Mina de São Domingos ao longo dos anos tem vindo a ser descoberta tanto pelos Portugueses bem como pelos Estrangeiros. A qualidade das paisagens de uma Mina abandonada com as suas lagoas de águas ácidas as ruínas de uma exploração mineira com as suas cores quentes e a Praia Fluvial com as suas águas de belíssima qualidade que lhe conferem Bandeira de Ouro têm trazido a esta terra da margem esquerda do Guadiana um variado número de pessoas. 
Todos os anos em Agosto a procura supera a oferta, tanto em termos de alojamento assim como nos cafés e restaurantes da zona que atingem facilmente a sua máxima força. Durante o Inverno o estacionamento da Praia Fluvial fica repleto de caravanas e mais estariam no local se houvesse espaço para tal.
Esta Petição quer pedir à Câmara Municipal de Mértola que invista num Parque de Campismo na Mina de São Domingos o que viria de certeza trazer muito mais gente à Mina e certamente durante todo o ano de modo a poder contribuir para o desenvolvimento do comércio local e ao mesmo tempo e muito importante criar postos de trabalho para os jovens da terra que na maior parte das vezes se veem obrigados a sair de lá para procurar o seu sustento em outros locais.
Seria um investimento de certo bem acolhido por toda a população e por todos os amigos da Mina que adoram o contacto directo com a natureza.

Por favor assine a petição AQUI . Obrigado !

Lançado o "Livro Verde do Montado"

ICAAM apresenta “O Livro Verde dos Montados”

A sustentabilidade do montado esteve em discussão numa sessão que serviu também de apresentação do livro “O Livro Verde dos Montados”, uma obra efetuada por Investigadores e técnicos do Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM) da Universidade de Évora que vem no seguimento da Conferência Internacional “MONTADOS and DEHESAS as High Nature Value Farming Systems”.

A sessão de discussão teve presentes representantes dos investigadores e das várias instituições que apoiam o Livro Verde, tendo sido identificadas algumas falhas nos pressupostos para a sua sustentabilidade a longo prazo deste sistema produtivo, bem como boas práticas de transferência de conhecimento e tecnologia, de forma a poder sustentar orientações de política adequada para o montado.
A cerimónia decorreu na Sala dos Docentes da Universidade de Évora.

(JB - UE Online)

Festas de S. Simão


3 de agosto de 2013

Supertaça de Portugal - Cândido de Oliveira: Alentejano pois claro !

Natural de Fronteira (Portalegre) — 25 de Setembro de 1897 a 23 de Junho de 1958.
Cândido nasceu numa terra onde o pão se amassa(va) com lágrimas.
E o trigo já tinha sabor a fogo. Ou a sangue. Em Fronteira. No Alentejo. Era o último de 10 irmãos de uma família de poucos teres. 
Por isso o levaram, pequenino, para a Casa Pia. Em Belém, se deu asas ao sonho do futebol que descobrira nas ruelas da aldeia com bolas de trapos, descobriu, também, que a vida só poderia ter sentido com solidariedade. Com coração. Sempre. Pequenino, revelou-se logo de uma inteligência do tamanho da sua sensibilidade. E com um ardor físico ao nível de ambas. Da equipa do colégio saltou, naturalmente, para o Benfica. Pela mão de Cosme Damião, o casapiano que se tornara seu ídolo. Jogou futebol com muito brilho, ganhou campeonatos de luta greco-romana.

Mas Cândido nunca foi capaz de ceder ao seu sentimentalismo. Quando, em 1919, um grupo de casapianos que se aconchavara no Benfica decidiu formar o Casa Pia Atlético Clube, não teve dúvidas: mudou de camisola. Ribeiro dos Reis e Vítor Gonçalves (esse mesmo, o pai de Vasco, que no PREC haveria de ficar famoso...) resistiram e continuaram de águia ao peito. Apenas com ligação sentimental ao Casa Pia. E com as quotas sempre em dia. Foi com a camisola dos gansos que Cândido de Oliveira jogou na primeira Selecção Nacional. Contra a Espanha. Em 1921. Era magnético o seu carisma. Por isso, sem surpresa o escolheram para capitão da equipa das quinas...

Nesse comenos era funcionário superior dos Correios. Para onde entrara em 1915, com 19 anos. E também era o redactor principal do jornal Vitória, um dos primeiros periódicos desportivos editados em Portugal. Não muito depois passaria a redactor de O Século e de outros jornais que foram morrendo, entretanto, como o Football e Os Sports. Não era apenas um homem dos futebóis. Era um homem de cultura e de solidariedade no futebol. E na vida. 

Sempre com um aguçado instinto de reportagem e de crítica de injustiças.  Com dignidade. 
Um dia, em Abril de 1925, em O Século mandaram-no fazer a cobertura das acções de preparação e de estratégia das tropas governamentais. Foi e fez o trabalho com a perícia costumeira. A reportagem ficou no tinteiro, mas Cândido saberia, não muito depois, que as informações que recolhera tinham sido transmitidas ao pormenor aos revoltosos precursores do 28 de Maio! Demitiu-se do jornal, como protesto pelo abuso de que tinha sido vítima. Conspirara contra a democracia sem o saber, porque alguém lhe transformara a profissão em espionagem. Só voltou à Redacção quando percebeu que o jornal se democratizara. Na medida do possível...

Era homem a quem não faltava tempo. Trabalhava, treinava-se, cultivava-se. E nunca perdia o sentido da acção social. E política.
Em Abril de 1942 foi preso pela PIDE. Estava em casa. Tocaram. Entraram...

Vieira da Silva em Santiago do Cacém


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