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4 de junho de 2015

Tapetes candidatos a Património Mundial da UNESCO

A Câmara de Arraiolos assinada, na próxima sexta-feira, a conclusão do dossier de candidatura dos Tapetes de Arraiolos a Património Cultural Imaterial da Humanidade para entregar, depois, à Comissão Nacional da UNESCO.

“A candidatura tem estado a ser trabalhada entre a Turismo do Alentejo e o município e, na sexta-feira, a Entidade Regional de Turismo vai entregar-nos o respetivo dossiê”, disse à agência Lusa Sílvia Pinto, presidente da Câmara de Arraiolos, no distrito de Évora.

Este “patamar” é assinalado no dia em que começa na vila o certame “O Tapete Está na Rua”, dedicado precisamente ao Tapete de Arraiolos, com festa e animação até ao dia 10 deste mês.

Segundo a autarca, o dossiê relativo à candidatura fica, assim, “finalizado e pronto” para, “num momento posterior”, ainda não agendado, poder ser entregue à comissão nacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
“Depois, irá seguir os procedimentos normais”, disse Sílvia Pinto, realçando que a candidatura “só em 2017 é que deverá ser formalmente apresentada” junto do comité internacional da UNESCO, em Paris.

Para a presidente da autarquia, os Tapetes de Arraiolos têm “todas as condições” para serem classificados Património Cultural Imaterial da Humanidade e o “selo” da UNESCO seria uma “importante mais-valia para a sua salvaguarda e preservação”.
“Há mais de 10 anos que a lei aprovada no Parlamento, por unanimidade, para permitir a certificação dos tapetes está na `gaveta`, por falta de regulamentação. Não queremos ficar parados à espera da certificação que nunca chega e, com a candidatura, procuramos valorizar o nosso património de outra forma”, assumiu.

A confeção dos Tapetes de Arraiolos envolve “uma história muito grande de passagem de conhecimento de mães para filhas, ao longo de gerações. É este saber fazer que queremos valorizar”, afirmou.
A classificação da UNESCO seria igualmente importante, destacou Sílvia Pinto, para defender este património típico de Arraiolos das falsificações que “inundam” o mercado.

(RTP)