18 de agosto de 2014
17 de agosto de 2014
16 de agosto de 2014
Senhora dos Navegantes em Almograve
Entre os dias 15 e 17 de agosto, a aldeia de Almograve, vai cumprir a tradição e prestar homenagem à sua padroeira Nossa Senhora dos Navegantes.
O evento vai contar com a habitual cerimónia religiosa, feira de artesanato e produtos locais, espectáculos musicais e muita animação. A iniciativa é promovida pela Associação Cultural, Recreativa e Desportiva dos Moradores do Almograve.
O recinto de festas do Almograve será o centro da Festa da Nossa Senhora dos Navegantes, com a Feira de artesanato e venda de produtos locais; baile com João Paulo Cavaco (16 de agosto); exposição e venda de artesanato CACO, no Largo da Igreja (17 de agosto). Às 17h30 está agendada a Cerimónia religiosa com procissão pelas principais ruas do Almograve, acompanhada pela Banda Filarmónica de Odemira. A noite encerra com a actuação de Emanuel Martins, a partir das 21h30 no recinto de festas do Almograve.
Ao longo dos 3 dias haverá actividades para os mais novos com insufláveis, tenda de índios e trampolins.
O evento vai contar com a habitual cerimónia religiosa, feira de artesanato e produtos locais, espectáculos musicais e muita animação. A iniciativa é promovida pela Associação Cultural, Recreativa e Desportiva dos Moradores do Almograve.
O recinto de festas do Almograve será o centro da Festa da Nossa Senhora dos Navegantes, com a Feira de artesanato e venda de produtos locais; baile com João Paulo Cavaco (16 de agosto); exposição e venda de artesanato CACO, no Largo da Igreja (17 de agosto). Às 17h30 está agendada a Cerimónia religiosa com procissão pelas principais ruas do Almograve, acompanhada pela Banda Filarmónica de Odemira. A noite encerra com a actuação de Emanuel Martins, a partir das 21h30 no recinto de festas do Almograve.
Ao longo dos 3 dias haverá actividades para os mais novos com insufláveis, tenda de índios e trampolins.
(Miróbriga FM)
15 de agosto de 2014
Exporeg vai promover candidatura de Reguengos de Monsaraz a Cidade Europeia do Vinho 2015
A Exporeg - 22ª Exposição de Atividades Económicas vai decorrer entre os dias 14 e 17 de agosto no Parque de Feiras e Exposições de Reguengos de Monsaraz, com a participação de mais de uma centena de empresas que vão divulgar os seus produtos e serviços, realizar contactos e concretizar negócios.
Nesta edição, o Município de Reguengos de Monsaraz vai divulgar a candidatura que vai apresentar a Cidade Europeia do Vinho 2015, assumindo o compromisso de realizar um conjunto de iniciativas que terão como objetivo central a afirmação da produção vitivinícola e o reconhecimento da qualidade dos vinhos produzidos no concelho, assim como a promoção das potencialidades turísticas e económicas, associadas ao Património Cultural Material e Imaterial que confere toda a singularidade do Alentejo.
Na Exporeg vão participar 82 empresas, empresários e instituições, de setores de atividade como a gastronomia e vinhos, serviços, artesanato, mobiliário, calçado, climatização, vestuário, produtos agropecuários, construção civil, comércio de automóveis, veículos motorizados e bicicletas, fotografia e vídeo, comunicação, novas tecnologias, entre outros. Durante este certame de atividades económicas realiza-se também a XIX Exposição de Pecuária, que integra 19 empresas e associações de criadores dos melhores exemplares das espécies bovina, caprina, asinina e ovina.
A AlentApp e o Município de Reguengos de Monsaraz lançaram uma aplicação inovadora sobre a Exporeg, que está disponível em Android (Google) e iOS (Apple) nas versões smartphone e tablet. Esta aplicação tem um pacote de informações úteis onde é possível consultar a agenda, mapa de espaços (interior e exterior com os locais de cada expositor), atividades e espetáculos que decorrem durante o evento, mas também algumas curiosidades sobre a Exporeg, a candidatura a Cidade Europeia do Vinho 2015, a gastronomia, os produtores de vinho e o enoturismo, a olaria, o artesanato, as infraestruturas e outros dados importantes sobre o concelho. A aplicação é gratuita para o utilizador e sem necessidade de acesso à internet após a sua instalação.
A cerimónia de inauguração da Exporeg decorre na quinta-feira, dia 14 de agosto, pelas 19h, e integra a apresentação do site Monsaraz 360, um dos primeiros sites nacionais com uma visita interativa completa a uma localidade através da tecnologia 360º HDR e de novos media para computador e smartphone. O site é bilingue, em português e inglês, tem galerias de imagens dos fotógrafos António Caeiro, João Fructuosa e David Ramalho, a história da vila, visita interativa 360 graus e o mapa de localização com informação das povoações mais próximas. As empresas locais poderão ter visitas interativas e assim ficarem associadas ao projeto. A primeira noite da Exporeg vai fechar com a atuação de Micaela.
No dia 15 de agosto, entre as 9h30 e as 14h, decorre uma recolha de sangue promovida pela Gota - União de Dadores de Sangue de Corval. Pelas 18h30 realiza-se uma Corrida de Toiros com os cavaleiros António Ribeiro Telles, Luís Rouxinol e Vítor Ribeiro. Na Praça de Toiros José Mestre Batista, o Grupo de Forcados Amadores de Monsaraz vai pegar toiros da Ganadaria António Charrua, comemorar o seu décimo aniversário de atividade e a mudança de cabo.
Red Sox é o grupo que atua às 22h30 no palco da Exporeg, seguindo-se a partir das 00h30 largadas de toiros, perícia de campinos e sevilhanas no estacionamento superior do Parque de Feiras e Exposições.
No dia 16 de agosto, às 9h30, no Parque da Cidade, decorre uma aula de ginástica que terá cerca de 150 participantes, intitulada “Seniores a mexer”, e no Parque de Feiras e Exposições haverá demonstração e mostra de esculturas produzidas com motosserra pelo escultor Emmanuel Courtot. Pelas 11h, o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto vai apresentar no Auditório do Pavilhão Multiusos o Projeto de Reintrodução da Águia Pesqueira no Grande Lago Alqueva.
Às 18h decorre um Passeio Equestre, seguindo-se a partir das 21h o passeio BTT ao Luar e a Caminhada ao Luar. Dário sobe ao palco às 22h30. O artista ficou conhecido em 2009 por ter lançado um disco de tributo a Tony Carreira. A madrugada da Exporeg será preenchida a partir das 00h30 com largada de toiros, perícia de campinos e sevilhanas.
O último dia da exposição de atividades económicas terá o escultor Emmanuel Courtot a mostrar as suas esculturas produzidas com motosserra e às 18h realiza-se o Concurso Rainha das Vindimas. As candidatas vão desfilar com roupa prática, vestido de noite e traje alusivo à vinha e ao vinho. O júri vai eleger a Rainha das Vindimas de Reguengos de Monsaraz e a primeira e a segunda Dama de Honor, as candidatas vão escolher o Prémio Simpatia e o fotógrafo oficial nomeará o Prémio Fotogenia.
Para além dos prémios para as vencedoras, a Rainha das Vindimas de Reguengos de Monsaraz representará o município na Gala da Rainha das Vindimas de Portugal, a realizar no dia 20 de setembro, no Teatro Gil Vicente, em Barcelos e, durante o ano de “reinado”, poderá ser convidada pela autarquia a estar presente noutras iniciativas relacionadas com a promoção do vinho. A fechar a Exporeg, a partir das 22h30, atua o Grupo Banza.
A Exposição de Atividades Económicas e a XIX Exposição de Pecuária poderão ser visitadas diariamente entre as 10h e a meia-noite. No Parque de Feiras e Exposições realizar-se-á também a tradicional Feira de Santa Maria.
Na Exporeg vão participar 82 empresas, empresários e instituições, de setores de atividade como a gastronomia e vinhos, serviços, artesanato, mobiliário, calçado, climatização, vestuário, produtos agropecuários, construção civil, comércio de automóveis, veículos motorizados e bicicletas, fotografia e vídeo, comunicação, novas tecnologias, entre outros. Durante este certame de atividades económicas realiza-se também a XIX Exposição de Pecuária, que integra 19 empresas e associações de criadores dos melhores exemplares das espécies bovina, caprina, asinina e ovina.
A AlentApp e o Município de Reguengos de Monsaraz lançaram uma aplicação inovadora sobre a Exporeg, que está disponível em Android (Google) e iOS (Apple) nas versões smartphone e tablet. Esta aplicação tem um pacote de informações úteis onde é possível consultar a agenda, mapa de espaços (interior e exterior com os locais de cada expositor), atividades e espetáculos que decorrem durante o evento, mas também algumas curiosidades sobre a Exporeg, a candidatura a Cidade Europeia do Vinho 2015, a gastronomia, os produtores de vinho e o enoturismo, a olaria, o artesanato, as infraestruturas e outros dados importantes sobre o concelho. A aplicação é gratuita para o utilizador e sem necessidade de acesso à internet após a sua instalação.
A cerimónia de inauguração da Exporeg decorre na quinta-feira, dia 14 de agosto, pelas 19h, e integra a apresentação do site Monsaraz 360, um dos primeiros sites nacionais com uma visita interativa completa a uma localidade através da tecnologia 360º HDR e de novos media para computador e smartphone. O site é bilingue, em português e inglês, tem galerias de imagens dos fotógrafos António Caeiro, João Fructuosa e David Ramalho, a história da vila, visita interativa 360 graus e o mapa de localização com informação das povoações mais próximas. As empresas locais poderão ter visitas interativas e assim ficarem associadas ao projeto. A primeira noite da Exporeg vai fechar com a atuação de Micaela.
No dia 15 de agosto, entre as 9h30 e as 14h, decorre uma recolha de sangue promovida pela Gota - União de Dadores de Sangue de Corval. Pelas 18h30 realiza-se uma Corrida de Toiros com os cavaleiros António Ribeiro Telles, Luís Rouxinol e Vítor Ribeiro. Na Praça de Toiros José Mestre Batista, o Grupo de Forcados Amadores de Monsaraz vai pegar toiros da Ganadaria António Charrua, comemorar o seu décimo aniversário de atividade e a mudança de cabo.
Red Sox é o grupo que atua às 22h30 no palco da Exporeg, seguindo-se a partir das 00h30 largadas de toiros, perícia de campinos e sevilhanas no estacionamento superior do Parque de Feiras e Exposições.
No dia 16 de agosto, às 9h30, no Parque da Cidade, decorre uma aula de ginástica que terá cerca de 150 participantes, intitulada “Seniores a mexer”, e no Parque de Feiras e Exposições haverá demonstração e mostra de esculturas produzidas com motosserra pelo escultor Emmanuel Courtot. Pelas 11h, o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto vai apresentar no Auditório do Pavilhão Multiusos o Projeto de Reintrodução da Águia Pesqueira no Grande Lago Alqueva.
Às 18h decorre um Passeio Equestre, seguindo-se a partir das 21h o passeio BTT ao Luar e a Caminhada ao Luar. Dário sobe ao palco às 22h30. O artista ficou conhecido em 2009 por ter lançado um disco de tributo a Tony Carreira. A madrugada da Exporeg será preenchida a partir das 00h30 com largada de toiros, perícia de campinos e sevilhanas.
O último dia da exposição de atividades económicas terá o escultor Emmanuel Courtot a mostrar as suas esculturas produzidas com motosserra e às 18h realiza-se o Concurso Rainha das Vindimas. As candidatas vão desfilar com roupa prática, vestido de noite e traje alusivo à vinha e ao vinho. O júri vai eleger a Rainha das Vindimas de Reguengos de Monsaraz e a primeira e a segunda Dama de Honor, as candidatas vão escolher o Prémio Simpatia e o fotógrafo oficial nomeará o Prémio Fotogenia.
Para além dos prémios para as vencedoras, a Rainha das Vindimas de Reguengos de Monsaraz representará o município na Gala da Rainha das Vindimas de Portugal, a realizar no dia 20 de setembro, no Teatro Gil Vicente, em Barcelos e, durante o ano de “reinado”, poderá ser convidada pela autarquia a estar presente noutras iniciativas relacionadas com a promoção do vinho. A fechar a Exporeg, a partir das 22h30, atua o Grupo Banza.
A Exposição de Atividades Económicas e a XIX Exposição de Pecuária poderão ser visitadas diariamente entre as 10h e a meia-noite. No Parque de Feiras e Exposições realizar-se-á também a tradicional Feira de Santa Maria.
(Gabinete de Comunicação de Reguengos)
14 de agosto de 2014
13 de agosto de 2014
12ª Congresso da BAD, é em Évora
A BAD – Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas organiza o 12º Congresso Nacional de Bibliotecários Arquivistas e Documentalistas, de 21 a 23 de Outubro de 2015, subordinado ao tema “Ligar. Transformar. Criar valor”. Será desta vez no sul de Portugal, na lindíssima e monumental cidade de Évora, que em 1986 foi declarada pela UNESCO Património da Humanidade.
12 de agosto de 2014
11 de agosto de 2014
10 de agosto de 2014
O Benfica ganhou a Taça Cândido Oliveira. Sabe quem era este alentejano ?
Natural de Fronteira (Portalegre) — 25 de Setembro de 1897 a 23 de Junho de 1958 Cândido nasceu numa terra onde o pão se amassa(va) com lágrimas.
E o trigo já tinha sabor a fogo. Ou a sangue. Em Fronteira. No Alentejo. Era o último de 10 irmãos de uma família de poucos teres. Por isso o levaram, pequenino, para a Casa Pia. Em Belém, se deu asas ao sonho do futebol que descobrira nas ruelas da aldeia com bolas de trapos, descobriu, também, que a vida só poderia ter sentido com solidariedade. Com coração. Sempre. Pequenino, revelou-se logo
de uma inteligência do tamanho da sua sensibilidade. E com um ardor
físico ao nível de ambas. Da equipa do colégio saltou, naturalmente, para o Benfica. Pela mão de Cosme Damião, o casapiano que se tornara seu ídolo. Jogou futebol com muito brilho, ganhou campeonatos de luta grecoromana.
Mas Cândido nunca foi capaz de ceder ao seu sentimentalismo. Quando, em 1919, um grupo de casapianos que se aconchavara no Benfica decidiu formar o Casa Pia Atlético Clube, não teve dúvidas: mudou de camisola. Ribeiro dos Reis e Vítor Gonçalves (esse mesmo, o pai de Vasco, que no PREC haveria de ficar famoso...) resistiram e continuaram de águia ao peito. Apenas com ligação sentimental ao Casa Pia. E com as quotas sempre em dia. Foi com a camisola dos gansos que Cândido de Oliveira jogou na primeira Selecção Nacional. Contra a Espanha. Em 1921. Era magnético o seu carisma. Por isso, sem surpresa o escolheram para capitão da equipa das quinas...
Nesse comenos era funcionário superior dos Correios. Para onde entrara em 1915, com 19 anos. E também era o redactor principal do jornal Vitória, um dos primeiros periódicos desportivos editados em Portugal. Não muito depois passaria a redactor de O Século e de outros jornais que foram morrendo, entretanto, como o Football e Os Sports. Não era apenas um homem dos futebóis. Era um homem de cultura e de solidariedade no futebol.
E na vida. Sempre com um aguçado instinto de reportagem e de crítica de injustiças. Com dignidade. Um dia, em Abril de 1925, em O Século mandaram-no fazer a cobertura das acções de preparação e de estratégia das tropas governamentais. Foi e fez o trabalho com a perícia costumeira. A reportagem ficou no tinteiro, mas Cândido saberia, não muito depois, que as informações que recolhera tinham sido transmitidas ao pormenor aos revoltosos precursores do 28 de Maio! Demitiu-se do jornal, como protesto pelo abuso de que tinha sido vítima. Conspirara contra a democracia sem o saber, porque alguém lhe transformara a profissão em espionagem. Só voltou à Redacção quando percebeu que o jornal se democratizara. Na medida do possível...
Era homem a quem não faltava tempo. Trabalhava, treinava-se, cultivava-se. E nunca perdia o sentido da acção social. E política.
Em Abril de 1942 foi preso pela PIDE. Estava em casa. Tocaram. Entraram. Eram os torcionários riscando-lhe a noite de mágoa. Espancaram-no ferozmente e foi de boca a sangrar, o corpo amachucado, os dentes partidos, que ele embarcou para Cabo Verde, a caminho do Tarrafal. Desse dia trágico da prisão na sua casa na Rua do Forno do Tijolo nasceria a suspeita que perduraria anos a fio — e, decerto, perdurará — de que fora António Roquette, seu companheiro na Casa Pia e guarda-redes da Selecção Nacional, reconhecido agente da PIDE, que o esmurrara assim impiedosamente. Maria Claudina Guerreiro Nunes, sobrinha de Cândido, refutaria, recentemente, essa tese, mas não conseguiu afastar todas as cortinas de fumo: «O meu tio gostava muito do Roquette, que era um rapaz muito pobre, mas também um guarda-redes muito bom. Protegeu-o muito, garantiu-lhe refeições, ajudou-o a vestir-se, enfim, era um protegido privilegiado que, no entanto, não se portou bem quando o Cândido foi preso. Talvez não tenha feito tudo o que poderia para o proteger e defender na prisão, embora reconheçamos que não era fácil fazê-lo. Mas bater-lhe não lhe bateu. Sabemos que, posteriormente, Roquette tentou uma aproximação, mas o meu tio recusou.»
Fora deportado porque, durante a II Grande Guerra, os serviços da Gestapo em Portugal descobriram que se estavam a lançar as sementes de uma organização antifascista, ligada aos serviços secretos ingleses, vocacionada para orientar a luta de guerrilha contra os alemães no caso de estes se apoderarem da Península Ibérica. Exigiram a Salazar a prisão dos seus cabecilhas. Cândido era um deles. O principal. Pagou por isso na frigideira da morte. Sobre o Tarrafal escreveria um livro que talvez seja a denúncia mais arrepiante dos massacres no Pântano da Morte.
Logo que a sorte das armas se virou, após a decisiva derrota sofrida pelos alemães em Estalinegrado, Salazar apercebeu-se de que a causa alemã estava perdida e, prudentemente, foi-se aproximando dos Aliados. Estrategicamente, mandou libertar Cândido de Oliveira e todos os outros elementos do seu grupo. A 28 de Maio de 1944, para além da ordem de soltura, os governantes ofereciam a Cândido de Oliveira a sua reintegração como subinspector dos CTT. Mas Cândido, por uma questão de honra, recusou...
(in A Bola)
E o trigo já tinha sabor a fogo. Ou a sangue. Em Fronteira. No Alentejo. Era o último de 10 irmãos de uma família de poucos teres. Por isso o levaram, pequenino, para a Casa Pia. Em Belém, se deu asas ao sonho do futebol que descobrira nas ruelas da aldeia com bolas de trapos, descobriu, também, que a vida só poderia ter sentido com solidariedade. Com coração. Sempre. Pequenino, revelou-se logo
de uma inteligência do tamanho da sua sensibilidade. E com um ardor
físico ao nível de ambas. Da equipa do colégio saltou, naturalmente, para o Benfica. Pela mão de Cosme Damião, o casapiano que se tornara seu ídolo. Jogou futebol com muito brilho, ganhou campeonatos de luta grecoromana.
Mas Cândido nunca foi capaz de ceder ao seu sentimentalismo. Quando, em 1919, um grupo de casapianos que se aconchavara no Benfica decidiu formar o Casa Pia Atlético Clube, não teve dúvidas: mudou de camisola. Ribeiro dos Reis e Vítor Gonçalves (esse mesmo, o pai de Vasco, que no PREC haveria de ficar famoso...) resistiram e continuaram de águia ao peito. Apenas com ligação sentimental ao Casa Pia. E com as quotas sempre em dia. Foi com a camisola dos gansos que Cândido de Oliveira jogou na primeira Selecção Nacional. Contra a Espanha. Em 1921. Era magnético o seu carisma. Por isso, sem surpresa o escolheram para capitão da equipa das quinas...
Nesse comenos era funcionário superior dos Correios. Para onde entrara em 1915, com 19 anos. E também era o redactor principal do jornal Vitória, um dos primeiros periódicos desportivos editados em Portugal. Não muito depois passaria a redactor de O Século e de outros jornais que foram morrendo, entretanto, como o Football e Os Sports. Não era apenas um homem dos futebóis. Era um homem de cultura e de solidariedade no futebol.
E na vida. Sempre com um aguçado instinto de reportagem e de crítica de injustiças. Com dignidade. Um dia, em Abril de 1925, em O Século mandaram-no fazer a cobertura das acções de preparação e de estratégia das tropas governamentais. Foi e fez o trabalho com a perícia costumeira. A reportagem ficou no tinteiro, mas Cândido saberia, não muito depois, que as informações que recolhera tinham sido transmitidas ao pormenor aos revoltosos precursores do 28 de Maio! Demitiu-se do jornal, como protesto pelo abuso de que tinha sido vítima. Conspirara contra a democracia sem o saber, porque alguém lhe transformara a profissão em espionagem. Só voltou à Redacção quando percebeu que o jornal se democratizara. Na medida do possível...
Era homem a quem não faltava tempo. Trabalhava, treinava-se, cultivava-se. E nunca perdia o sentido da acção social. E política.
Em Abril de 1942 foi preso pela PIDE. Estava em casa. Tocaram. Entraram. Eram os torcionários riscando-lhe a noite de mágoa. Espancaram-no ferozmente e foi de boca a sangrar, o corpo amachucado, os dentes partidos, que ele embarcou para Cabo Verde, a caminho do Tarrafal. Desse dia trágico da prisão na sua casa na Rua do Forno do Tijolo nasceria a suspeita que perduraria anos a fio — e, decerto, perdurará — de que fora António Roquette, seu companheiro na Casa Pia e guarda-redes da Selecção Nacional, reconhecido agente da PIDE, que o esmurrara assim impiedosamente. Maria Claudina Guerreiro Nunes, sobrinha de Cândido, refutaria, recentemente, essa tese, mas não conseguiu afastar todas as cortinas de fumo: «O meu tio gostava muito do Roquette, que era um rapaz muito pobre, mas também um guarda-redes muito bom. Protegeu-o muito, garantiu-lhe refeições, ajudou-o a vestir-se, enfim, era um protegido privilegiado que, no entanto, não se portou bem quando o Cândido foi preso. Talvez não tenha feito tudo o que poderia para o proteger e defender na prisão, embora reconheçamos que não era fácil fazê-lo. Mas bater-lhe não lhe bateu. Sabemos que, posteriormente, Roquette tentou uma aproximação, mas o meu tio recusou.»
Fora deportado porque, durante a II Grande Guerra, os serviços da Gestapo em Portugal descobriram que se estavam a lançar as sementes de uma organização antifascista, ligada aos serviços secretos ingleses, vocacionada para orientar a luta de guerrilha contra os alemães no caso de estes se apoderarem da Península Ibérica. Exigiram a Salazar a prisão dos seus cabecilhas. Cândido era um deles. O principal. Pagou por isso na frigideira da morte. Sobre o Tarrafal escreveria um livro que talvez seja a denúncia mais arrepiante dos massacres no Pântano da Morte.
Logo que a sorte das armas se virou, após a decisiva derrota sofrida pelos alemães em Estalinegrado, Salazar apercebeu-se de que a causa alemã estava perdida e, prudentemente, foi-se aproximando dos Aliados. Estrategicamente, mandou libertar Cândido de Oliveira e todos os outros elementos do seu grupo. A 28 de Maio de 1944, para além da ordem de soltura, os governantes ofereciam a Cândido de Oliveira a sua reintegração como subinspector dos CTT. Mas Cândido, por uma questão de honra, recusou...
(in A Bola)
9 de agosto de 2014
Reguengos - Turismo rural em debate
O Turismo do Alentejo vai organizar, de 30 a 31 de Outubro, uma Conferência Internacional de Turismo Rural, no Pavilhão Multiusos de Reguengos de Monsaraz.
A iniciativa tem como objectivo apresentar boas práticas a nível europeu, debater a actualidade à escala nacional e regional e fomentar o trabalho em rede, comercialização, promoção e comunicação.
Entre os principais temas a debater na conferência salientam-se a “Estruturação do produto e políticas de desenvolvimento”; “Marca e Comunicação: Que posicionamento para o Turismo Rural?”; “Distribuição e Comercialização: Novas necessidades, Novas respostas”; “Internacionalização do Turismo Rural e Promoção Integrada”.
(in Publituris)
A iniciativa tem como objectivo apresentar boas práticas a nível europeu, debater a actualidade à escala nacional e regional e fomentar o trabalho em rede, comercialização, promoção e comunicação.
Entre os principais temas a debater na conferência salientam-se a “Estruturação do produto e políticas de desenvolvimento”; “Marca e Comunicação: Que posicionamento para o Turismo Rural?”; “Distribuição e Comercialização: Novas necessidades, Novas respostas”; “Internacionalização do Turismo Rural e Promoção Integrada”.
(in Publituris)
8 de agosto de 2014
Finalmente uma anedota...
Durante escavações recentes nos EUA, os arqueólogos descobriram, a 100 metros de profundidade, vestígios de fios de cobre que datavam do ano 1.000. Os americanos concluíram que os seus antepassados já dispunham de uma rede telefónica desde aquela época.
Entretanto os espanhóis escavaram também o seu subsolo, encontrando
restos de fibras ópticas a 200 metros de profundidade. Após minuciosas
análises, concluíram que elas tinham cerca de 2.000 anos de idade, divulgando triunfantes, que os seus antepassados já dispunham de uma rede digital à base de fibra óptica quando Jesus nasceu!
Uma semana depois, em Borba, no semanário local, foi publicada a seguinte notícia:
"Após inúmeras escavações arqueológicas no subsolo de Borba, Beja, Évora, Moura, Estremoz e Redondo, entre outras localidades alentejanas, até uma profundidade de 5000 m, os cientistas alentejanos não encontraram absolutamente nada. Assim se conclui que os antigos habitantes daquela região alentejana já dispunham, há 5.000 anos atrás, de uma rede de comunicações sem-fios, vulgarmente conhecida, hoje em dia, pela designação de "Wireless".
(Alentejo - sempre na vanguarda)
Entretanto os espanhóis escavaram também o seu subsolo, encontrando
restos de fibras ópticas a 200 metros de profundidade. Após minuciosas
análises, concluíram que elas tinham cerca de 2.000 anos de idade, divulgando triunfantes, que os seus antepassados já dispunham de uma rede digital à base de fibra óptica quando Jesus nasceu!
Uma semana depois, em Borba, no semanário local, foi publicada a seguinte notícia:
"Após inúmeras escavações arqueológicas no subsolo de Borba, Beja, Évora, Moura, Estremoz e Redondo, entre outras localidades alentejanas, até uma profundidade de 5000 m, os cientistas alentejanos não encontraram absolutamente nada. Assim se conclui que os antigos habitantes daquela região alentejana já dispunham, há 5.000 anos atrás, de uma rede de comunicações sem-fios, vulgarmente conhecida, hoje em dia, pela designação de "Wireless".
(Alentejo - sempre na vanguarda)
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