23 de junho de 2014

Exposição “Eborenses, Retratos de Eduardo Nogueira”







“Eborenses, Retratos de Eduardo Nogueira” é o título da exposição de fotografia que a Câmara Municipal de Évora/Arquivo Fotográfico inaugurou e que se encontra patente até 30 de julho, no Palácio de D. Manuel, integrada na programação da Feira de S. João, e que conta com o apoio do CIDEHUS (Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora), do CHAIA (Centro de História da Arte e Investigação Artística da Universidade de Évora).

Eduardo Nogueira (1898-1969), natural de Fatela (Fundão), foi um dos mais importantes fotógrafos estabelecidos em Évora no período de 1928 a 1968. No âmbito da sua atividade comercial, passou pelo seu estúdio, na Rua de Avis, 24, uma grande parte da população eborense. Em 1998, ciente da importância deste espólio, a Câmara Municipal de Évora tratou de o adquirir para incorporar o acervo do seu Arquivo Fotográfico.

Entre as espécies existentes é possível encontrar testemunhos iconográficos inéditos sobre a sociabilidade eborense entre os anos 30 e 60 do século passado, revelando o quotidiano da cidade de Évora nos múltiplos aspetos da vida pública e privada dos seus habitantes. A qualidade técnica e artística das obras do autor, para além de ter merecido o reconhecimento coevo, tem sido divulgada sobretudo através de fotografias que ilustram a vertente etnográfica do seu trabalho, com uma ampla galeria temática ligada ao mundo rural.

As fotografias da Colecção Eduardo Nogueira, selecionadas para esta exposição, datam do período compreendido entre 1930 e finais de 1950. Um primeiro conjunto corresponde a retratos realizados por encomenda e destinados a registar a realidade vivida, e um segundo conjunto é composto por retratos artísticos, desvinculados da realidade e exclusivamente preocupados com cânones estéticos e de composição fotográfica.

O conjunto expositivo representa, assim, uma visão parcelar da realidade económica, social e cultural eborense, correspondendo a um conjunto de códigos sociais, característicos de uma sociedade fortemente estratificada como era o de Évora naquele tempo.

A exposição deu origem a um catálogo, que estará à venda no espaço da Livraria Municipal, instalado na Feira do Livro de Évora, também a decorrer durante a Feira de S. João, de 20 a 29 de junho. A apresentação oficial desta publicação terá lugar no dia 29 de junho, pelas 19:00, no Palácio de D. Manuel. A exposição funcionará até 29 de junho, todos os dias, das 10:00 às 12:00 e das 17:00 às 23:00, e a partir de 30 de junho, de segunda a sexta-feira, das 10:00 às 12:00 e 14:00-18:00, e aos sábados das 14:00 às 18:00.

Luis Ferreira


21 de junho de 2014

Filme promocional do Alentejo é candidato a prémio em Cannes

Rede Corredor Azul, composta por 10 municípios alentejanos, prossegue a sua atividade de promoção e atração de investimento para o território e candidatou o seu vídeo institucional ao importante prémio internacional “Cannes Corporate Media & TV Awards”.

“Viver, investir e empreender no Corredor Azul” é o título e o mote do vídeo que os Municípios que constituem a Rede têm expetativa de ser galardoado na categoria de “Corporate Image Films” no próximo dia 2 de outubro na cidade de Cannes, França, pretendendo assim reforçar e distinguir este território de excelência, que se encontra de braços e alma aberta para receber pessoas e investimentos.

O referido vídeo foi apresentado publicamente em março de 2014 tendo sido editado em português, inglês e espanhol, uma iniciativa integrada no “PROMOINVEST – Rede de Promoção Empresarial” da Rede Corredor Azul, projeto desenvolvido pelos Municípios de Arraiolos, Borba, Elvas, Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo, Santiago do Cacém, Sines e Vila Viçosa, liderado pelo Município de Vendas Novas e apoiada pelo Programa Operacional Regional do Alentejo – InAlentejo.


20 de junho de 2014

Caminhadas noturnas em Ourique


Exposição “Alentejo, Espaço Rural”





O Espaço Celeiro (ex-celeiros da EPAC) vai acolher de 20 a 29 de junho a exposição “Alentejo, Espaço Rural – estruturas, casas e paisagens”, que consiste numa exposição dupla, composta pelo projeto de Arquitetura do Arq. Miguel Marcelino para a reabilitação do Espaço Celeiros e por uma reflexão fotográfica sobre o Espaço Rural do Alentejo, com curadoria do Arq. Pedro Clarke, apoiada em fotografias históricas do Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Évora e por material recebido em sequência de um “open call” à participação do público.

A exposição está inserida no programa Feira de S. João e é organizada no âmbito da representação Portuguesa na XIV Bienal de Arquitetura de Veneza, que este ano teve como temática a ligação entre o rural e o urbano. O projeto para o Espaço Celeiros, concebido pelo Arq. Miguel Marcelino, foi um dos seis trabalhos apresentados por Portugal na Bienal e consiste na reabilitação e reconversão dos antigos Celeiros como futuro centro cultural, transformando o antigo edifício agrícola, que se estima ser dos finais do séc. XIX e atualmente com problemas estruturais, num local moderno e dinâmico, no limite do centro histórico de Évora. No seu interior serão feitas intervenções pontuais de modo a modernizar e a reprogramar todo o edifício enquanto cluster cultural e residência artística, composto por uma galeria de exposições, lojas/ateliês, teatro/auditório, salão multiusos, espaço de receção, escritórios, sala de leitura, café restaurante e seis residências estúdios, enquanto no exterior será feita uma intervenção mais profunda, com vista à sua reabilitação estrutural.

Por sua vez, a exposição fotográfica sobre o Espaço Rural do Alentejo está relacionada com a temática de uma arquitetura e herança rural, levantando perguntas sobre as suas alterações, questionando-se sobre o que é feito deste mundo “rural”? Será que ele ainda existe? Será que as estruturas de um passado agrícola (têm futuro?), e poderão ou estão a ser reutilizadas? O que aconteceu à arquitetura e à paisagem?

Os projetos em exposição terão uma apresentação especial, seguida de um debate, no dia 24 de junho, às 19:00, com a participação do Arq. Pedro Campos Costa, Comissário para a representação Portuguesa na Bienal de Arquitetura de Veneza de 2014, e a presença do Arq. Miguel Marcelino e do Arq. Pedro Clarke, e ainda do Prof. Álvaro Domingues, geógrafo e autor do livro “Vida no Campo”, do Arq. João Soares, da Universidade de Évora, e do Dr. Eduardo Luciano, Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Évora.

Esta exposição tem o apoio do Governo de Portugal/Secretário de Estado da Cultura, da Direção-Geral das Artes, da Trienal de Arquitetura de Lisboa e da Câmara Municipal de Évora. A entrada na exposição é livre, estando aberta entre as 18:00 e as 2:00, de domingo a quinta-feira, e entre as 18:00 e as 3:00 à sexta-feira, sábado e feriado.

Luis Ferreira 



15 de junho de 2014

Moura recupera antigos "quartéis"

Edifício construído no início do século XVIII, com o decisivo contributo financeiro dos mourenses, conheceu, durante o século XX, um prolongado período de degradação. A reabilitação do edifício e da área envolvente foi iniciada em finais de 2005. É agora dada por terminada. 
O que vão incluir os Quartéis nesta nova fase da sua vida? 
Bares, espaços comerciais, áreas dedicadas ao artesanato, sedes de associações e alguns locais de alojamento temporário para estudantes da Escola Profissional.

O que outrora foi uma zona votada ao abandono passa agora a ser um espaço devolvido à cidade. São palavras que escrevo com particular prazer.

Santiago Macias