7 de novembro de 2013

Sabores de Outono em Castelo de Vide


Venha provar as Sopas Km Zero

A "Sopa km0" é uma sopa produzida com alimentos locais, que não necessitam de ser transportados a longas distâncias, contribuindo para a economia local, para a preservação do ambiente e para uma alimentação mais saudável.

Venha conhecer a "Sopa Km0" - uma das novidades no Festival das Sopas de Montemor-o-Novo (8 a 10 de Novembro de 2013).

Como surge a "Sopa km 0"?

A "Sopa Km 0" é uma primeira abordagem local ao conceito "Km0". Este desafio foi laçando pelo Cidadão Rogério Godinho, da Rede de Cidadania de Montemor-o-Novo, com o objetivo de ajudar a divulgar e promover o consumo de alimentos produzidos localmente (Vetor II da Agenda 21 Local).

Rogério Godinho apresenta-nos este conceito:
"O conceito da denominação Km 0 ganhou força e notoriedade por meio do movimento Slow Food, que é considerado um movimento social, muito além do gastronómico. "Slow Food significa dar a justa importância ao prazer ligado ao alimento, aprendendo a desfrutar da diversidade das receitas e dos sabores, a reconhecer a variedade de locais de produção e dos seus artesões, a respeitar o ritmo das estações e do convívio." Foi através dele que regiões agrícolas italianas - e hoje de outras tantas nacionalidades- resgataram a dignidade do pequeno agricultor e valorizaram as práticas mais tradicionais passadas de geração a geração.

A expressão Km 0 foi emprestada do protocolo de Kyoto e procura mudar estilos de vida, privilegiando o Local ao Global, alertando, por exemplo, que numa refeição tão comum e portuguesa como o bitoque - em que a carne é importada da América do Sul, as batatas de França, a salada de Israel, o vinho da Austrália, a fruta de Espanha e o trigo para o pão da Rússia - em termos energéticos, há maior gasto de energia nos processos de transporte, armazenagem e embalagem do que o ganho energético dessa refeição.

Para além do consumo de petróleo envolvido, a pegada ecológica resultante das emissões de dióxido de carbono e ligada às produções em regime intensivo é brutal.
Encurtar a distância da produção ao consumo, diminui o consumo energético, ajuda o meio ambiente e promove as regiões agrícolas locais, salvaguardando as variedades e espécies típicas de cada região. É um mito que a pequena produção local tenha de ser obrigatoriamente mais cara. O preço final ao consumidor é, essencialmente, resultante dos interesses financeiros e dos desinteresses políticos e sociais. Nos mercados agrícolas locais, onde o produto típico é vendido sem intermediários, sem embalagens e sem custos de armazenagem existem todas as condições para os produtos agrícolas serem mais baratos e mais saudáveis."

A Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, de modo a estimular o consumo da SOPA e divulgar o nosso Património Gastronómico, unindo a tradição aos benefícios deste prato tão saudável, coloca pela 10.ª vez a SOPA no centro das atenções.
O X edição do Festival de Sopas realiza-se nos dias 8, 9 e 10 de Novembro, no Pavilhão de Exposições de Montemor-o-Novo. A entrada é livre e não faltará muita animação e claro boa gastronomia. Do Alimado de cação à Sopa de peixe, da Canja de galinha do campo ao Caldo Verde, da Sopa de feijão com couve à Sopa de Tomate, são inúmeras as sopas a apreciar, sendo a seleção a principal dificuldade.

Uma nota também para a realização da sessão “Dieta Mediterânica”, a cargo das nutricionistas Cecília Soares e Carla Godinho, que tem lugar no sábado, pelas 12h00.
No Festival das Sopas 2013, participam 10 restaurantes, mas também estarão presentes o Atlético Clube de Montemor, a Herdade da Amendoeira (Queijos de ovelha, licores, compotas, enchidos e mel), a Associação de Artesãos “A Ciranda” (artesanato), a Casa João Cidade (Produtos hortícolas, plantas aromáticas, frutos da época) e a Associação Patolas e Patinhas.

Fique a saber os restaurantes presentes e as sopas que irão apresentar:

Restaurante A Bancada
- Alimado de cação
- Feijão com abóbora
- Caldo Verde

Restaurante Quinta da Nora
- Sopa de peixe
- Bacalhau Alimado
- Mogango com feijão
- Canja de galinha do campo

Restaurante PIC-NIC
- Caldo Verde
- Sopa de Cação
- Sopa do Pastor

Snack-bar O Telheiro
- Canja de Pombo
- Sopa de peixe (Achigã)
- Sopa de feijão com couve

Regalenga Bar
- Sopa de Tomate
- Sopa de mogango com feijão
- Canja

Restaurante “A Pintada”
- Sopa de cação
- Sopa da pedra
- Caldo verde

Taskina – Tapas e Petiscos
- Creme de vegetais (sem batata)
- Creme de peixe
- Feijão de molhinho com ovos

Taskinha Low Cost
- Pézinhos de coentrada
- Sopa de mogango com feijão
-Tomatada com ovo

Café Restaurante A Ferrenha
- Tomatada em pingo de toucinho
- Sargalheta de batata com bacalhau
- Feijão frade de molhinho

Restaurante Manuel Azinheirinha
- Sopa de Cação
- Canjinha de Aves
- Sopa de feijão com espinafre

(Município de Montemor)

6 de novembro de 2013

Festa do Chocolate


Albert Camus em Évora

Albert Camus não é um estrangeiro na Fonte de Letras!

Dia 8 de Novembro, às 18h30, O Estrangeiro, de Luchino Visconti, com Marcello Mastroiani, Anna Karina e Bernard Blier, 1967.

Para marcar o centenário do seu nascimento e em paralelo com a Universidade de Évora que promove o Congresso Internacional: Centenaire Albert Camus - Lectures Interdisciplinaires (7 e 8 de Novembro), a Livraria Fonte de Letras apresenta o filme O Estrangeiro, de Luchino Visconti, com uma breve introdução por Joëlle Ghazarian, oradora no Congresso e co-organizadora deste evento.

Em homenagem a Camus será servida uma limonada.

Livraria Fonte de Letras
Rua 5 de Outubro, n.º 51, Évora
http://fontedeletras.blogspot.com/

S.Martinho em Santiago do Cacém


Fotossíntese - Fotografia de Nuno Calvet em Montemor



5 de novembro de 2013

S. Martinho no Fluviário de Mora: entrada gratuita

O Fluviário de Mora alia-se à celebração do S. Martinho com ofertas para o fim-de-semana que o antecede - 9 e 10 de Novembro – e para o dia de S. Martinho com a actividade Bolota, A Castanha do Alentejo.

Durante os dias 9 e 10 de Novembro, o Fluviário de Mora oferece entradas grátis a todas as crianças dos 3 aos 12 anos de idade. Uma oportunidade para dar a conhecer uma das maiores riquezas do país e que urge preservar – o montado de sobro e de azinho, e as tradições a ele associadas.

E por tradição, participe no S. Martinho de Pavia - concelho de Mora – durante o fim-de-semana e prepare-se para as famosas quadras escritas nas paredes da vila, sem falar das castanhas e água-pé. E pela manhã, visite os monumentos megalíticos de Pavia e a Casa Museu Manuel Ribeiro de Pavia.

(Porto dos Museus)

4 de novembro de 2013

Tratado de Alcáçovas

Em consequência das lutas peninsulares motivadas pela ocupação do trono de Castela, em 1479 verifica-se a realização, na localidade portuguesa de Alcáçovas, de um trato que estabeleceria a paz entre os dois reinos e as áreas de influência de cada um deles.

Desde cedo, a coroa portuguesa teve o cuidado de acautelar as pretensões sobre os seus territórios conquistados e a conquistar, tanto internamente, como externamente ao procurar junto da Santa Sé o monopólio internacional das navegações e comércio ao longo da costa ocidental africana. 
Como resultado desta política, a coroa portuguesa obtém do Vaticano uma série de bulas que lhe dão o exclusivo da navegação e comércio nas terras descobertas e a descobrir. Define-se assim, o mare clausurum que Castela dificilmente poderia aceitar, por também ela querer lançar-se na aventura marítima. 

Ao mesmo tempo que inicia os seus descobrimentos a coroa castelhana tenta junto do papado limitar os privilégios conseguidos pelos monarcas portugueses. O período mais agudo destas rivalidades ocorre no reinado de D. Afonso V, quando D. Henrique tenta por todos os meios assenhorar-se de alguma das ilhas do arquipélago das Canárias, e D. Afonso V tenta ocupar o trono de Castela, entretanto deixado vago por D. Henrique V.

A guerra da sucessão estende-se à terra e ao mar, inclusivamente através de incursões castelhanas às áreas de domínio português. Se em terra a facção castelhana leva a melhor o mesmo não acontece em mar, facilmente a supremacia dos nautas portugueses se faz sentir, saindo vitoriosa.
Em 1474, D. Afonso V havia entregue a seu filho, D. João, os negócios relativos à expansão ultramarina e neste sentido, o príncipe vai ter uma importante acção nos acordos de paz.

Em 1479, em Alcáçovas, encontram-se os procuradores de ambos os monarcas e aí são estabelecidos dois tratados. O primeiro irá respeitar à sucessão dinástica, que não nos importa aqui referir, e que ficou conhecido como Tratado das Terçarias da Moura. O segundo, designado por Tratado de Alcáçovas, vai tratar da paz perpétua entre os dois reinos. É celebrado em Setembro de 1479, sendo ratificado pelos Reis Católicos em Março de 1480, na localidade de Toledo.

Deste tratado, salientam-se os aspectos que directamente dizem respeito às navegações: definição das fronteiras da expansão e a respectiva jurisdição. Os monarcas castelhanos reconhecem a Portugal a posse da Madeira e dos Açores, reconhecem que a Guiné, ilhas descobertas ou descobrir para além das Canárias são pertença portuguesa, para além de aceitar ao monarca português o direito de conquista no reino de Fez. Como contrapartida D. Afonso V e D. João renunciam a pretensão sobre as Canárias.

Este Tratado impõe-se em relação a todos os outros tratados por ser o primeiro na História em que se tentou dividir o mundo entre duas potências. Mas não podemos afirmar que com ele se estava já a antever o futuro Tratado de Tordesilhas, este ainda estava muito longe e longe estavam as políticas que deram asso à sua realização.
(in Wikipédia)