30 de julho de 2013

Recordar o Jaime da Manta Branca

Jaime da Manta Branca
Se fosse vivo faria hoje anos...

Consta que estas décimas terão sido feitas de improviso pelo poeta repentista Jaime da Manta Branca (1894-1955, Benavila - Sousel), em casa de um patrão que o convidou para animar a festa oferecida a amigos de Lisboa. Entre eles estaria um ministro de Salazar.
Segundo a ficção de José Movilha (Escrito na Cal), Jaime apresentou-se perante os agrários que estavam em fausto e abastado almoço, já sem boné na cabeça (para não ter de se descobrir na presença deles), e com a mão no bolso onde já tinha aberto a navalha...
Na realidade este episódio valeu-lhe ser despedido e nunca mais ter arranjado emprego na região.

Não vejo senão canalha
De banquete para banquete,
Quem produz e quem trabalha
Come açordas sem "azête"

Ainda o que mais me admira
E penso vezes a miúdo:
Dizem que o sol nasce para tudo
Mas eu digo que é mentira.
Se o pobrezinho conspira
O burguês com ele ralha,
Até diz que o põe à calha
Nem à porta o pode ver.
A não trabalhar e só comer
Não vejo senão canalha!

Quem passa a vida arrastado
Por se ver alegre um dia
Logo diz a burguesia
Que é muito mal governado,
Que é um grande relaxado,
Que anda só no bote e "dête".
Antes que o pobrezinho "respête"
Tratam-no sempre ao desdém
E vê-se andar, quem muito tem,
De banquete para banquete.

É um viver tão diferente
Só o rico tem valor.
E o pobre trabalhador
Vai morrendo lentamente.
A fraqueza o põe doente
E a miséria o atrapalha;
Leva no peito a medalha
Que ganhou à chuva e ao vento
E morre à falta de alimento
Quem produz e quem trabalha

Feliz de quem é patrão
E pobre de quem é criado
Que até dão por mal empregado
O poucochinho que lhe dão.
Quem semeia e colhe o pão
Não tem aonde se "dête",
Só tem quem o "assujête"
Para que toda a vida chore,
E em paga do seu suor
Come açordas sem "azête"

(Jaime da Manta Branca)

Festas no Poço


27 de julho de 2013

"Armas Brancas e Armas de Fogo" em Estremoz

De 27 de julho a 09 de novembro vai estar patente na Sala de Exposições Temporárias do Museu Municipal de Estremoz Prof. Joaquim Vermelho, a mostra “Coleção de Armas Brancas e Armas de Fogos do Museu Municipal de Estremoz”.

Vão estar expostas quase uma centena de peças de origem europeia, as quais foram datadas entre os séculos XVIII e o primeiro quartel do século XX.

O grande objetivo da exposição é dar a conhecer este acervo em reserva há pouco mais de 20 anos, e que foi alvo de diversas intervenções ao longo destes anos. Primeiro, em 2003, realizou-se um rigoroso inventário e classificação por parte do especialista e colecionador Juiz Desembargador Dr. Silva Rato. Depois efetuaram-se diversas operações de limpeza e desinfestação para, de seguida, ser devidamente acondicionada nas Reservas do Museu Municipal de Estremoz.

A mostra estará patente de terça a domingo, sendo a sua entrada gratuita.

Novas rotas turísticas em Mértola - rebanhos e tabernas


Como forma de perpetuar e valorizar a herança cultural, a Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM) está a trabalhar na promoção de novas rotas turísticas: as Rota dos Rebanhos e a Rotas das Tabernas como património de partilha cultural e social.

É em torno do património alentejano que a ADPM traçou a Rota dos Rebanhos, através da qual, os visitantes “percorrem os trajetos que recriam os percursos dos pastores que se deslocavam com os seus rebanhos para as planícies ou para as montanhas em busca de pastagens, numa tradição ancestral de transumância”.

Na defesa das “memórias mais genuínas do Alentejo”, a ADPM traçou ainda a Rota das Tabernas Alentejanas que “pretende salvaguardar este tipo de estabelecimento característico das regiões rurais. As Tabernas que imperam neste território são testemunho da vida económica, social e cultural do último século e marcas de referência de épocas passadas”.

Rota dos Rebanhos, copie ou clique nos seguintes links para aceder a informação:
Rota da transumância - http://issuu.com/adpmertola/docs/rota_da_transum__ncia
Rota de alcaria - http://issuu.com/adpmertola/docs/rota_alcaria
Rota de S.joão - http://issuu.com/adpmertola/docs/rota_de_s__o_jo__o
Rota de S.pedro - http://issuu.com/adpmertola/docs/rota_de_s__o_pedro

Rota das Tabernas Alentejanas (Português/English/Español), copie ou clique nos seguintes links para aceder a informação:
Rota das Tabernas(Por)- http://issuu.com/adpmertola/docs/roteiro_tabernas_pt
Routes of Taverns (Eng)- http://issuu.com/adpmertola/docs/roteiro_tabernas_eng
Ruta de Tabernas (Esp)- http://issuu.com/adpmertola/docs/roteiro_tabernas_esp

26 de julho de 2013

Nova visita na Rota do Mármore

18h00, Sábado dia 27, Posto de Turismo de Vila Viçosa, nova incursão na Rota Tons de Mármore.

A Rota é gerida pela empresa Spira - revitalização patrimonial Lda, (RNAAT 61/2009 emitido pelo Turismo de Portugal), e fazemos seguros para todos os participantes, como manda (e bem...) a Lei.
É só enviar-nos um email com os seus dados, formalizarmos a inscrição e pagamento (20,00 euros / pessoa incluindo entradas nos locais, fornecimento de capacete e colete de segurança, acompanhamento por Intérprete do Património e IVA à taxa legal em vigor) et...voilà!!!! 
E depois encontra-mo-nos no Posto de Turismo de Vila Viçosa para partirmos para as pedreiras!
Esperamos por si!

Alandroal assina protocolo com Museu Nacional de Arqueologia

A Câmara Municipal de Alandroal vai estabelecer uma parceria com o Museu Nacional de Arqueologia para o acompanhamento científico do processo de criação do futuro museu do Endovélico no concelho e para a partilha do espólio, foi recentemente anunciado.
O acordo entre as duas partes vai ser assinado, neste sábado, às 15:00, nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

O município realça que algumas peças, consideradas “tesouros nacionais”, nunca poderão deixar o Museu Nacional de Arqueologia, mas explica que o protocolo vai permitir a partilha de originais e o desenvolvimento de réplicas de modo a constituir um núcleo museológico representativo.

(Região Sul)

Museu da Luz - 10 anos 100.000 visitantes...

O Museu da Luz, fundado em 2003, situa-se na aldeia do mesmo nome, construída para realojar os mais de 300 habitantes da antiga povoação, submersa no âmbito do processo de enchimento da albufeira de Alqueva.

Galardoado com vários prémios internacionais e objeto de várias nomeações, o núcleo museológico procura, com o seu espólio, perpetuar o passado histórico e arqueológico das terras submersas pela albufeira na freguesia da Luz.

É uma boa opção para uma visita já este fim de semana. Mais informações AQUI.