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15 de março de 2013

Os Fidalgos alentejanos


Sem corantes nem conservantes...
O doce de ovos, também conhecido como ovos-moles, é a matriz da doçaria conventual. É por ele que quase tudo começa: papos de anjo, celestes, pescoços e gargantas de freira, castanhas doces ou os ovos-moles de Aveiro, nas suas réplicas marinhas.
Aqui em versão alentejana.

14 de março de 2013

Licores caseiros alentejanos


Outrora segredo bem guardado de frades e ordens religiosas, os licores derivados de plantas e frutos são hoje cada vez mais procurados pela sua qualidade e autenticidade.
A Serra d’Ossa situada entre Estremoz e Redondo oferece mais de 40 espécies de ervas a partir das quais se fazem alguns delicados licores caseiros. A apanha manual das ervas aromáticas e o processo de infusão “por longo” em aguardente velha, garante os sabores tradicionais.
A paciência é a garantia de um processo correto de maturação, sem pressas, como só a Dona Josefa sabe fazer…


Sabores disponíveis em garrafas de 1/2 litro: Poejo, Rosas, Mirtilo, Morango, Café, Amora, Jeripago (folha de pessegueiro), Canela, Medronho, Menta...

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13 de março de 2013

Semana do Borrego


Esta Páscoa descubra os sabores tradicionais do Alentejo.
SEMANA do BORREGO nos restaurantes do Alentejo. Decorre de 25 de Março a 1 de Abril 2013.

Jaime da Manta Branca


Consta que estas décimas terão sido feitas de improviso pelo poeta Jaime da Manta Branca (1894-1955, Benavila - Sousel), em casa de um patrão que o convidou para animar a festa oferecida a amigos de Lisboa, entre eles estaria um ministro da época.
Segundo a ficção de José Movilha (Escrito na Cal) Jaime apresentou-se perante os agrários em fausto e abastado almoço sem boné na cabeça e mão no bolso onde já tinha aberto a navalha...

Não vejo senão canalha
De banquete para banquete,
Quem produz e quem trabalha
Come açordas sem "azête"

Ainda o que mais me admira
E penso vezes a miúdo:
Dizem que o sol nasce para tudo
Mas eu digo que é mentira.
Se o pobrezinho conspira
O burguês com ele ralha,
Até diz que o põe à calha
Nem à porta o pode ver.
A não trabalhar e só comer
Não vejo senão canalha!

Quem passa a vida arrastado
Por se ver alegre um dia
Logo diz a burguesia
Que é muito mal governado,
Que é um grande relaxado,
Que anda só no bote e "dête".
Antes que o pobrezinho "respête"
Tratam-no sempre ao desdém
E vê-se andar, quem muito tem,
De banquete para banquete.

É um viver tão diferente
Só o rico tem valor.
E o pobre trabalhador
Vai morrendo lentamente.
A fraqueza o põe doente
E a miséria o atrapalha;
Leva no peito a medalha
Que ganhou à chuva e ao vento
E morre à falta de alimento
Quem produz e quem trabalha

Feliz de quem é patrão
E pobre de quem é criado
Que até dão por mal empregado
O poucochinho que lhe dão.
Quem semeia e colhe o pão
Não tem aonde se "dête",
Só tem quem o "assujête"
Para que toda a vida chore,
E em paga do seu suor
Come açordas sem "azête"

(Jaime da Manta Branca)

12 de março de 2013

Conferência Internacional de Turismo



O contributo do Turismo para o desenvolvimento económico e social no Mundo é cada vez mais relevante, obrigando-nos a meditar no número de mil milhões de turistas previstos para 2013, podendo este número chegar mesmo a 1,6 mil milhões em 2020, o que implica uma taxa de crescimento anual superior a 4%.

Obviamente que a atual crise económica e de desemprego exigem um turismo mais flexível, o que obriga a um maior dinamismo e adaptabilidade das politicas de promoção.

Temos que considerar a mudança muito rápida do perfil do visitante, com um aumento impressionante dos turistas jovens com idades inferiores a 18 anos e idosos a nível mundial.
O turista de hoje tem cada vez maior nível cultural e é, consequentemente, mais exigente, querendo participar no pacote - itinerário e muitas vezes é ele próprio que organiza o seu plano de viagens online.

Face a esta realidade surgem com pertinência várias questões:
Que promoção turística efetuar?
Que modelos?
Que participação do setor público e privado?
Que papel dos governos centrais?
Como se promovem os destinos regionais?

A este propósito recordo aqui as palavras recentes de Taleb Rifai, Secretário-Geral da OMT:
“Para se manter competitiva neste mercado global, a Europa terá de reforçar a sua imagem como destino turístico caraterizado pela elevada qualidade e sustentabilidade. Os destinos europeus devem desenvolver fortes parcerias de trabalho entre o setor público e privado. A Europa pode também beneficiar dos esforços de promoção conjunta para reforçar a sua imagem e atração de turistas de outros continentes.”

As questões da promoção em cooperação são hoje decisivas tendo em consideração que a grande maioria das viagens em turismo em todo o mundo têm lugar dentro do mesmo continente, o que releva a importância da cooperação entre destinos com a implementação de programas de intercâmbio para agentes e profissionais de turismo.

Ao nível da inovação a aposta deve ser realizada em novos conceitos, produtos, tecnologias e mesmo políticas, que garantam sustentabilidade num mundo em constante mudança.
Promoção dirigida?
Promoção integrada?
Destinos nacionais?
Destinos regionais
Que conceitos?
Que políticas?

Respostas – inúmeras, Reflexões - necessárias – Importante e Decisivo – Debatê-las.
É por isso que a 15 de março, em Évora, organizamos em conjunto com a Ambitur, Publituris e Turisver a Conferência Internacional de Turismo subordinada à temática Promoção - Novas Tendências, Novos Conceitos, Novos Desafios.

Debater e refletir sobre os melhores conceitos para a promoção do destino Portugal e dos destinos regionais, é o nosso propósito, sendo que para o efeito convidámos representações de países com modelos de promoção de referência para a OMT.

Até 15 de março, no Alentejo.

Cá o espero.

António Ceia da Silva
Presidente da Turismo do Alentejo, ERT

11 de março de 2013

O Património Industrial: dos objetos ao território


Colóquio O Património Industrial: dos objetos ao território
Universidade de Évora; Palácio do Vimioso, Sala 205
21 – 23 de Março de 2013

As alterações económicas que resultam do progresso científico e tecnológico, verificadas sobretudo a partir do final século XX, determinaram a alteração qualitativa das atividades profissionais ligadas ao sector da indústria e uma reorganização da produção industrial em termos internacionais que, em vários países, como Portugal, levou a um processo de decadência da industrialização de algumas das regiões industriais.

A estas alterações estão associadas a extinção de unidades de produção, a desactivação de edifícios, a obsolescência de equipamentos, novos modos de organização do território e do quotidiano das comunidades envolventes.
Uma pequena parte dos vestígios industriais está protegida em Museus, Bibliotecas, Arquivos, Monumentos e Sítios. Uma parte significativa está ainda por conhecer, estudar e valorizar.
Os testemunhos materiais da evolução industrial são actualmente alvo de prospecção, inventário, estudo e valorização e representam uma fonte de investigação interdisciplinar fundamental nas ciências sociais e humanas, em particular na História e nos Estudos de Património.
Neste colóquio pretende-se reflectir sobre a importância do Património Industrial numa visão holística, organizada em 4 núcleos temáticos:

1 – Objectos, colecções e museus industriais
2 – Território: marcas, equipamentos técnico-industriais e paisagens
3 – Rotas, percursos e itinerários do património industrial
4 – Sociedade Industrial: protagonistas e mudança

As línguas utilizadas no colóquio são o Português, o Castelhano, o Inglês e o Francês

Loiça de S. Pedro do Corval - Reguengos de Monsaraz


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8 de março de 2013

O nosso "Cante"...

Candidatura do Cante Alentejano quase pronta 



"Prevemos que o trabalho fique concluído ainda durante este mês", avançou à agência Lusa Tomé Pires, presidente do Município de Serpa, uma das entidades promotoras da candidatura.
Segundo o autarca, a candidatura será então "entregue de imediato" à comissão nacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
"Estão reunidas as condições para, até final de janeiro, fazermos chegar a candidatura à comissão nacional", que a vai entregar depois à comissão internacional da UNESCO.

A candidatura do Cante Alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade esteve para ser entregue à UNESCO em março do ano passado. Mas o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) decidiu, na altura, adiar a sua apresentação para este ano, por considerar que o processo não reunia condições para ser aceite.
No final de novembro, o presidente da comissão nacional da UNESCO, António de Almeida Ribeiro, indicou o início deste ano para a entrega do processo à comissão internacional daquele organismo.
Uma garantia que o presidente da comissão executiva da candidatura, Carlos Medeiros, saudou à Lusa, na altura, adiantando então que a revisão do "dossier" estava em curso e deveria estar pronta no final de 2012, o que apenas deverá acontecer este mês.

O autarca de Serpa manifestou-se hoje confiante de que a candidatura do Cante Alentejano venha a ser aprovada pela UNESCO, até porque se trata de um património "que não é muito visível" em termos internacionais.
"E o principal objetivo da UNESCO não é propriamente dar mais visibilidade a algo já visível. A preocupação é sim valorizar o que tem importância, mas é ainda desconhecido, e ajudar a que os patrimónios se mantenham", argumentou.
Independentemente das expectativas positivas, Tomé Pires realçou que, com este processo de candidatura à UNESCO, o Cante Alentejano já beneficiou.
"A aprovação da candidatura faz todo o sentido, mas todo o trabalho que está a ser feito, de recolha, de contactos com os grupos e elaboração de planos de salvaguarda, já é muito positivo. Estamos a contribuir para a salvaguarda deste património", enfatizou.

(embora esta notícia do CM seja de Janeiro, sabe-se que será, de facto, entregue em Março)

6 de março de 2013

Alentejo

Folheia-se o caderno e eis o sul
E o sul é a palavra. E a palavra
Desdobra-se
No espaço com suas letras de
Solstício e de solfejo
Além de ti
Além do Tejo.

Verás o rio e talvez o azul
Não o de Mallarmé : soma de branco e de vazio
Mas aquela grande linha onde o abstracto
Começa lentamente a ser o
Sul.

Outro é o tempo
Outra a medida.

Tão grande a página
Tão curta a escrita

Entre o achigã e a perdiz
Entre o chaparro e o choupo

Tanto país
E tão pouco

Solidão é companheira
E de senhor são seus modos
Rei do céu de todos
E de chão nenhum

À sombra de uma azinheira
Há sempre sombra para mais um

Na brancura da cal o traço azul
Alentejo é a última utopia

Todas as aves partem para o sul
Todas as aves : como a poesia.

(in Alentejo e ninguém - Manuel Alegre)

5 de março de 2013