27 de fevereiro de 2021

Universidade de Évora lidera dois novos Laboratórios Associados dedicados ao Património e à sustentabilidade

 

A Universidade de Évora (UÉ) lidera dois novos Laboratórios Associados financiados pela FCTOs, que visam atingir metas estabelecidas no âmbito da política científica e tecnológica em Portugal.
Dos dois novos laboratórios liderados pela UÉ, um irá desenvolver-se na área do Património, Artes, Sustentabilidade e Território, o IN2PAST, e outro dedicado à Mudança Global e Sustentabilidade em Portugal, o CHANGE.

O Laboratório Associado dedicado à Mudança Global e Sustentabilidade em Portugal, denominado Instituto para as Alterações Globais e Sustentabilidade, com acrónimo CHANGE, será coordenado por Teresa Pinto Correia, professora da UÉ que recentemente foi nomeada para integrar o Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI).
“Esta estrutura procura tornar-se numa referência de investigação e inovação para o desenvolvimento, avaliação e operacionalização de políticas regionais, nacionais e internacionais, contando para tal com uma equipa de 316 investigadores integrados, maioritariamente em Évora, em Beja, Faro, e nos Açores,” informa a academia em comunicado.

Por sua vez, o Laboratório Associado para a Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território (IN2PAST), coordenado por António Candeias, dedica-se à preservação, estudo e promoção do património cultural. Assumindo-se como multidisciplinar e transdisciplinar, pretende fazer do património e das artes atores centrais no desenvolvimento da sociedade tornando-os significativos, sustentáveis e acessíveis num mundo cultural em constante mudança. Atrair talento para a estratégia nacional de emprego científico e carreiras científicas, e por outro lado, ser um ator fundamental para as políticas públicas na área do património, das artes e da memória coletiva constituem-se como objetivos centrais do IN2PAST.

Este é um consórcio com provas dadas na área das Ciências do Património, sendo integrado por sete  Unidades de I&D de cinco Universidades Portuguesas e com uma equipa de investigação composta por 331 Investigadores, bem como equipamentos únicos para o estudo do património, na sua maioria “concentrados” no Laboratório HERCULES da UÉ.

“Abre-se agora uma nova oportunidade para o estudo e intervenção nas áreas do património cultural, das artes e das políticas de memória, suportado pelo desenvolvimento da carreira de investigação nestas mesmas áreas” considera o coordenador do IN2PAST, laboratório que combina investigação fundamental multidisciplinar e transdisciplinar – da Química à Arqueologia, dos Estudos Artísticos à História, dos Estudos Musicais à Antropologia -com uma capacidade laboratorial instalada de Évora ao Minho.

Museu de Mértola tem um novo site

O Museu de Mértola tem um novo site, onde é possível conhecer os seus diferentes núcleos e o seu espólio.

Neste site, que tem versões em português e inglês, também poderá ler a história a história do projeto museológico, as publicações e o trabalho educativo realizado.

O Museu de Mértola é constituído por 14 núcleos museológicos temáticos, a maioria deles com estruturas arqueológicas no seu local de origem, ou instalados em edifícios interessantes pela sua arquitetura ou importância para a história local.

Estes núcleos encontram-se instalados em diversos edifícios da vila alentejana de Mértola e nas localidades de Mosteiro, Alcaria dos Javazes e Mina de S. Domingos.

Visite AQUI

(Porto dos Museus)

18 de fevereiro de 2021

Destroços de possível navio holandês do século XVII encontrados na lagoa de Melides

 

Destroços de uma embarcação, possivelmente um navio holandês do século XVII, foram encontrados na sexta-feira na lagoa de Melides, em Grândola, e recolhidos para análise e identificação, revelou a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

De acordo com a DGPC, as fortes chuvadas ocorridas no início deste mês de fevereiro deixaram expostos, “durante um breve período”, os destroços de uma embarcação que se suspeita ser o Schoonhoven, um navio holandês que, “segundo registos históricos, naufragou ao largo de Melides a 23 de janeiro de 1626”. No local, foi feito um registo tridimensional do destroço e colhida “uma amostra duma tábua de forro exterior da embarcação”, que será estudada para validar a hipótese.

A investigação incluirá uma análise aos anéis de crescimento da madeira (dendrocronologia) dos destroços encontrados, o que permitirá saber “a data de abate da árvore que deu origem à tábua, a sua espécie, ou ainda o tipo de clima onde cresceu”.

O achado arqueológico, “só visível durante a maré-baixa”, “foi reenterrado pelas dinâmicas do estuário prestes também a desaparecer quando a Lagoa fechar de novo”, refere a DGPC em comunicado. Segundo a DGPC, outros destroços, possivelmente do mesmo navio, já tinham sido antes identificados por mergulhadores na lagoa de Melides, mas “o fenómeno natural motivado pelas fortes chuvadas durante a primeira metade de fevereiro expôs durante um breve período de tempo o destroço ora identificado”.

Segundo a DGPC, os trabalhos no local foram feitos “de emergência” pela equipa do projeto “Um Mergulho na História”, especializado em “deteção, escavação e divulgação de naufrágios históricos”. “A monitorização e avaliação” foram asseguradas por uma equipa do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS), em conjunto com a Direção Regional de Cultura do Alentejo e a Câmara Municipal de Grândola.

Na operação estiveram ainda envolvidas a Administração da Região Hidrográfica do Alentejo, a Guarda Nacional Republicana (GNR), a Capitania do Porto de Sines e a Autoridade Marítima Nacional.

(Direção-Geral do Património Cultural (DGPC))


Navio da Companhia Holandesa das Índias Orientais naufragou em Portugal durante a terceira viagem à Ásia

A investigação história realizada no âmbito do “Um Mergulho na História” permitiu identificar documentação no Arquivo Histórico Ultramarino e nos Arquivos Holandeses que regista a partida do Schoonhoven, o seu naufrágio em Melides e as “diligências desenvolvidas por instituições locais no sentido de arrecadar os salvados arrojados à costa”.

Segundo estes documentos, o navio partiu da ilha de Texel, nos Países Baixos, a 20 de dezembro de 1625. O navio, um jacht de 400 toneladas construído em 1619 pertencia à Verenigde Oost-Indische Compagnie (Companhia Holandesa das Índias Orientais), realizava a terceira viagem em direção à Ásia. O percurso foi interrompido no início de 1626 “pelo seu naufrágio na costa de Portugal”. Segundo a DGPC, “o navio terá sido arrojado contra a costa, ou tentado abrigar-se em Melides numa última manobra desesperada”.

O naufrágio, provocado pelo mau tempo, foi descrito por Agostinho Dias, “que assistia em Melides à fábrica das madeiras de pinho para as naus da Índia”, em carta ao Vedor da Fazenda. O homem deu conta na mesma missiva da morte da maior parte da tripulação que levava e notou ainda que na nau se “levavam onze âncoras e que eram muito boas para naus suas que lá estavam e para tiros e dezasseis peças [de artilharia], duas de corso e as mais de defesa”.

A mesma informação é atestada num outro documento, uma carta de 27 de janeiro de 1626 do Juiz de Fora de Setúbal. “Na costa de Melides, [na altura do] termo de Santiago de Cacém, deu à costa uma nau que dizem ser da Holanda e segundo parece pelo que tem saído em terra devia ir carregada de mantimentos por se achar muita carne na costa desta vila e na de Tróia e Melides; me dizem haver saído pipas de vinho e outras coisas de que não tenho bastante notícia por ser o tempo ser muito tempestuoso”, escreveu o responsável na missiva enviada para Lisboa.

“Estes dados serão fundamentais para afirmar com maior certeza se este destroço pertencia ao malogrado Schoonhoven que terá tentado provavelmente abrigar-se em Melides numa última manobra desesperada. De facto, informação histórica disponível, incluindo estampas publicadas em obras desta época, mostram que existia um estuário onde hoje se localiza a Lagoa, sendo pois possível a navios de porte considerável fundearem junto à Vila de Melides”, referiu a DGPC, lembrando que “de tal dá conta a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, como cantada por Fausto Bordalo Dias”. Diz a passagem:

“Sonhei muitos, muitos anos por esta hora chegada
De Lisboa para a Índia vou agora de abalada
Mas em frente de Sesimbra, logo um corsário francês
Nos atirou para Melides com o barco feito em três
E por Deus e por el rei, que grande volta que eu dei”.

(Observador)

14 de fevereiro de 2021

Candidatura de Évora a Capital da Cultura lança ciclo de documentários

A Candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura em 2027 apresenta um ciclo ‘online’ de pequenos documentários que semanalmente, até novembro, vai dar a conhecer histórias sobre pessoas, projetos e instituições da comunidade.

A iniciativa designa-se #SENDO e pode ser acompanhada através das páginas de Évora 2027 nas redes sociais Facebook e Instagram e no YouTube.

Segundo os organizadores, o projeto #SENDO é “um ciclo de pequenos documentários que dá a conhecer várias histórias que representam o trabalho desenvolvido na comunidade, seja em instituições (públicas ou privadas), associações, fundações, cooperativas ou outras formas coletivas” de organização.

As histórias retratadas vão “da inovação e investigação, documentação e arquivo, passando pela arte contemporânea, arte popular, património, recursos naturais, arqueologia e arquitetura”.

A iniciativa “convoca pessoas, projetos e instituições que já operam a transformação criativa, cultural e patrimonial na cidade de Évora e no território alentejano”.
A candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura em 2027 é da responsabilidade da Comissão Executiva “Évora 2027”, liderada pela câmara municipal.

Esta comissão integra ainda a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Alentejo, Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, Direção Regional de Cultura do Alentejo, Fundação Eugénio de Almeida, Turismo do Alentejo e Universidade de Évora.

(Notícias ao Minuto)

 

6 de fevereiro de 2021

Biblioteca de Reguengos disponibiliza “Take-away literário”

 

A Biblioteca Municipal de Reguengos de Monsaraz voltou a ter disponível o serviço “Take away literário” para empréstimo domiciliário de livros, DVD e CD, tal como aconteceu no anterior período de confinamento devido à pandemia de covid19. Os utentes podem requisitar até cinco títulos da sua preferência no catálogo online da biblioteca (www.cm-reguengos-monsaraz.pt/biblioteca/) e recolhê-los no dia e hora que pretenderem agendar durante o seu período de funcionamento (segunda a sexta-feira das 8h às 14h).

Após a seleção dos títulos no site da Rede de Bibliotecas de Reguengos de Monsaraz, os utentes deste serviço de empréstimo domiciliário têm de contactar a biblioteca municipal (Tel: 266508040 ou e-mail: biblioteca@cm-reguengos-monsaraz.pt) para indicar as suas escolhas (título e autor), o nome completo e o número de leitor. Todos os livros, DVD e CD que forem disponibilizados vão ficar em quarentena para evitar riscos de contágio no empréstimo seguinte.

(Metronews)

4 de fevereiro de 2021

Em Vila Viçosa, prémio de pintura evoca Henrique Pousão

 

As candidaturas ao Prémio de Pintura Henrique Pousão, promovido pela Câmara Municipal de Vila Viçosa, em Évora, já estão abertas e podem ser apresentadas até 30 de Setembro.

Segundo a autarquia, o galardão tem como objetivos evocar o pintor Henrique Pousão, nascido na localidade, e estimular os artistas alentejanos. Mestre de pintura impressionista, o artista que dá nome ao prémio é considerado um dos maiores nomes da pintura portuguesa da segunda metade do século XIX.

O concurso tem um prémio de 2500 euros e contempla “total liberdade temática”, sendo “admitidas todas as tendências e correntes estéticas, desde que se enquadrem na disciplina de Pintura”, revelou o município, na sua página na rede social Facebook. As obras deverão ter sido concluídas nos dois anos anteriores à sua apresentação a concurso.

A este prémio, de periodicidade bienal, podem concorrer todos os artistas naturais do Alentejo ou residentes na região, com o máximo de duas obras inéditas e originais, da sua exclusiva propriedade, indicou. Uma condição indispensável para a participação é que as obras não tenham sido apresentadas a nenhum outro prémio ou concurso e que não estejam incluídas em catálogos ou publicações, de acordo com o regulamento da iniciativa.

Além da obra, os candidatos devem apresentar um CV, aspetos técnicos da obra e o seu valor de venda. Devem ser entregues (pessoalmente ou por encomenda) na Câmara Municipal.

(Porto dos Museus)