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2 de janeiro de 2019

Museu Municipal de Aljustrel apresenta estela funerária da Idade do Bronze




Uma estela funerária da Idade do Bronze, encontrada no Verão de 2013, por um trabalhador agrícola, na freguesia de S. João de Negrilhos, está já depositada no Museu Municipal de Aljustrel, onde vai ser exibida.

A Direção Regional de Cultura do Alentejo celebrou, recentemente, com aquele Museu, um contrato de depósito dessa estela, que tinha sido recuperada depois de o Estado ter intentado «um processo judicial contra um arqueólogo que detinha indevidamente a peça». Segundo a Direção Geral do Património Cultural, a estela foi «reavida já em fase de execução de sentença, face à recusa de entrega» por parte do arqueólogo.

«Trata-se de uma peça de elevado valor arqueológico, quer pelo reduzido número de estelas que se conhecem do Bronze Médio, quer pela variedade de motivos decorativos que apresenta», explica a Câmara Municipal de Aljustrel.

A apresentação pública da estela funerária terá lugar no Museu Municipal de Aljustrel, no dia 10 de Janeiro, às 18h30, com a presença do presidente da Câmara deste município, da diretora regional de Cultura do Alentejo e do responsável pelo achado.

(Sul Informação)

18 de setembro de 2014

Monsaraz descobre povoado da idade do bronze

Arqueólogos procuram presença humana nos cerros de Monsaraz 2000 anos antes da construção do castelo

Uma intervenção arqueológica no exterior da Casa da Inquisição, na vila medieval de Monsaraz, pretende esclarecer a presença efetiva de uma ocupação humana neste local durante a Idade do Bronze. As escavações arqueológicas começaram no dia 1 de setembro e resultam de trabalhos iniciados em 2012 no âmbito de uma intervenção do Município de Reguengos de Monsaraz, quando foi detetado o topo de uma ocupação da Idade do Bronze.

Desde 2008 que se conhece a grandiosidade desta ocupação nas colinas de Monsaraz, através do reconhecimento no terreno, pelo arqueólogo Manuel Calado, de vestígios de superfície enquadráveis neste período. Tendo em conta estes vestígios, o povoado que poderá ter existido em Monsaraz excederá largamente a cintura da muralha medieval, significando que terá sido o maior da Idade do Bronze do Sul de Portugal.

Provando a presença desta ocupação e relacionando-a com os muitos núcleos de arte rupestre da Idade do Bronze na envolvente Nascente, permitiria visualizar-se como se organizaria o território e consequentemente as sociedades nesta época, podendo avançar-se com a hipótese desta organização se centrar em grandes centros populacionais. Estes trabalhos resultam de um protocolo entre o Município de Reguengos de Monsaraz e a Associação Portanta, estão a ser codirigidos pelos arqueólogos Rui Mataloto e Ângela Ferreira, e têm a participação, em regime de voluntariado, de alunos das licenciaturas e dos mestrados em Arqueologia das Universidades de Coimbra e de Lisboa.

A escavação no exterior da Casa da Inquisição encontra-se ainda em níveis medievais, tendo sido identificada a existência de um pavimento em terra batida, assim como uma estrutura circular tipo torreão, da qual ainda se desconhece a funcionalidade. Estes trabalhos para perceber melhor a presença humana nos cerros de Monsaraz dois mil anos antes da construção do castelo são a sequência da intervenção iniciada por outra equipa que, nas cotas mais baixas, atingiu o topo dos níveis de ocupação da Idade do Bronze.

(Município de Reguengos)